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Eficiência Energética

A ECOCONSTRUCT BRAZIL trabalha, apoia e incentiva ações e estratégias ligadas à Eficiência Energética nas edificações.
 

Selecionamos para você artigos interessantes sobre este assunto:


Seis materiais de construção que reduzem o desperdício de energia

O desperdício de energia costuma fugir do controle. Apesar da conscientização ter gerado novos hábitos, como evitar ficar com a luz acessa, aproveitar a luz solar ou não deixar equipamentos eletrônicos ligados o tempo todo, uma hora ou outra, sempre acabamos esquecendo de algo.

Pensando nisso, o ramo da construção sustentável busca diminuir a necessidade dos gastos energéticos tanto no período de obras como no dia a dia. Através da utilização de materiais de maior eficiência, as construções consomem menos energia e favorecem uma menor utilização de eletrodomésticos, como aquecedores ou aparelhos de ar condicionado.

1. Iluminação LED

Diferentemente das lâmpadas incandescentes, as lâmpadas LED consomem menos energia para funcionar, tem maior duração (vida útil) e não esquentam tanto. Desse modo, essas lâmpadas não incorrem em risco de incêndio caso instalado perto de armários de cozinha, por exemplo. Apesar de custar um pouco mais, hoje em dia a iluminação LED é amplamente utilizada para diminuir os gastos energéticos decorrentes da necessidade da luz.

2. Fiberglass (fibra de vidro)

Como isolante térmico, o fiberglass é um dos materiais com a maior eficiência energética do mercado. A substituição de portas de madeira por portas de fiberglass, por exemplo, tem uma eficiência energética cinco vezes maior ao manter a temperatura necessária à casa, impedindo que o calor saia.

3. Insulated concrete forms - ICF

O ICF é a redução na utilização do concreto. Outros materiais como o fiberglass ou o isopor são misturados ao concreto e permitem não só a diminuição dos custos energéticos da construção - prédios com essa técnica diminuiu o custo energético das obras em 20% - como também finalizações em tempo recorde. Além disso, a característica de isolante térmico desses materiais mantém uma estrutura de confortável temperatura interna sem a necessidade de outros gastos energéticos com aparelhos de controle de temperatura ambiente.

4. Cool roofing (telhados frios)

Telhados escuros absorvem mais calor e, consequentemente, esquentam as construções. Já aqueles com cores mais próximas do branco refletem a luz solar e impedem que a temperatura da casa ou prédio aumente. Assim, o uso de ar condicionado, por exemplo, pode não se tornar tão necessário. Ainda, na falta de possibilidade de mudança da cor do telhado, alguns produtos que funcionam como isolantes térmicos ainda podem ser utilizados.

5. Janelas de baixa emissividade

As chamadas janelas LOW-E, tratadas com óxido metálico, resistem à perda de calor durante o inverno e ganham calor durante o verão. Mesmo sendo de 10% a 15% mais caras que as janelas tradicionais, as janelas de baixa emissividade impedem que o calor saia e ajudam no controle interno de temperatura. Gastos energéticos com aquecedores podem ser, portanto, mitigados.

6. Pedras nas paredes externas

As utilizações de pedras nas paredes externas das casas também contribuem para um resfriamento e controle de temperatura. As pedras têm uma alta capacidade de isolamento térmico e são de fácil instalação. Assim, os custos de trabalho são reduzidos ao passo que se garante isolamento térmico por anos. Além disso, não há como negar que tais instalações podem servir como bonitas decorações.

Por Greener Ideal

Fontehttp://ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/2756-seis-materiais-de-construcao-que-reduzem-o-desperdicio-de-energia.html


Financiamento de projetos para eficiência energética

Rio de Janeiro - Cada vez mais pequenas, médias e grandes empresas estão investindo em projetos de eficiência energética
Lara Martinho, para o Procel Info
 
Rio de Janeiro - A cada dia as pequenas, médias e grandes empresas querem fazer parte de um mundo mais sustentável e tentam adotar projetos de eficiência energética que possam ajudar na conquista de um mundo melhor, voltado para a sustentabilidade. Para isso, as empresas interessadas em desenvolver esses projetos de eficiência energética contam com as linhas de financiamento disponibilizadas por algumas instituições como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES e o AgeRio (Agência Estadual de Fomento), entre outras.

O programa do Banco do Brasil dispõe de duas linhas para projetos de eficiência energética: uma com risco integral do Banco, chamado "Programa de Incentivo à Eficiência Energética", e outro, com risco compartilhado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, o "BNDES Proesco".

O Programa de Incentivo à Eficiência Energética objetiva, alavancar novos negócios na área de eficiência energética e disponibilizar linhas de crédito para empréstimos de capital de giro, de antecipação de recebíveis, financiamento de investimentos, leasing e facilitadores de atendimento oferecidos pelo Banco. Tal investimento é capaz de atender às necessidades de empresas que produzam e comercializam equipamentos e serviços para obtenção de eficiência energética. Como por exemplo, inversores de frequência, motores de alta eficiência, reatores eletrônicos, lâmpadas, sensores de presença, painéis fotovoltaicos e aquecedores solares de água, além de sistemas de gerenciamento de energia.

Já o BNDES Proesco, é destinado às empresas usuárias finais de energia, como usinas e indústrias. Ele também atende empresas de serviços de conservação de energia, que além de obras e equipamentos, a linha de financiamento apóia a realização de estudos e projetos de conservação de energia. O financiamento pode ser tanto para projetos mais simples, como a troca de lâmpadas tradicionais por outras mais eficientes, como para projetos mais complexos, que envolvem automatização e troca de equipamentos.

O Proesco não limita o valor para o financiamento. O banco pode financiar até 90% do valor dos itens financiáveis, e o prazo é de até seis anos incluindo o prazo máximo de dois anos de carência. O projeto atua em iluminação, motores, otimização de processos, ar condicionado e ventilação, refrigeração e resfriamento, aquecimento, automação e controle, distribuição de energia e gerenciamento energético. E são financiáveis os estudos e projetos, obras e instalações, máquinas e equipamentos, serviços técnicos especializados, sistemas de informação, monitoramento, controle e fiscalização.

O BNDES oferece também o Cartão BNDES, que financia equipamentos às micro, pequenas e médias empresas. E também possui uma linha de financiamento para a área de turismo com o objetivo de apoiar projetos tendo em vista a implantação, a modernização, o aumento da produtividade e da eficiência do setor de comércio e serviços e do complexo turístico nacional.

Desde 2013, através do Cartão BNDES, o banco estimula a energia mais eficiente ao permitir que os diagnósticos energéticos fossem pagos com o cartão. Essa medida é um dos pré-requisitos para a aprovação do crédito na linha MPME Inovadora. Apenas as ESCOs (empresas de serviço de conservação de energia) registradas e certificadas pelo QualiEsco da Abesco, estão autorizadas pelo BNDES a fazer diagnósticos energéticos. O financiamento oferecido pelo programa permite investimentos em eficiência energética com taxa de juros de 4% ao ano com 10 anos para pagar, incluído carência de 3 a 48 meses. No caso do apoio ao setor hoteleiro, os juros devidos durante à carência são capitalizados.

De acordo com o gerente do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, Marcus Vinicius Macedo Alves, desde 2010, projetos de sustentabilidade vem crescendo. "É um momento muito positivo para o BNDES, investir em questões ambientais e nas linhas de créditos para hotéis, no setor hoteleiro".
"A eficiência energética tem uma série de componentes fundamentais, entre elas a de melhorar a rentabilidade e a produtividade das empresas"

Além do Banco do Brasil e do BNDES, a Caixa Econômica Federal também apoia projetos de financiamento para eficiência energética. O programa chamado "Ecoeficiência empresarial", é a linha de crédito voltada para empresas de todos os portes que desejam trocar suas máquinas e equipamentos antigos por outros menos poluentes ou mais eficientes. O financiamento dessas máquinas possui taxa reduzida, além de carência e prazo diferenciados.

O Construcard, da Caixa Econômica, financia a aquisição de sistemas de aquecimento solar de água e demais itens de sustentabilidade a serem incorporados nas reformas e construções de residências.

Mas não para por aí, o CTEnerg, Fundo Setorial de Energia, é administrado pela FINEP também se destina a financiar programas e projetos na área de eficiência energética. É dada ênfase à articulação entre os gastos diretos das empresas em P&D e a definição de um programa abrangente para enfrentar os desafios de longo prazo no setor, tais como: fontes alternativas de energia com menores custos e melhor qualidade e redução do desperdício. Além disso, ele estimula o aumento da competitividade da tecnologia industrial nacional. Com uma taxa de financiamento de 0,75% a 1% sobre o faturamento líquido de empresas concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

A AgeRio, agência de fomento do governo do Estado, firmou uma parceria com o Sebrae/RJ para desenvolvimento de ações de eficiência energética focadas em micro e pequenas empresas. Para atingir esses objetivos, foi desenvolvido o "AgeRioEcoeficiência", no qual a AgeRio disponibiliza cerca de R$ 80 milhões em recursos para investimentos nessas empresas. As taxas praticadas são de 0,89% a 1,12% ao mês, podendo chegar a 60 meses de prazo.

O diretor de Operações da AgeRio, Dário Araújo, diz que a eficiência energética tem uma série de componentes fundamentais, entre elas a de melhorar a rentabilidade e a produtividade das empresas, além do respeito ao meio ambiente. "É uma oportunidade para que se tenha financiamento que a coloque em sintonia ao que há de mais adequado hoje no mundo". Ainda segundo Araújo, "Há um potencial para que as parcerias atinjam um universo de mil empresas em 2014", completa. O Sebrae, por sua vez, oferece uma consultoria para uso eficiente e sustentável de energia.


UE pede meta de economia de energia de 30% para 2030

Fonte: Isto é Dinheiro - 23.07.2014


França - A Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia) concluiu, na última quarta-feira, o plano de ação da UE contra o aquecimento global, com uma meta de economia de energia de 30% para 2030, anunciou à AFP uma fonte europeia.

Caberá aos dirigentes dos Estados-membros decidir durante uma cúpula em outubro se esta meta, a princípio indicativa, pode se tornar juridicamente vinculante, informou a fonte, que pediu para ter sua identidade preservada.

O objetivo de 30% foi defendido pela comissária encarregada do clima, Connie Hedegaard. O presidente da Comissão, José Manuel Barroso, defendia uma meta menos ambiciosa para evitar reações negativas dos países, diante dos importantes investimentos que serão necessários.

O plano recebeu o apoio do próximo presidente da Comissão, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, que pediu "uma meta de 30% de eficiência energética para 2030" durante seu discurso no Parlamento europeu, na semana passada.

A União Europeia fixou três metas para 2020: reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 20% com relação a 1990, aumentar para 20% a cota de renováveis e fazer uma economia de energia de 20%. As três já estão praticamente cumpridas.

O executivo europeu pediu que se mantenham os esforços e propôs fixar a 40% a redução das emissões de gases de efeito estufa em 2030 e em 27% a parte das renováveis.

Falta apenas um objetivo de eficiência energética, estabelecido nesta quarta-feira, cuja discussão foi marcada por tensões entre Rússia e Ucrânia, que ameaçam o abastecimento de gás para a Europa.

Estes três objetivos representam a contribuição da UE com vistas à cúpula mundial sobre o clima, que será celebrada em dezembro de 2015, em Paris.


As vantagens da substituição de lâmpadas incandescentes por LED

Fonte: E-lustre - 21.07.2014


Brasil - A troca de lâmpadas tradicionais pela de LED é uma tendência irreversível, pois esta nova tecnologia oferece vantagens principalmente em termos de durabilidade e economia. Tanto que, após perceber que há uma redução real nos custos com energia, muitas empresas começaram a optar pela iluminação LED.

Consumo de energia e eficiência

A energia consumida pelo LED é revertida em iluminação e não em calor, consequentemente não desperdiça energia. 

Lâmpada incandescente 60 W = luminária LED de 4,5 W com economia de 55,5 W. 

Lâmpada fluorescente tubular de 40 W = luminária LED de 18 W com economia de 22 W. 

Lâmpada dicroica 50 W = luminária LED de 6 W com economia de 44 W. 

Reposição das lâmpadas

O LED pode chegar a mais de 50.000 horas de vida útil, enquanto que: 

Incandescente = 1.000 horas

Fluorescente Compacta = 6.000 horas

Fluorescente Tubular = 7.000 horas

Halógena = 3.000 horas

Em termos de durabilidade 1 LED = 50 lâmpadas incandescentes ou 8 lâmpadas compactas fluorescentes ou 16 lâmpadas halógenas. 

Exposição de produtos

A iluminação LED não emite radiação IV/UV, o que evita danos à pele, plantas e também objetos ou produtos expostos como roupas, calçados, móveis, decorações e obras de arte. 

Descarte

Como o LED não possui em sua composição metais pesados como chumbo e mercúrio, não há necessidade de um descarte especial como as lâmpadas fluorescentes. 


Casa de eficiência energética da BASF tem cômodos com revestimento acústico antichamas


Fonte: Brasil Engenharia - 27.03.2014


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São Paulo - Um dos ambientes mais aconchegantes da CasaE, casa de Eficiência Energética da BASF, é o home theater. Especialmente projetada para garantir conforto acústico e térmico durante a "sessão pipoca", a sala tem o teto revestido em Basotect, espuma de resina de melamina que tem alta capacidade de absorção de som e é antichamas, propriedade essencial para o uso doméstico. O produto atende plenamente a Norma de Desempenho NBR 15.575, com destaque para os requisitos de segurança ao fogo, que entrou em vigor em julho de 2013. 

O revestimento é o mesmo utilizado em estúdios profissionais e casas de espetáculo, e é a única espuma orgânica que atende as normas de segurança ao fogo determinadas pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, inclusive com baixíssima emissão de gases tóxicos em situações de incêndio. 

A espuma de melamina também é uma solução interessante nos projetos de estúdios caseiros. Para garantir a qualidade acústica da sala é preciso promover o isolamento de ruídos aéreos e de impacto, evitando interferências externas como barulho do trânsito, vozes de outros cômodos, passos do andar superior, entre outros sons. O dimensionamento correto também vai garantir a inteligibilidade da música e da voz. 

As placas de espuma de melamina são leves e têm instalação simples, porque podem ser facilmente coladas por meio de adesivos específicos e não necessitam de perfis de suporte, reduzindo esforços e custos. Além disso, oferecem beleza ao espaço, pois são produzidas em diversas cores, permitindo a personalização do ambiente. O revestimento, não oferece risco à saúde e ao meio ambiente e tem ação fungistática e bacteriostática. 

A CasaE está aberta à visitação gratuita na Avenida Professor Vicente Rao, na zona sul de São Paulo. Para conhecer o espaço é preciso agendar pelo e-mail casae@basf.com 

Sobre a CasaE - A CasaE é a primeira Casa de Eficiência Energética da BASF no Brasil e a 10ª unidade da empresa no mundo. O projeto recebeu soluções inovadoras desenvolvidas pela BASF e pelos parceiros envolvidos com o objetivo de reduzir o consumo de energia e a emissão de CO2. 

O sistema construtivo utilizado para as paredes, foi o Sistema ICF - Insulated Concrete Formwork - blocos feito com Neopor - poliestireno expandido. Esta inovação, além de tornar a obra mais rápida e limpa, é responsável por um isolamento térmico eficiente. A estimativa de economia de toda a energia necessária é de cerca de 70%.

A Basf tem entre seus pilares a construção sustentável e oferece soluções voltadas à eficiência energética, além de materiais de alto desempenho, design e decoração. São plásticos, poliuretano, produtos químicos para construção, tintas, vernizes e pigmentos de última geração. Todos esses materiais foram aplicados na CasaE com o objetivo de mostrar ao mercado de construção o que existe de mais moderno em termos de obra de eficiência energética.

Sobre a BASF - A BASF é a empresa química líder mundial: The Chemical Company. Seu portifólio de produtos oferece desde químicos, plásticos, produtos de performance e para proteção de cultivos, até petróleo e gás. Nós combinamos o sucesso econômico, responsabilidade social e proteção ambiental. Por meio da ciência e da inovação, nós possibilitamos aos nossos clientes de todas as indústrias atender às atuais e futuras necessidades da sociedade. Nossos produtos e soluções contribuem para a preservação dos recursos, assegurando nutrição saudável e melhoria da qualidade de vida. Nós resumimos essa contribuição em nossa proposição corporativa: "We create chemistry for a sustainable future". Nós transformamos a química para um futuro sustentável. A BASF contabilizou vendas de ?74 bilhões em 2013 e contava com mais de 112 mil colaboradores no final do ano. As ações da Basf são negociadas nas bolsas de valores de Frankfurt (BAS), Londres (BFA) e Zurique (AN). Mais informações sobre a Basf estão disponíveis no endereço Portal da Basfou nos perfis corporativos da empresa no Facebook (BASF Brasil) e no Twitter (@BASF_brasil).

As vendas na América do Sul totalizaram, aproximadamente, ? 4,2 bilhões em 2013 (Esse resultado abrange os negócios realizados pelas empresas do Grupo na região, incluindo a Wintershall - empresa situada na Argentina, voltada a produção de petróleo e gás). 

Na América do Sul, a Basf contava com mais de 6 mil colaboradores em 31 de dezembro de 2013. 

 

Eficiência energética na construção civil

Fonte: Revista Construir NE - 07.02.2014

Brasil - O principal desafio da construção civil, um dos setores com maior demanda de energia no mundo, é aumentar a eficiência energética durante e após a obra. Cada vez mais as medidas de contenção na utilização dos insumos são discutidas, especialmente porque o país já passou por um grande racionamento em 2001. O setor construtivo é responsável pelo consumo de quase metade do total de quilowatts produzido no mundo, segundo levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE). No Brasil, de acordo com dados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), as edificações consomem 42% de toda a energia gerada. O uso residencial corresponde por 23% do total produzido no país, enquanto os setores comercial e público respondem por 11% e 8%, respectivamente.

O que agrava ainda mais essa situação nos países em desenvolvimento é o consumo de energia da crescente classe média, que vem contribuindo significativamente para o aumento da demanda global das tradicionais formas de geração energética. Isso nos leva à necessidade de uma mudança na forma de construção e na responsabilidade da indústria no desenvolvimento de produtos sustentáveis a partir das mais avançadas tecnologias. 

Foi pensando nesse cenário que surgiu a ideia de trazer para o Brasil a CasaE, Casa de Eficiência Energética da BASF, que reúne inovações em construção sustentável e energeticamente eficiente. Esse é o décimo projeto executado pela empresa no mundo e o primeiro em clima tropical. A ideia é mostrar como a indústria pode contribuir com pesquisa e tecnologia para a sustentabilidade nas construções. 

As soluções aplicadas permitem uma redução de até 70% no consumo de energia. São tecnologias inteligentes como as microcápsulas poliméricas com parafina em seu interior e que, adicionadas ao gesso, mantêm a temperatura dos ambientes internos, a partir da troca de calor com a área externa. A solução chega a diminuir em 1/3 o uso do ar-condicionado. Outra contribuição é dos pigmentos adicionados à tinta que bloqueiam a absorção dos raios solares, mantendo a superfície pintada fria, mesmo quando forem escolhidas cores escuras, como preto ou cinza. 

O sistema construtivo, com blocos de poliestireno expansível (EPS) e grafite, garante o isolamento térmico da casa acima de 20% em comparação ao produto convencional, o que também auxilia na economia de energia. Iluminação natural, janelas e portas com vidros duplos para manter a temperatura e eletrodomésticos adequados são outros fatores que contribuem para a redução do consumo energético. 

Construções desse tipo ainda não são realidade no Brasil, mas o mercado começa a perceber que é possível erguer obras mais eficientes do ponto de vista energético, gerando também ganhos ambientais. Embora o custo mais alto ainda seja, em alguns casos, um dificultador, a sustentabilidade é um dos principais impulsionadores do crescimento e geração de valor. No futuro, estará ainda mais fortemente integrada às decisões de negócios. 

São muitos os desafios que a construção civil tem pela frente na questão da eficiência energética, porém, sabemos que o setor tem se movimentado para a promoção da sustentabilidade. Já são 50 empreendimentos no país com LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), uma certificação americana para construções sustentáveis, e sabemos que isso deve aumentar a partir do momento que houver uma mudança de comportamento da indústria e, principalmente, dos consumidores que passaram a exigir obras mais eficientes. 


Alternativas energéticas começam a ser implantadas com sucesso no setor hoteleiro


Fonte: Rio Capital da Energia - 06.12.2013


Brasil - A geração própria de energia, seja via cogeração ou sistema solar, começa a se espalhar, lentamente, pelas redes hoteleiras instaladas no Brasil. Segundo revelaram especialistas no 2º Fórum de Cogeração e Alternativas Energéticas para o Setor Hoteleiro, realizado no último dia 5 no Rio pela Ambiente Energia e a Cogen, as iniciativas de eficiência energética reduzem os custos e elevam a qualidade na prestação de serviços aos clientes, sobretudo no que diz respeito à climatização, refrigeração e aquecimento de água.

A Light Esco, mais conhecida no Rio de janeiro pela Central de Cogeração que está sendo instalada na fábrica da Coca-Cola (Rio de Janeiro Refrescos), apresentou, através do executivo André Almeida, a experiência bem-sucedida em um grande hotel cinco estrelas localizado em São Conrado. 

A empresa foi responsável pelo retrofit (modernização de equipamentos já considerados ultrapassados) de todo o sistema de ar condicionado do hotel, que conta com 418 quartos e salões de eventos para 3.000 pessoas. O investimento, de R$ 7 milhões, foi garantido pela própria Light Esco e será retornado pelo hotel através do próprio consumo, numa relação de parceria. 

Almeida conta que o sistema de ar já contava com 35 anos e, com o retrofit, houve um importante ganho de eficiência. A Light Esco assumiu toda a parte de energia elétrica, assim como a operação e manutenção. "Esses R$ 7 milhões tiveram outro destino para outros hotéis da rede, já que não foram deslocados para o investimento nesse sistema de ar condicionado", explica Almeida, como argumento para os benefícios da contratação para um hotel desse tipo de serviço. 

Outro exemplo importante foi fornecido por Carlos Café, da empresa mineira Equinócio Solar, hoje integrante de um grupo que presta amplos serviços em energia solar, incluindo capacitação. Segundo ele explicou, há hoje três diretrizes básicas para o setor hoteleiro no uso desse tipo de energia: aproveitamento da arquitetura no processo de edificação; a energia térmica para geração de calor e a fotovoltaica. 

Um dos usos mais comuns da energia solar, no Brasil, está no aquecimento sendo que, hoje, 99% dos coletores solares necessários para esse fim são fabricados no País. São esses equipamentos que vão garantir um dos mais ambiciosos trabalhos em curso que está sendo realizado pelo Equinócio, que é a substituição de todos os chuveiros elétricos em 60 pousadas em Fernando de Noronha, como parte das iniciativas para reduzir a zero as emissões de carbono na na ilha, além de várias outras redes hoteleiras em diversos estados. 

O executivo mostrou uma simulação para instalação de aquecimento solar em um hotel de 120 apartamentos no Rio de Janeiro, cuja meta é economia mínima de 60% (fração solar, ou seja, parcela da demanda anual de calor suprida pelo sol), com 66,6 litros por dia consumidos por apartamento. Para chegar aos 60% de economia, será necessária a instalação de uma cobertura de pelo menos 90 metros quadrados de "um excelente" coletor solar. Com isso, estará garantida a redução de emissão de 130 quilos de CO2 por apartamento anualmente e 8.000m³ de GNL para o hotel como um todo, também em prazo de um ano. A taxa de retorno interno do investimento, neste caso, será de 17%, o que, segundo o executivo, "significa que é um bom investimento". 

Carlos Café apresentou também uma simulação, para o mesmo porte de hotel, para a instalação de painéis fotovoltaicos, equipamentos que, ao contrário dos coletores, não são fabricados no Brasil. Neste caso, para os mesmos 120 quartos, seria necessário um investimento de R$ 2,1 milhões, para suprir 100% da demanda com o sol. A taxa de retorno seria de 8%.Segundo ele, a Equinócio está desenvolvendo um modelo de leasing para financiar os projetos fotovoltaicos, "para reduzir o desconforto com o investimento inicial". 

Certificação

A perspectiva de certificação de sustentabilidade é uma das motivações do setor hoteleiro para investir em eficiência energética, um dos principais quesitos de avaliação do Green Building Council Brasil (GBC) para fornecer o certificado LEED (Leadership in Energy and Enviromental Design), que segue padrões globais de avaliação de edificações sustentáveis. 

Maria Fujihara, da GBC, também participou do seminário e explicou que o principal objetivo da ONG, criada em 2007 como parte de um projeto global, é "desenvolver o mercado da construção civil em prol da sustentabilidade". Segundo ela, pesquisa realizada nos Estados Unidos, levando em consideração um universo de 100 edificações certificadas e o mesmo número de não certificadas, mostrou que as primeiras mostraram uma redução no consumo de energia de 30% e redução de resíduos de 60%, em relação ao segundo grupo. 

De acordo com ela, o Brasil ocupa hoje o quarto lugar no ranking mundial de certificações, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Há no País, atualmente, 829 pedidos de certificação e 125 certificações já emitidas. No Rio de Janeiro, o segundo Estado do País no ranking - depois de São Paulo - há 158 pedidos e 18 certificados. Entre as solicitações, estão dois hotéis de grande porte.
 

Eficiência Energética é desafio socioambiental para a indústria da construção

Fonte: Maxpress -04.10.2013

Brasil - Em países em desenvolvimento, o consumo de energia da crescente classe média vem contribuindo significativamente para o aumento da demanda global das tradicionais formas de energia. Para que não faltem recursos num futuro próximo, governo, iniciativa privada e sociedade têm papel fundamental na busca do uso sustentável e de alternativas que visam a eficiência energética, em especial no setor de construção. Dentro desse cenário, a Casa de Eficiência Energética, CasaE, da BASF, se apresenta como uma das iniciativas para reduzir o desperdício de energia, já que prédios comerciais e residenciais são responsáveis por 40% do consumo.

Segundo Emiliano Graziano, gerente de Gestão para Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO, ganhos em melhoria de eficiência energética têm sido alcançados por países que investiram em incentivos ao desenvolvimento de novas tecnologias na área energética, como é o caso da Alemanha, líder em capacidade instalada de energia solar, e o Japão, destaque na tecnologia de biomassa e energia fotovoltaica. "A necessidade de se avançar na oferta de fontes renováveis e aumentar a eficiência energética é parte do desafio socioambiental da atualidade. Isso não deve ser encarado como obstáculo ao desenvolvimento, mas sim como uma forte demanda de inovação que gera oportunidades para países e setores", observa. 

A CasaE, de acordo com Graziano, é um projeto importante por apresentar novas tecnologias disponíveis aos consumidores e à indústria de construção. "É uma iniciativa que sensibiliza e conscientiza por meio da educação socioambiental. Além disso, materializa a aplicação dos produtos inovadores que geram economia de energia na operação da casa e ainda contribui para o debate sobre o assunto", destaca. 

Graziano lembra que a indústria da construção, por pressão da própria sociedade, tem se movimentado para a promoção da sustentabilidade. Hoje, 50 empreendimentos brasileiros das mais variadas áreas possuem certificados LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). "A tendência é que a procura por análises de ciclo de vida se intensifiquem cada vez mais neste setor, considerando que os resultados que são disponibilizados sejam utilizados para a melhoria continua de processos de construção e redução dos impactos", assinala. 

Seguindo essa mesma tendência, a CasaE será motivo de estudos de Ecoeficiência que têm o objetivo de aferir a economia de energia e mensurar os ganhos concretos dos produtos aplicados, o que ajudará a explicar o maior investimento. "A expectativa é que o índice de economia de energia supere os 70% na etapa de operação da casa", comenta. 

O especialista em sustentabilidade diz que a CasaE é um desafio para a Fundação Espaço ECO, pois serão realizados mais de 30 estudos de Ecoeficiência, que no final resultam em uma análise das principais estruturas de uma casa, telhados, paredes, tintas, pisos, forros, entre outros. Além do desafio pelo número de análises combinadas, este projeto irá auxiliar na constituição do banco de dados de inventários do ciclo de vida para o setor da construção no Brasil, que ainda é pequeno. 

A ferramenta utilizada pela Fundação Espaço ECO para o desenvolvimento do estudo das tecnologias empregadas no projeto da BASF apresenta um resultado de fácil leitura e entendimento, demonstrando qual a melhor tecnologia em termos de equilíbrio entre impactos ambientais e econômicos. No entanto, o especialista defende que é preciso haver um trabalho adequado para levar este conhecimento produzido pela entidade ao público comum. "Sem ações educacionais e debate não haverá transformação efetiva no comportamento das pessoas e empresas. Os resultados do estudo poderão ajudar o consumidor ou influenciador a optar por materiais mais ecoeficientes, que tenham uma cadeia produtiva mais sustentável", finaliza. 

Sobre a CasaE

A CasaE é a primeira Casa de Eficiência Energética da BASF no Brasil e a 10ª unidade da empresa no mundo. O projeto recebeu soluções inovadoras desenvolvidas pela BASF e seus parceiros, com objetivo de reduzir o consumo de energia e a emissão de CO2. 

O sistema construtivo é constituído de um painel de cerâmica estrutural e a fundação de alvenaria. As paredes, piso e laje foram executados em Sistema EIFS - Exterior Insulation and Finish Systems - que consiste em placas de poliestireno expandido Neopor sobre a construção tradicional. O Sistema ICF - Insulated Concrete Formwork - de tijolo feito com Neopor - poliestireno expandido - foi aplicado em uma das salas. Essas inovações, além de tornarem a obra mais rápida e limpa, são responsáveis por um isolamento térmico eficiente. A economia de toda a energia necessária chega a cerca de 70%.

A BASF tem entre seus pilares a construção sustentável e oferece soluções voltadas à eficiência energética, além de materiais de alto desempenho, design e decoração. São plásticos, poliuretano, produtos químicos para construção, tintas, vernizes e pigmentos de última geração. Todos esses materiais foram aplicados na CasaE com o objetivo de mostrar ao mercado de construção o que existe de mais moderno em termos de obra de eficiência energética. 



Rússia lança seu primeiro Selo de eficiência energética

Fonte: Clasp - 01.10.2013

Rússia - No dia 18 de setembro, representantes da Associação das Empresas Europeias (AEB) e do European Bank for Reconstruction and Development (EBRD) se reuniram em Moscou para o lançamento do primeiro Selo de eficiência energética da Rússia.

A concepção e o lançamento do novo Selo voluntário, foi um projeto conjunto entre a AEB e o ERBD, cujo objetivo foi estimular o investimento em equipamentos com eficiência energética na Rússia. O Selo foi desenvolvido em parceria com o fundo russo de eficiência energética e sustentabilidade, que oferece linhas de crédito para instituições financeiras locais para o financiamento de projetos de eficiência energética nos setores industrial e residencial, também chamados de "empréstimos verdes".

A CLASP (Programa de Normatização de Eletrodomésticos e Etiquetagem Colaborativa) fornece expertise internacional, é a assistência técnica do programa, com o apoio do Governo da Finlândia e da iniciativa SEAD (Desenvolvimento de Eletrodomésticos e Equipamentos Super-Eficientes).

A etiqueta funcionará como uma certificação voluntária, para informar os consumidores sobre os produtos energeticamente eficientes e estimular a sua procura no mercado. Ao contrário do Selo comparativo da Rússia, que foi desenvolvido pela Agência de Energia da Rússia, o programa de rotulagem endosso será gerido de forma independente pela AEB. Fabricantes vão participar de forma voluntária, em conformidade com os requisitos estabelecidos coletivamente do programa, para a autorização do uso do Selo.  

Lindsay Forbes, Diretor da Berd Indústria, Comércio e Agronegócios da Rússia, comentou no evento de lançamento, "O novo Selo oferece uma importante oportunidade para a Rússia, já que as empresas que investem em equipamentos de eficiência energética moderna podem ajudar a reduzir custos e melhorar a sua competitividade, com benefícios ambientais significativos." CLASP estava entre várias organizações que receberam menções honrosas no lançamento. 

A etiqueta vai começar a aparecer em aparelhos e materiais de construção vendidos na Rússia até o final do ano. Em seus estágios iniciais, o programa será aberto a fabricantes de alguns tipos de motores elétricos, frigoríficos e janelas de vidros, com planos de expansão para outros produtos no futuro. 


Interesse por eficiência energética em edifícios cresce 20% no Brasil

Fonte: Brasil Energia - 04.10.2013

Brasil - A atenção pela eficiência energética em edifícios no Brasil cresceu 20% em 2013, de acordo com o resultado da pesquisa anual da Energy Efficiency Indicator da Johnson Controls, divulgado na última quinta-feira (3/10). O relatório indica que o interesse global na eficiência energética teve alta de 116% desde 2010.

A empresa entrevistou três mil proprietários e operadores de edifícios e instalações em dez países, incluindo 233 brasileiros. No país, o interesse dos entrevistados por melhorias passou de 43% para 52%.

Para 26% dos entrevistados brasileiros o orçamento de capital interno insuficiente é a maior barreira para implantação de tecnologias, seguido pela falta de conhecimento técnico (16%).

Já 24% afirmam que os créditos tributários, incentivos e descontos são as políticas governamentais que têm o maior impacto na melhoria da eficiência energética. Essas políticas também são vistas como o maior fator de decisão por outros países. 

Os Estados Unidos foram a exceção, devido a incertezas de orçamento do governo e de esforços da reforma tributária - 41% dos proprietários e operadores de edifícios americanos reduziram seus investimentos. 



Entrevista exclusiva: Marcos Borges, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro

Rio de Janeiro - Programa de certificação de lâmpadas LED trará benefícios para todos - 30/09/2013


Lara Martinho e Ivana Varela, para o Procel Info 
Rio de Janeiro- Setores públicos e consumidores residencias terão grandes benefícios com a certificação de lâmpadas LED. Em entrevista ao Portal Procel Info, Marcos Borges, responsável pelo Programa Brasileiro do Inmetro, conta que a certificação dará mais um reforço para a conscientização das pessoas em relação à eficiência energética.




Procel Info - Como vai funcionar a certificação de lâmpadas LED? Quantas etapas são necessárias para finalizar o processo? 

Foi publicado, hoje (27), no Diário Oficial, as portarias para a implementação das regras que os fabricantes de lâmpadas LED deverão seguir para adequar seus produtos a certificação. A empresa deverá contratar um órgão de certificação que fará uma análise da fábrica e dos produtos e sendo aprovado dentro desses quesitos, o fabricante receberá um certificado que deve ser validado através de um registro online no site da certificação, e a partir daí o fabricante se torna responsável por qualquer coisa que aconteça com seus produtos. Após esse processo, a empresa registra o produto no Inmetro e passa pela avaliação do mesmo, sendo aprovado poderá colocar seu produto no mercado.

Procel Info - Qual a abrangência do programa de certificação energética do Inmetro? Quantos tipos diferentes de lâmpadas em média já foram contempladas?

A certificação funciona dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem que abrange setores de iluminação e eletrodomésticos em parceria com a Eletrobras Procel. A certificação LED é direcionada aos consumidores residenciais e a outra certificação de lâmpadas é para o setor público, iluminação pública. Futuramente, terá também a certificação para lâmpadas tubulares, que são aquelas lâmpadas de escritórios.

Procel Info - Quais os benefícios conseguidos pelo processo de certificação?

Vai ocorrer a diminuição da concorrência desleal entre empresas que colocam produtos de boa qualidade no mercado, benefício direto ao consumidor, seja ele, residencial ou público. Irá aumentar também o tempo de uso do produto e sua vida útil. 
"O custo do certificado é elevado para a sociedade, mas os benefícios são maiores".

Procel Info - Quanto custa em média um processo de etiquetagem de uma lâmpada LED?

O custo é elevado, não tem um valor preciso pois depende dos processos que a pessoa irá seguir, se irá aplicar todos os procedimentos ou não. Mas existem três aspectos fundamentais para realizar todo o processo: segurança para ser comercializado, aspectos técnicos e vida útil (esta é extremamente fundamental).

Procel Info - Uma lâmpada LED sem a certificação pode ser modificada para adotar os procedimentos da etiquetagem? 

Ela não só pode, como vai ter que ser modificada. Hoje, não precisa-se de regras, mas teremos que segui-las quando tiver a certificação para controle de qualidade. 

Procel Info - De que forma a certificação é estimulada para que a população consuma as lâmpadas certificadas?

Áreas especializadas estão divulgando sistematicamente informações para que todos entendam os benefícios, entendam que apesar do custo do certificado ser elevado para a sociedade, os benefícios serão maiores.

Procel Info - Como o Sr. vê o processo de certificação energética no Brasil? 

É um processo que já ocorre há 30 anos. Desde a criação da Eletrobras Procel, em 1984. Nosso país hoje tem um sistema muito confiável que não existe em outros países, com níveis mínimos de eficiência. No Brasil, os órgãos agem em conjunto, integrando os setores como o PBE e o selo Conpet, diferentemente de outros países onde não há essa integração. Isso efetiva o processo de certificação e o torna mais rápido.

Procel Info - Você acha que é importante enfatizar a consciência energética entre a população? 

Sim, apesar de a maior parte da população brasileira ter o conhecimento mínimo necessário. A conscientização é uma força motriz que tem como objetivo melhorar os produtos e para isso é preciso que o consumidor entenda a etiquetagem, e não só o conceito de eficiência energética, por exemplo, de uma geladeira onde o consumidor sabe que uma geladeira com classificação A é mais econômica do que a classificação E.



Heliatek e AGC firmam contrato de desenvolvimento para integrar filmes solares orgânicos a vidros para coleta de energia solar

Fonte: R7 - 30.09.2013

Alemanha - A Heliatek GmbH, principal fabricante mundial de filmes solares avançados, assinou um contrato de desenvolvimento conjunto com a AGC Glass Europe, filial europeia da AGC (a maior produtora mundial de vidro plano), que já usa ativamente BIPV tradicional. O contrato se foca em pesquisa e desenvolvimento da integração do vidro a filmes solares, em busca de soluções integradas para o exterior em vidro de prédios.

Isso vai possibilitar que toda a fachada de vidro dos prédios, incluindo janelas, se torne coletora altamente eficaz e custo-eficiente de energia solar, para reduzir a pegada de carbono dos edifícios e, ao mesmo tempo, lhes dar uma aparência visual discreta, esteticamente agradável. 

Os premiados filmes solares da Heliatek são idealmente apropriados para essa aplicação, porque eles podem ser opacos ou semitransparentes, em uma variedade de cores. Os filmes são muito leves, muito finos e altamente eficientes, sob condições reais do mundo, graças a três recursos únicos. Eles coletam a energia solar com eficiência máxima por períodos diurnos mais longos do que as tecnologias solares tradicionais, como no por do sol ou com apenas um décimo da luz do sol , como em dias nublados. Além disso, eles podem operar com eficiência em qualquer orientação, mesmo quando não voltados diretamente para o sol e recebendo apenas luz solar indireta ou difusa. Finalmente, seu desempenho permanece estável até 80 graus centígrados. 

O CEO da Heliatek, Thibaud Le Séguillon, explica: "Uma vez que isso for desenvolvido, todas as superfícies verticais de vidro serão apropriadas para o painel fotovoltaico (PV). Elas oferecem uma área muito maior para instalação do que as de telhados, onde são feitas hoje as instalações de sistemas de energia solar. Além disso, não há custos de instalação, como ocorre com os painéis convencionais".

O CTO da AGC Glass Europe, Marc Van Den Neste, acrescenta: "Esse contrato se ajusta perfeitamente a nossa estratégia de fornecer soluções de vidro a preços acessíveis e amigáveis ao meio ambiente a nossos clientes, ao setor de construção e à comunidade em geral. Estou confiante de que essa solução vai abrir novas perspectivas para a criatividade e para a eficiência energética a arquitetos e projetistas".

O vice-presidente de Negócios da Heliatek, Alexander Valenzuela, conclui: "Juntos, vamos entender e cumprir as exigências do setor de construção, bem como as necessidades de arquitetos e usuários finais no que se refere a confiabilidade, expectativa de vida e retorno dos investimentos". 


Elevador para edifício de até quatro andares funciona a energia solar

Fonte: Folha de São Paulo - 10.09.2013

São Paulo - O desafio da sustentabilidade chegou também aos elevadores residenciais. A Otis Elevator Company lançou na semana passada, em São Paulo, um elevador que elimina a necessidade de energia elétrica trifásica, que pode ser operado à energia solar e utiliza tecnologia à bateria não apenas quando há falta de luz no prédio.

Uma tomada comum basta para fornecer ao Gen2 Switch toda a energia necessária. O equipamento opera com energia monofásica, sendo recomendado para retrofits ou edifícios novos onde o elevador seria a única instalação de energia trifásica. 

A tecnologia monofásica do sistema pode ser alimentada por fontes renováveis de energia como painéis solares ou turbinas eólicas. A bateria permite que os usuários não fiquem presos em caso de blecaute. 

O elevador Gen2 Switch estará disponível por meio das unidades de operação da Otis, de forma gradual em mercados desenvolvidos e emergentes, incluindo Europa, Índia, Sudeste Asiático e Américas Central e do Sul. 

Lâmpada que dura mais de 25 anos sofre boicote de empresas, denuncia empresário

Fonte: Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/setembro/lampada-que-dura-mais-de-25-anos-so-pode-ser?tag=energia#ixzz2eLyQlQ4A 

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A lâmpada é feita a partir de uma lógica que nega a obsolescência programada
Foto: Divulgação

A lâmpada LED feita a partir de uma lógica que nega a obsolescência programada (programação da vida útil do produto estimada pelo fabricante) foi criada pela empresa OEP Electrics e é capaz de durar mais de 25 anos, segundo seu fabricante. Contudo a lâmpada só pode ser comercializada na internet. O motivo? O responsável pela imagem da empresa que fabrica o produto, o empresário espanhol Benito Muros, alegou receber propostas milionárias de empresas do ramo para que retirasse a marca do mercado.

De acordo com Muros, até mesmo o ministro da indústria da Espanha não quis recebê-lo em um encontro em que ele pretendia explicar as intenções de seu projeto. Atualmente a lâmpada só pode ser encontrada na internet ao preço de 37 euros. O empresário denunciou ainda estar sofrendo ameaças de morte e acabou afastado da empresa. O diretor comercial da OEP Eletrics, Oscar Burgos, justificou ao portal espanhol Informativos.net que o desligamento do funcionário se seu devido a supostas afirmações equivocadas sobre investimentos de três milhões de euros pela transferência da fábrica para Barcelona e a instalação de unidades em Cuba.

Quando ainda estava a frente da marca, Muros, que também é um dos fundadores do movimento Sem Obsolescência Programada (SOP), afirmou que a longa duração da lâmpada LED da OEP Electrics tem a ver com a qualidade dos materiais utilizados durante a sua fabricação e que o objetivo da empresa é "forçar outras empresas a fabricarem produtos com vida útil também prolongada. O atual modelo econômico está levando a economia, as pessoas e muitos países à ruína. Produtos mais ecológicos e duradouros são necessários", frisou.

Segundo Muros, a lâmpada possui as seguintes vantagens:

  • Poupança energética de até 92%;
  • Emissão de até 70% a menos de CO2;
  • Funciona cerca de 25 anos, mesmo se usada durante 24 horas por dia, todos os dias do ano;
  • Gasta 92% menos eletricidade que uma lâmpada incandescente e 85% em relação às halógenas;
  • Não contém tungstênio e nem mercúrio;
  • Não possui metais pesados que demoram para desintegrar;
  • São recicláveis e seguem todas as normas ambientais;
  • Se a lâmpada apresentar algum problema, é possível consertá-la.

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Assista ao vídeo da entrevista em que Benito Muros explica toda a história da criação da lâmpada (em espanhol):

Um pouco da história

Benito Muros foi motivado a desenvolver esta lâmpada LED depois que soube da existência de uma similar em um parque do corpo de bombeiros de Livermore, na Califórnia - produto que consta no Guinness Book - por estar aceso há 111 anos.

Como o corpo de bombeiros não dispunha de documentos que explicassem a origem da lâmpada, Muros precisou de cerca de dez anos de pesquisa para que o produto fosse desenvolvido junto a outros engenheiros.


BID libera até US$ 25 milhões em crédito para projetos de eficiência energética
Fonte: Maxpress - 28.08.2013

Brasil - Na sala "Certificação e Viabilidade Econômica" da Conferência Greenbuilding Brasil, Álvaro Silveira, diretor da Atla Consultoria, apresentou o EEGM - Instrumento de Garantia para Projetos de Eficiência Energética - do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para viabilizar projetos que possuem matrizes sustentáveis. O projeto está presente em 46 países da América Latina e a Atla é a administradora do EEGM no Brasil.

"É um mecanismo de garantia de eficiência energética, que trabalha em conjunto com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas", explica Silveira. "Administramos US$ 25 milhões disponíveis para emissão de garantia de crédito. Na maioria dos casos, os participantes do mercado financeiro desconhecem o projeto. Cobrimos até 83% do valor do contrato de eficiência energética, com um limite de US$ 800 mil para cada projeto. O prazo máximo para garantia é de sete anos, um prazo longo, considerando o mercado brasileiro". Os beneficiários podem ser financiadores e/ou clientes de projetos de eficiência energética: hospitais, hotéis, shoppings, etc. Os créditos contemplam riscos de performance e de crédito. Isso significa que o BID analisa o projeto e, se aprovado, emite uma "carta de confiança" à instituição financiadora. "Além do risco de crédito, com o crédito de risco de performance, digamos que uma construção pretende atingir 35% de economia de energia, e chega somente a 25%. O BID garante esses 10%".

Dentro de 20 anos, o BID acredita que cerca de 4 milhões de mWh serão reduzidos na América Latina. Um terço das necessidades de energia da região poderia ser suprido com a adoção de medidas de eficiência até 2018.
 


China quer quadruplicar capacidade de geração de energia solar
Objetivo é acrescentar 10 Gigawatt por ano até 2015

Fonte:http://www.revistagreenbuilding.com.br/noticias_interna.php?id=361

A China quer mais que quadruplicar sua capacidade de geração de energia solar para 35 gigawatts até 2015, em uma aparente tentativa de aliviar a enorme escassez na indústria doméstica de painéis solares.

O objetivo fora estabelecido anteriormente pela instituição que gerencia a distribuição de energia elétrica no país, mas agora conta com o apoio oficial do Conselho de Estado, ou gabinete do país, principal órgão do governo.

A China irá adicionar uma capacidade de cerca de 10 GW por ano entre 2013 e 2015, afirmou o Conselho de Estado em um comunicado.

Se atingido, o aumento na geração de energia solar beneficiaria não só as produtores de painéis domésticos como a Suntech Power Holdings e a LDK Solar, mas também as fabricantes de todo o mundo que têm lutado contra uma enxurrada de exportações chinesas baratas. Tanto a Europa como os Estados Unidos lançaram medidas anti-dumping contra as exportações de painéis solares da China.

Mas analistas estão céticos, citando a falta de financiamento para subsídios solares e a ausência de infraestrutura necessária para aproveitar a energia renovável intermitente.

"Eu acho que a China pode aumentar a capacidade para 21 GW, mas seria muito difícil chegar a 35 GW", disse Jason Cai, analista-chefe da consultoria Solarzoom, com sede em Xangai.


Cientistas conseguem fazer eletricidade com gás do efeito estufa
Técnica reaproveita CO2 de termelétricas, indústrias e residências e evita que o gás vá para a atmosfera

Fonte: http://www.revistagreenbuilding.com.br/noticias_interna.php?id=375

Cientistas divulgaram nesta terça-feira (23) um novo método que produz energia com o uso de dióxido de carbono (CO2), um dos "vilões" do aquecimento global. Segundo os pesquisadores, a ideia é reaproveitar o gás produzido em termelétricas e outras chaminés ao redor do planeta.

Anualmente, as usinas termelétricas - que usam carvão, petróleo ou gás - produzem 12 bilhões de toneladas de CO2. Aquecimento industrial e residencial produz outras 11 bilhões de toneladas. O objetivo do grupo é que todo esse gás fosse reaproveitado de alguma forma.

 A tecnologia desenvolvida utiliza o gás estufa e água ou outro meio líquido para produzir uma corrente de elétrons. "No final, nenhuma substância é produzida ou consumida. O CO2, contudo, ainda vai para o ambiente no final", explica Bert Hamelers, do Centro de Excelência para Tecnologia Sustentável e Água, em Wetsus, nos Países Baixos.

 Segundo o cientista, a tecnologia deve ser barata, mas ainda é muito cedo para ter certeza. "O aspecto positivo é, obviamente, que o combustível (CO2) é gratuito."

 O estudo foi financiado por diversos fundos de pesquisa da Europa e Estados Unidos e foi divulgado pela Associação Americana de Química. Um artigo na publicação especializada Environmental Science & Technology Letters explica a técnica.


Você sabia que a poluição pode gerar energia elétrica?


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A tecnologia desenvolvida pelos holandeses permite captar até 20% da poluição de uma chaminé de carvoaria, por exemplo
Foto: Sxc.hu

Você já imaginou se o ar poluído de grandes metrópoles, como São Paulo, fosse transformado em energia elétrica? A poluição é fonte de problemas para o mundo: afeta a saúde das pessoas, aumenta o calor na Terra e contribui para o degelo dos polos. Isso todos já devem saber. Mas cientistas holandeses criaram um método para transformar a mistura de água, dióxido de carbono (CO2) e ar (O2), algo danoso em um produto útil para o mundo: eletricidade.

Este método reduz a quantidade de gases poluentes na atmosfera e possibilita a geração de energia de um modo mais limpo, já que reutiliza um material que causaria danos à natureza.

De uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e através dele gerar a corrente elétrica

A colheita de energia das emissões de CO2, nome do estudo realizado no Departamento de Tecnologia Ambiental da Universidade de Wageningen, na Holanda, mostra que ao fazer a separação dos íons da mistura, através de um dispositivo chamado célula capacitiva eletroquímica, é possível gerar eletricidade, segundo informou o site PlanetSave.

Resultados

A técnica desenvolvida pelos holandeses capta apenas uma parte da poluição. De uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e através dele gerar a corrente elétrica, com rendimento que pode ser chegar a 32% de eficiência - mais que o dobro obtido pelas placas solares tradicionais, por exemplo, que alcançam 12%. Os pesquisadores alertam que isso não deve estimular a produção de gases poluentes, mas criar alternativas mais eficazes no tratamento da fumaça que sai das indústrias. 

Semelhante a uma bateria, a célula tem dois polos: o negativo, que atrai íons de hidrogênio, e outro positivo, responsável por absorver os íons bicarbonato. Isto faz o CO2 borbulhar através da água. E com a separação de carga cria-se o potencial para conduzir uma corrente elétrica.

Se os estudos vingarem, bem que essa seria uma boa iniciativa para ser implantada nas cidades, não é mesmo?

 

Iveco reduz o consumo de energia elétrica de fábrica em 35%

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Fonte: Automotive Business - 11.07.2013

Minas Gerais - A Iveco comemora a redução de 35% na relação uso de energia por hora produtiva entre 2009 e 2012, como parte da gestão de uma equipe criada na unidade de Sete Lagoas (MG) exclusivamente para a gestão de economia de energia. Segundo a empresa, de 2% a 5% dos investimentos anuais são destinados em ações que visam à eficiência energética.

"O desafio agora é continuar reduzindo gradativamente este índice diante de um quadro já bastante otimizado", afirma Fábio Nardi, gerente de manufatura Iveco Latin America.

As áreas que recebem investimentos todos os anos são as instalações elétricas existentes, cujas ações visam melhorias contínuas da eficiência dos processos, e todas as especificações técnicas para novas construções ou processos. A energia elétrica representa quase 3% do custo de transformação, informa a Iveco.

Entre os projetos introduzidos na fábrica para a redução do consumo de energia estão o aquecimento solar de água nas novas construções, exaustores solares e eólicos nos galpões das áreas produtivas, projetos de automação de equipamentos para evitar o funcionamento desnecessário e eficiência em redes de ar comprimido.

Além do trabalho na redução do consumo, a montadora realiza outras ações em sua fábrica visando a sustentabilidade da operação, como o inventário de gases de efeito estufa, que tem como objetivo de identificar onde é possível reduzir as emissões e melhorar processos, desenvolver indicadores para gestão das emissões e subsidiar a elaboração de estudos comparativos de emissões. Produzido pela empresa Geoklock, o inventário abrange emissões diretas associadas às diversas atividades internas, como geradores de energia, transporte, caldeiras, empilhadeiras e emissões indiretas associadas ao consumo e obtenção de energia, seja elétrica ou a vapor.

Sete Lagoas conta ainda com a reciclagem de 93% dos resíduos sólidos gerados na fábrica de caminhões, equivalente a 15 mil toneladas de material por ano. O processo inicia na Ilha Ecológica, criada em 2000, inaugurada com a fábrica, onde são recebidos, segregados, armazenados e destinados corretamente todos os resíduos. No local, também são tratados 100% dos resíduos líquidos nas duas estações de tratamento de efluentes.


Procel fez o país economizar 9 bilhões de quilowatts-hora de energia em 2012

Fonte:Diário de Pernambuco - 09.07.2013- http://www.procelinfo.com.br/main.asp?ViewID=%7BF5EAADD6-CCB0-4E29-A0C4-482D3D66BB65%7D&params=itemID=%7B35A56848-26B9-4E30-84ED-0FBDB429BB2E%7D;&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D

Brasil - O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), criado em 1985 pelo governo federal e executado pela Eletrobras, obteve uma economia de energia para o país, no ano passado, de 9 bilhões de quilowatts-hora (kWh), de acordo com o Relatório de Resultados, divulgado pela estatal.

O gerente da Divisão de Planejamento e Fomento da Eletrobras, Emerson Salvador, disse que a economia representa 2% do consumo total brasileiro de energia elétrica durante 2012. "Para entender um pouco melhor o que isso representa, é o consumo anual de aproximadamente 5 milhões de residências brasileiras, durante um ano", exemplificou. 

O resultado registrado foi recorde da série da Eletrobras Procel e significou um aumento de 36% em termos de energia economizada em relação a 2011. 

Salvador atribuiu o desempenho à série de ações desenvolvidas pelo programa que trabalham o conhecimento e a difusão da informação sobre hábitos eficientes. "A gente trabalha a mudança de comportamento e tem uma vertente mais tecnológica, de avaliar os produtos e conceder o Selo Procel Eletrobras aos mais eficientes, que gastam menos energia elétrica". 

A cada ano, a Eletrobras Procel vem intensificando a inclusão de novos equipamentos para avaliação e concessão do Selo de eficiência. Os primeiros produtos avaliados foram geladeiras e os motores elétricos usados nas indústrias. "Foi entrando uma série de equipamentos que hoje representam este resultado. O recorde expressivo é fruto desse trabalho", declarou Salvador. 

A Eletrobras Procel trabalha em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que é o órgão certificador brasileiro, e com associações de fabricantes, uma vez que a adesão ao Selo Procel Eletrobras é voluntária. A maioria das empresas, porém, entende que o selo é necessário, destacou Salvador. "A sociedade cobra isso, cobra sustentabilidade e baixo impacto ambiental. Tudo isso se traduz no Selo, que diz para o consumidor que aquele é o melhor equipamento que existe no mercado." 

Segundo o gerente da Divisão de Planejamento e Fomento, o Procel engloba atualmente 36 categorias de equipamentos que foram avaliados e receberam o Selo de eficiência energética no Brasil. "Só no ano passado, 44 milhões de equipamentos foram vendidos no Brasil com o Selo Procel Eletrobras". 

Está no planejamento do programa a inclusão de mais equipamentos, entre os quais fornos micro-ondas e ferros de passar roupa. "A gente está trabalhando no nosso laboratório de pesquisa para que nos próximos anos eles sejam avaliados." Também o chuveiro elétrico deverá ser analisado pela Eletrobras Procel. "O chuveiro elétrico é importante porque representa boa parte do consumo das residências, principalmente no inverno", disse Salvador. "Está no rol dos nossos projetos futuros para poder estabelecer os parâmetros que a gente tem que avaliar. Os mais eficientes receberão o selo". 

Contabilizando os 25 anos de existência do Programa, a economia de energia elétrica atingiu 60 bilhões de kWh. O gerente ressaltou que grande parte da matriz energética nacional é limpa, sendo a maioria da produção feita por fonte hidráulica. Isso faz com que as emissões de gases poluentes não sejam elevadas. "Toda energia que não é gasta, ou seja, que é conservada, ela pode ser atrelada a um índice de emissão de gás carbônico evitada. No ano passado, foram 624 milhões de toneladas de gás carbônico que deixaram de ser emitidos na atmosfera". Isso corresponde às emissões de mais de 200 mil veículos durante um ano. 



Noruega importa lixo para produzir energia

Fonte: Folha de São Paulo - 14/06/2013 - http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/06/1296446-noruega-importa-lixopara-produzir-energia.shtml


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Oslo é uma cidade que importa lixo. Parte vem da Inglaterra, parte vem da Irlanda e parte vem da vizinha Suécia. Ela inclusive tem planos para o mercado americano.

"Eu gostaride receber alguma coisa dos Estados Unidos", disse Pal Mikkelsen em seu escritório, numa enorme usina na periferia da cidade, onde o lixo é transformado em calor e em eletricidade. "O transporte marítimo é barato."

Oslo, onde metade da cidade e a maioria das escolas são aquecidas pela queima do lixo - lixo doméstico, resíduos industriais e até resíduos tóxicos e perigosos de hospitais e apreensões de drogas-, tem um problema: o lixo para queimar se esgotou.

O problema não é exclusivo de Oslo. Em toda a Europa setentrional, onde a prática de queimar lixo para gerar calor e eletricidade disparou nas últimas décadas, a demanda por lixo é muito superior à oferta.

A meticulosa população do norte europeu produz apenas cerca de 136 milhões de toneladas de resíduos por ano, muito pouco para abastecer usinas incineradoras capazes de consumir mais de 635 milhões de toneladas.

"Mas os suecos continuam a construir [mais usinas], assim como a Áustria e a Alemanha", disse Mikkelsen, 50, engenheiro mecânico que há um ano é o diretor-gerente da agência municipal encarregada da transformação de resíduos em energia.

De navio e de caminhão, incontáveis toneladas de lixo viajam de regiões onde há excesso de resíduos para outras que têm capacidade para queimá-las e transformá-las em energia. A maioria das pessoas no país aprova a ideia.

Os ingleses também gostam. A empresa de Yorkshire que lida com a coleta de lixo no norte da Inglaterra atualmente embarca até 907 toneladas de lixo por mês para os países do norte da Europa, incluindo a Noruega, de acordo com Donna Cox, assessora de imprensa da prefeitura de Leeds. Um imposto britânico sobre os aterros sanitários faz com que seja mais barato enviar o lixo para lugares como Oslo.

Para alguns, pode parecer bizarro que Oslo recorra à importação de lixo para produzir energia. A Noruega está entre os dez maiores exportadores mundiais de petróleo e gás e tem abundantes reservas de carvão e uma rede de mais de 1.100 usinas hidrelétricas em suas montanhas, ricas em água.

Mikkelsen, no entanto, disse que a queima do lixo é "um jogo de energia renovável para reduzir o uso de combustíveis fósseis".

Já Lars Haltbrekken, presidente da mais antiga entidade ambientalista da Noruega, afirmou que, do ponto de vista ambiental, a tendência de transformar resíduos em energia constitui um grande problema, por gerar pressão pela produção de mais lixo.

Numa hierarquia de objetivos ambientais, disse Haltbrekken, a redução da produção de resíduos deveria estar em primeiro lugar, ao passo que a geração de energia a partir do lixo deveria estar no final. "O problema é que a nossa prioridade mais baixa conflita com a mais alta", disse ele.

Em Oslo, as famílias separam seu lixo, colocando os restos de comida em sacos plásticos verdes, os plásticos em sacos azuis e os vidros em outro lugar. Os sacos são distribuídos gratuitamente em mercearias e outras lojas.

Mikkelsen comanda duas usinas. A maior delas usa sensores computadorizados para separar os sacos de lixo codificados por cor.

A separação do lixo orgânico, incluindo os restos de comida, passou a permitir que Oslo produza biogás, o qual já abastece alguns ônibus no centro da cidade.

Outras áreas da Europa estão produzindo grande quantidade de lixo, incluindo o sul da Itália, onde lugares como Nápoles pagaram a cidades da Alemanha e da Holanda para que aceitem seus resíduos, ajudando a neutralizar uma crise napolitana na coleta do lixo. No entanto, embora Oslo tenha cogitado receber o lixo italiano, a cidade preferiu continuar com o inglês, considerado mais limpo e seguro. "É uma questão delicada", diz Mikkelsen.

Por: NEW YORK TIMES


Rumo a 100% de energia renovável, Noronha anuncia nova usina solar

Fonte: Portal EcoD - http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/maio/paraiso-sustentavel-noronha-anuncia-nova-usina?tag=energia#ixzz2WTqN3mLi

 

O paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha, situado a 540 quilômetros do Recife, ganhará uma segunda usina solar em até 12 meses, depois que um acordo de cooperação para instalação do empreendimento foi assinado na terça-feira, 21 de maio, entre o grupo Neonergia, responsável pela gerência da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), e o governo estadual pernambucano.

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Arquipélago famoso por suas belezas naturais busca cada vez mais a sustentabilidade
Foto: Marta Granville e Zaíra Matheus/Divulgação

Cerca de 230 mil litros de óleo diesel deixarão de ser consumidos na ilha, por causa da nova unidade geradora de energia renovável. A usina promete produzir 777 megawatts por ano - esse número equivalente a 6% do consumo de energia na ilha, durante o mesmo período. O equipamento industrial será semelhante à usina de Tauá, instalada no

"Essa parceria com o grupo Neoenergia é um passo importante na questão energética do Estado. Vamos instalar uma rede inteligente capaz de medir a produção de energia na casa dos ilhéus. Eles poderão vender o excedente, como já se faz na Europa. Em três anos, Noronha terá a primeira comunidade no Brasil a ter fornecimento de energia 100% renovável", garantiu o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao Jornal do Commércio.

 "Recentemente, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) lançou edital para projetos de produção de energia renovável. Recebemos propostas interessantes, como a produção de energia limpa a partir do lixo e das correntes marítimas. Espero que tenhamos tanto sucesso quanto tivemos com a energia eólica", completou o governador.

A nova usina solar de Noronha será construída numa área de 6 mil metros quadrados, utilizada no passado para captação de águas pluviais. No local, serão instalados os painéis fotovoltaicos. Os megawatts serão produzidos através de uma potência de 500 quilowatt- pico, que vai converter a radiação solar em energia elétrica.

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A nova usina solar de Noronha será construída numa área de 6 mil metros quadrados
Foto: southgatechamber

R$ 50 milhões 

De acordo com Solange Ribeiro, presidente do grupo Neoenergia, 65% da energia utilizada nos prédios públicos de Noronha terão procedência de fontes renováveis. "Esta é a terceira usina fotovoltaica de Pernambuco. As outras duas funcionarão numa base da Aeronáutica, também em Noronha, e a outra na Arena da Copa, no Grande Recife." Segundo ela, cerca de R$ 50 milhões foram empregados em ações de sustentabilidade no arquipélago, pelo governo do Estado e iniciativa privada, nos últimos cinco anos.

Na coletiva de imprensa, Luiz Antônio Ciarlini, presidente da Celpe, garantiu que a usina da Aeronáutica começa a funcionar até o final de 2013. "As duas usinas juntas serão responsáveis por 10% da energia consumida no arquipélago". Segundo o governo, serão investidos 11 milhões de reais no desenvolvimento e a implantação do sistema.

A nova usina solar em Noronha faz parte de projeto que integra o Programa de Eficiência Energética da Celpe e de Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A nova unidade geradora de energia renovável integrará o sistema elétrico da ilha.

Parque paulista com energia solar

Fonte: Secretaria de Energia de São Paulo

O governador Geraldo Alckmin anunciou este mês o início das obras do Parque Cândido Portinari, que terá geração de energia solar. Com orçamento de R$ 13 milhões, o projeto fotovoltaico tem capacidade de cerca de 1.000 quilowatts e prevê uma estação geradora, seguidores solares, microcentrais de geração ligadas à rede elétrica e uma estação solarimétrica.

O governador Geraldo Alckmin destacou que o local deve abrir 20 mil árvores em uma área de 120 mil metros quadrados, que era até então um depósito do Metrô. A estação geradora de energia solar vai funcionar sobre o estacionamento do novo local. "Haverá energia suficiente para iluminar todo o parque e mais 350 casas", explicou o governador.

"O Brasil é um dos países que mais tem luz solar no mundo", afirmou Alckimin, lembrando ainda que as casas da CDHU são construídas com aquecedores solares.

"Quero saudar a CESP e o conjunto de empresas que vão nos ajudar a empreender essa obra da Secretaria de Energia, um projeto desafiador para poder mostrar à população que vai frequentar o parque como se constrói um planeta sustentável", afirmou o subsecretário de Energias Renováveis, Milton Flávio, que representou o secretário José Aníbal no evento.

O estado tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 56% de energias renováveis. São Paulo também pretende alcançar a meta de chegar a 69% até 2020, como prevê o Plano Paulista de Energia.

Uma parte do projeto deve ser entregue em julho, quando está previsto também o início das obras da estação geradora. A entrega do Parque Cândido Portinari deve acontecer até o fim de 2013.

BASF apresenta sua primeira casa de eficiência energética

Fonte: TN Petróleo - 13.05.2013

São Paulo - A alemã BASF, especialista em química, participou do encontro que marca o início das comemorações do ano da Alemanha no Brasil, "Alemanha + Brasil 2013-2014 - quando as ideias se encontram", realizado nesta segunda-feira (13) no World Trade Center em São Paulo.

Na ocasião, a empresa apresentou oficialmente a sua primeira casa de eficiência energética no Brasil, a CasaE. "Estamos muito felizes em entregar a CasaE como um presente para São Paulo no ano da Alemanha no Brasil. O projeto traz muitas novidades para o mercado de construção brasileiro e coloca à disposição da indústria a mais diferenciada tecnologia em materiais de alta performance, eficiência energética e proteção climática", explica Alfred Hackenberger, presidente da BASF para a América do Sul. 

Para a construção da CasaE foram implementadas diversas soluções e inovações da BASF, que atuam diretamente na redução do consumo de água, energia e emissão de CO2. Além disso, o projeto vem apresentar respostas para questões fundamentais acerca do mercado da construção sustentável, como a rapidez dos processos, moradias mais acessíveis, a durabilidade dos materiais utilizados, seu reaproveitamento, e a saúde e conforto das pessoas que habitarão os espaços. 

Além das soluções para construção da BASF, o projeto conta ainda com parceiros que contribuíram com produtos e tecnologias que estão alinhadas à temática da sustentabilidade. São eles: Arquivo Vivo, Atlas Schindler, Bosch, Deca, Gerdau, Guardian, Isoeste, Knauf, Leicht, Leroy Merlin, Nespresso, Owa, Philips, Supermix, Tigre, Veka e Whirpool. 

Ano da Alemanha no Brasil

As celebrações tem o objetivo de estreitar as relações entre os países abordando temas como economia, cultura, tecnologia, inovação, educação, ciência, desenvolvimento sustentável e esporte, que irão moldar parcerias futuras. As comemorações estarão presentes em diversas cidades do país, de maio de 2013 a maio de 2014.


Casas e apartamentos podem receber Selo Procel Eletrobras de eficiência energética

Fonte: Globo News - 08.11.2012

Brasil - Há quase 20 anos, o Selo Procel Eletrobras ajuda consumidores a comprar produtos que consomem menos energia. Agora, a etiqueta vai ser usada também para medir a eficiência energética de edifícios residenciais, comerciais e órgãos públicos, que respondem por quase metade de toda a energia consumida no Brasil. Para obter a certificação, é preciso seguir algumas exigências, que asseguram uma economia de até 50% na conta de luz.

"Nosso objetivo é provocar um impacto no mercado imobiliário. Na medida em que existem prédios etiquetados e outros não, as pessoas vão dar preferência a esse instrumento", diz o coordenador do programa de etiquetagem do Inmetro, Marcos André Borges. Segundo ele, 80% dos consumidores já usam esse tipo de informação para comprar eletrodomésticos. 

Também é possível certificar projetos de construção, que devem ser validados depois que a obra estiver pronta. Até o momento, foram certificados 54 projetos em todo o país. Três residências e 12 prédios comerciais já saíram do papel e receberam a etiqueta, que pode ser concedida de maneira avulsa, para um apartamento. 

A arquiteta Claudia Barroso Krause fez alguns ajustes em seu apartamento, no Rio, e obteve a primeira certificação do gênero no país. "A gestão do imóvel é a mais barata possível e a qualidade ambiental está garantida", afirma. Segundo a arquiteta, os ajustes para receber o selo não custam caro, mas ela ressalta que as medidas podem ser incluídas já no projeto. 

Dicas para ter um imóvel mais eficiente: 

- Usar iluminação natural combinada com lâmpadas econômicas, como as de LED, e instalar sensores de presença; 

- Preferir ventilação natural e, quando necessário, usar aparelhos de ar condicionado eficientes; 

- Dar prioridade a paredes e móveis claros, que refletem melhor a luz que superfícies escuras; 

- Instalar sensores nas torneiras, válvulas com duplo acionamento nos vasos sanitários e restritores de vazão nos chuveiros; 

- Adotar coletores solares



Rede elétrica inteligente beneficia moradores de Aparecida

Fonte: Terra - 12.11.2012

São Paulo - Considerado um dos maiores projetos de smart grid (rede inteligente de energia) do Estado de São Paulo, o InovCity, programa desenvolvido por meio de uma parceria entre a EDP Bandeirante e a Ecil Energia, promete revolucionar o dia a dia dos habitantes de Aparecida, interior de São Paulo. Além do medidor inteligente que será instalado em todas as residências da cidade até o fim de 2012, no final do processo será aplicado um sistema que permite o monitoramento diretamente do Centro de Medição da EDP Bandeirante, em Mogi das Cruzes e possibilitará ao consumidor a possibilidade de explorar o seu tipo de consumo e gerenciá-lo de acordo com as suas necessidades.

"É um projeto inovador. O cliente, além de ficar sabendo se o seu consumo é maior ou menor em algum horário específico do dia, e analisar as causas desse consumo, poderá, por exemplo, por meio da instalação de tomadas diferenciadas, desligar o aparelho de ar condicionado sem estar em casa, usando somente a internet", explica João Brito Martins, gestor executivo de Inovação da EDP no Brasil. 

Martins explica que este mesmo medidor também permitirá, em um futuro próximo, a aplicação de tarifários mais flexíveis - como a chamada "tarifa branca", que prevê preços mais elevados em horários de pico. 

Segundo o gestor, o sistema inteligente também trará grandes benefícios às distribuidores de energia. Atualmente, a única informação que as distribuidoras possuem sobre a energia consumida pelas residências é por meio do chamado "leiturista", o profissional que vai até a casa do cliente fazer a medição do relógio. "Na rede inteligente não haverá necessidade do leiturista in loco, pois todas as informações serão enviadas por tecnologia GPRS, em tempo real, ao Centro de Medição", afirma Martins. 

A experiência em Aparecida, explica Martins, também permitirá antecipar uma tendência de evolução do setor, bem como desenvolver outras competências. "O projeto que está beneficiando a cidade de Aparecida é de médio prazo. Durante o processo de implementação e após a conclusão do programa e todas as suas etapas serão realizadas análises de resultados para entender o impacto do InovCity na comunidade assistida, aprimorar seus pontos fracos e prospectar a implantação dos pontos fortes em outras regiões sob concessão da empresa", afirma Martins. "Apesar de todos os benefícios, ainda se trata de uma tecnologia cara e que precisa de escala para se tornar viável economicamente".


Tendências na implantação de edifícios de alto desempenho em energia

Europa - A partir da Diretiva Internacional de Energia estão se definindo requisitos específicos e as primeiras abordagens para a aplicação da definição de edifício nearly zero-energy (NZEB)

Europa - O estabelecimento de requisitos específicos para a estanqueidade destes empreendimentos e a existência de condições específicas para técnicas de ventilação são alguns dos aspectos analisados pelos autores do estudo, que apresentam as primeiras abordagens para a aplicação da definição de edifício nearly zero-energy (NZEB), resumindo os planos atuais de Alemanha, Dinamarca, Irlanda e Holanda.

Embora a Suíça não faça parte da União Europeia (UE), seus requisitos de desempenho energético nacionais para o período a partir de 2018 foram incluídos na análise como uma contribuição a mais e por que seu desenvolvimento em termos de requisitos de desempenho energético corresponde ao dos países líderes da UE na mesma região climática. 

Também foi analisado se qualquer um dos países estabelecerá requisitos específicos para a estanqueidade dos NZEBs e se há requisitos específicos para técnicas de ventilação. A Diretiva para o Desempenho Energético de Edifícios na versão 2010, chamada de reformulação, exige, no Artigo 9, "Edifícios de Consumo de Energia Quase Nulo", que os Estados-membros deverão garantir que, até 31 de dezembro de 2020, todos os edifícios sejam de consumo de energia quase nulo (nearly zero-energy); e após 31 de dezembro de 2018, os novos edifícios ocupados e de propriedade de autoridades públicas sejam edifícios nearly zero-energy. 

A quantidade quase nula ou muito baixa de energia requerida deve ser suprida, numa medida muito significativa, por energia obtida de fontes renováveis, incluindo energia de fontes renováveis produzidas no local ou nas proximidades. 


Prédios públicos mais verdes

Rio de Janeiro - Prédios públicos do país devem dar o exemplo para a população aderindo à etiquetagem de eficiência energética para melhorar a qualidade da construção


Lara Martinho, para o Procel Info

Rio de Janeiro -Sustentabilidade e eficiência energética em edifícios vêm recentemente sendo temas recorrentes de debates e cada vez mais demandados pela sociedade. Eficiência energética, entretanto, já é um assunto consolidado na Eletrobras, que há mais de 25 anos é responsável pelo Programa Nacional de Conservação de Energia, a Eletrobras Procel, contando com subprogramas voltados diretamente para edificações: o Procel EPP, que trata de eficiência energética em prédios públicos e o Procel Edifica, cuja temática é eficiência energética em edificações.

O Procel EPP promove ações de conservação de energia junto às instalações prediais públicas visando à redução da demanda e do consumo de seus sistemas elétricos, bem como a disseminação de técnicas e metodologias para replicação de projetos nos sistemas de iluminação, de climatização, inovação tecnológica em instalações prediais e Laboratórios destinados a estudos de conservação de energia em instalações prediais e outros sistemas, que promovam redução do consumo de energia elétrica. Estima-se que no Brasil existam cerca de 20 mil edificações públicas administradas pelo governo federal e 500 mil pelas três esferas do poder (federal, estadual e municipal).

O Procel EPP foi estruturado em 1997 e desenvolveu ações por etapas visando: identificar o real potencial de redução do consumo e da demanda neste segmento, mediante a realização de diversos diagnósticos energéticos; oferecer exemplos e possibilidades, por meio da implementação de projetos-piloto com potencial de replicação em larga escala; sensibilizar e capacitar administradores de prédios públicos e divulgar o programa, através de ações específicas e parcerias com outros setores, além da capacitação de laboratórios das universidades públicas.

Atualmente o subprograma trabalha no desenvolvimento dos softwares: Módulo Cadastro de Prédios Públicos e de seus administradores; Módulo Projetos de Eficiência Energética; Módulo Análise de Projetos e Banco de Preços (Retaguarda), que objetivam implementar o monitoramento, a manutenção e a atualização do cadastro dos prédios públicos. Estas informações são importantes para definir metas de economia de curto e médio prazos, notificar compulsoriamente alterações por acréscimo ou supressão de equipamentos no sistema elétrico da edificação e promover a obrigatoriedade de compras de equipamentos eficientes, salvo equipamentos de uso específico. Além disso, os softwares permitem o acompanhamento, verificação e registro das economias obtidas e apoio técnico aos administradores de prédios públicos na implementação e acompanhamento dos projetos.

"O Procel EPP propicia, indiretamente, outros benefícios, tais como a redução das despesas com o consumo de energia elétrica, geração de novos empregos e desenvolvimento tecnológico".

Prédios verdes podem receber etiqueta

Uma questão importante atualmente defendida pelo Procel EPP, em consonância com o Procel Edifica, é a implementação da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Etiqueta PBE Edifica) nos prédios públicos como mecanismo de avaliação e classificação dos impactos causados pelas ações de conservação de energia empregadas. Para a emissão da etiqueta, um Organismo de Inspeção Acreditado pelo Inmetro (OIA) avalia o projeto da edificação e posteriormente o edifício construído, a partir de regulamentos (RTQ e RAC) desenvolvidos por especialistas, membros de universidades brasileiras em convênio com a Eletrobras.

Segundo arquiteto da Eletrobras João Queiroz Krause "A etiquetagem de edificações é voluntária, de modo que a adesão ao processo ainda é restrita a uma minoria consciente do ganho em eficiência energética e sustentabilidade, e que constrói ou reforma edificações com projetos adequados desde o início, tendo a Etiqueta como um diferencial de mercado." Cita ainda que "Na União Europeia, o processo já começou compulsório, o que promoveu uma adesão de proporções muito maiores, mas sem melhoria efetiva na eficiência energética em um primeiro momento, já que a obrigatoriedade diz respeito à obtenção da Etiqueta e não à obtenção de índices mínimos. Estamos trabalhando para que a regulamentação deixe de ser voluntária, mas queremos que o mercado se adapte e continue considerando a etiqueta um benefício, não só mais uma obrigatoriedade. No momento atual, é preciso divulgar mais o programa para conseguir uma maior adesão", completou.
"Estamos trabalhando para que a regulamentação deixe de ser voluntária, mas queremos que o mercado se adapte e continue considerando a etiqueta um benefício, não só mais uma obrigatoriedade".

Krause alerta que "O custo de um edifício etiquetado com uma classificação alta varia de acordo com a fase do projeto que se decide aplicar o regulamento. Se for aplicado no início, e o projeto já for desenvolvido adotando as orientações do regulamento, o custo final da edificação/reforma não é muito alterado em relação a uma construção que não adote estes preceitos. Entretanto, quanto mais tarde for tomada esta decisão, mais complicado fica para obter uma boa classificação, gerando muito retrabalho na fase de projeto, alterações contratuais, troca de fornecedores etc."

O custo para a obtenção da Etiqueta PBE Edifica junto a um OIA varia de acordo com o projeto, afinal os edifícios não são iguais entre si, variando em tamanho e complexidade, que alteram a quantidade de trabalho necessário para realizar uma inspeção. De uma maneira geral, para projetos que se enquadrem numa configuração costumaz, o custo da Etiqueta, em cada etapa (projeto e edifício construído), fica em torno de 0,1% do valor do Custo Unitário Básico de Construção (CUB).

O sucesso da iniciativa irá contribuir tanto para a economia dos cofres públicos, quanto para a preservação do meio ambiente, além de melhorias no sistema de iluminação, climatização, força motriz das edificações, promovendo a redução no consumo de energia elétrica, sem perda de conforto.

IBM alia-se a projeto que potencializa o aproveitamento das energias renováveis

Fonte: Bit - 29.10.2012

Suíça - Flexlast é o nome do projeto piloto que irá usar os armazéns refrigerados da maior cadeia de supermercados na Suíça, a Migros, como buffers para ajudar a equilibrar as flutuações de energia solar e eólica disponíveis na rede, fazendo uso de sensores, dados em tempo real e analíticos. A IBM irá aliar-se ao consórcio suíço que vem a ser pioneiro na gestão e aproveitamento de uma rede inteligente na área das energias renováveis.

A rede terá menos custos de energia e tornar-se-á mais adaptável, inteligente e flexível. Para a tornar possível, serão colocadas as unidades de ar condicionado do armazém a trabalhar em alta potência, utilizando energia eólica ou solar quando existem condições atmosféricas para o efeito. Quando a energia renovável não estiver disponível as referidas unidades passarão a operar de um modo mais lento, aliviando a pressão sobre a rede. 

Este projeto poderá representar um enorme progresso no âmbito dos serviços públicos, pois o uso de fontes renováveis por parte das empresas do setor energético poderá aumentar. A isto, acrescenta-se um equilíbrio das cargas de rede, uma redução de falhas e, por fim, a construção de uma rede inteligente sofisticada capaz de gerir os requisitos de energia no futuro.

Walmart faz progresso em metas ambientais


Fonte: Energy Efficiency News - 16.10.2012


Estados Unidos - O Walmart está cumprindo suas metas de progressos na sua estratégia de responsabilidade ambiental e social.

No seu relatório de Responsabilidade Global de 2012, o supermercado estabeleceu a forma como ele tem gerado agora 4% - ou 1,14 bilhões de kWh - de sua eletricidade anual necessária para executar seus edifícios pelo mundo, a partir de projetos de energia renovável no local. A empresa tem agora um total de 180 projetos de energias renováveis, incluindo as turbinas eólicas MicroWind e desenvolvimentos offsite, painéis solares e células combustíveis.

Enquanto isso, as fontes da empresa são de mais de 18% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis, mostra relatórios. Em última análise, a empresa projeta fonte de energia 100% renovável. 

Em outros países, a empresa pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir de uma base de lojas existentes e centros de distribuição de 20% em comparação aos níveis de 2005. Para o final de 2010, que a empresa tem dados precisos, foi alcançado uma redução absoluta de gás de 12,74%.

Na semana passada, o presidente e CEO da companhia, Mike Duke, disse em reunião que o investimento anual que o Walmart está fazendo em projetos ambientais é cada vez mais forte. Segundo relatos, programa de sustentabilidade do Walmart irá adicionar cerca de US $ 150 milhões em benefícios para a linha inferior da companhia. 



                       Hotéis querem economizar até 210 GWh/ano até a Copa de 2014

Fonte: Energia Hoje - 08.10.2012

Brasil - Com pelo menos 90 unidades já inscritas, o programa Pró-Hotéis, iniciativa privada voltada para a implementação de projetos de eficiência energética em estabelecimentos de todos os portes, pretende trazer uma economia de recursos para o setor da ordem de R$ 75 milhões. Essa meta deve ser atingida por meio do corte de 210 GWh/ano no consumo de energia até a Copa do Mundo de 2014.

A conta de luz é a segunda maior despesa do segmento depois de salários, de acordo com Rodrigo Aguiar, diretor da Ages, empresa responsável pela coordenação técnica do programa, juntamente com a consultoria Atla, encarregada da parte financeira. Por isso, explica, o trabalho conta com apoio do Ministério do Turismo, que vem mantendo entendimentos com o Ministério de Minas e Energia na obtenção de incentivos que alavanquem a iniciativa. Há grande interesse na modernização dos meios de hospedagem. 

Aguiar explica que os hotéis participantes se submetem numa primeira etapa a um diagnóstico abrangente que identifica potenciais de eficientização. Para tanto contam com acompanhamento especializado de empresa de serviços de conservação de energia (Esco). Há dez companhias habilitadas, com atuação delimitada regionalmente, e cerca de 40 fornecedores de equipamentos cadastrados. Os recursos para as intervenções vêm de fundos liberados pelo Banco Mundial e são repassados pelo Banco Santander, mas podem ser obtidos via agências de fomento

Também participam da mobilização do Pró-Hotéis as associações representativas do segmento como a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). 


Eficiência energética em um hotel gera lucro e maximiza serviços prestados


Fonte: Revista Hotéis - 23.08.2012

Brasil - Com a acirrada concorrência na hotelaria brasileira, reduzir custos para maximizar os lucros é essencial para a sobrevivência de qualquer empreendimento, independente do porte. Mas onde se deve fazer esta economia sem afetar a qualidade dos serviços prestados? 

Esta é uma pergunta frequente que muitos hoteleiros fazem, pois mexer na qualidade dos alimentos e bebidas servidos ou nos serviços que impactem no conforto dos hóspedes, como exemplo a qualidade do enxoval de cama e banho, as amenidades, colchão ou outros itens que o hóspede possui contato direto não é a melhor opção. A energia elétrica é o grande vilão de despesas num hotel e reduzir a conta no final do mês é relativamente fácil, pois feito de forma planejada, o hóspede nem percebe e, se for avisado, certamente apoiará as medidas como ecologicamente corretas. 

Então não faz o menor sentido deixar as luzes de áreas comuns de um hotel ligadas 24 horas ao dia ou mesmo não ter nos apartamentos economizadores de energia, pois é muito comum os hóspedes esquecerem as luzes ligadas e quando não, os televisores, sem falar nos aparelhos de ar condicionado que são deixados ligados na maioria das vezes intencionalmente, para quando retornarem encontrarem o quarto gelado. 

A eficiência energética é palavra-chave para os hotéis modernos aumentarem os lucros e se posicionarem de forma competitiva no mercado, além do lado ecologicamente correto e da segurança que os equipamentos proporcionam. Não podemos economizar tirando o conforto e a funcionalidade da rede elétrica de um apartamento, nem permitindo que áreas fiquem escuras podendo causar acidentes. Neste assunto, alguns tópicos são muito importantes. Existem vários equipamentos com diversas especificações, portanto, precisamos tomar alguns cuidados, principalmente na hora da compra. 

No mercado, existem "n" fornecedores de economizadores de energia com diversas formas de acionamento, usando um chaveiro magnético ou os próprios cartões de banda magnética das fechaduras eletrônicas. A grande maioria não é tão economizadora de energia como dizem, pois liberam a energia do apartamento com simples objetos, como cartões de telefone, pedaços de cartolina, entre outros. 

Estes perdem a funcionalidade, pois serão facilmente burlados por hóspedes que de certa forma anulam o investimento feito e passam a gerar despesas. Ao colocar este equipamento num apartamento de hotel é muito importante fazer a aquisição de um equipamento dentro das especificações corretas, com o dimensionamento dos comutadores de carga com folga suficiente que garantam uma vida útil desses equipamentos mais longa e não corra risco de sobrecargas e às vezes até princípios de incêndios. 

Alguns fornecedores conseguem ter um preço reduzido desses equipamentos reduzindo justamente a capacidade de amperagem dos comutadores de carga, lógico que funcionam, mas em um curto espaço de tempo o mesmo apresentará problemas. Em relação à iluminação automática de áreas comuns, no mercado podem ser encontrados sensores de presença e luminárias com sensor em modelos para parede ou teto com ângulos e distâncias especificas para cada tipo de utilização. Antes de instalar este equipamento é necessário buscar profissionais capacitados no mercado, pois muitos hotéis compram este equipamento e contratam um amigo eletricista, que sem conhecimentos técnicos do assunto, instalam de forma errada, fazendo com que os equipamentos tenham uma vida útil menor e não utilizem 100% da sua eficiência. Os hóspedes correm riscos de acidente. E acidente com hóspede num hotel é sempre dor de cabeça e prejuízo no bolso. 

Cuidados na instalação

Certifique-se de que a pessoa que vai instalar o seu equipamento é realmente um técnico, que tenha condições de interpretar um manual de instalação, ou até mesmo de saber ler um esquema elétrico, pois historicamente é sabido que muitos instaladores não leem o manual, pois acreditam que sabem instalar. 

Em razão disto, é comum queimarem os primeiros equipamentos por ligações equivocadas, e só depois disso é que vão ler o manual, aí sim conseguem instalar o restante dos equipamentos. No final, ele simplesmente devolve o equipamento queimado dizendo que estes não funcionaram e estão com defeito. Eles nunca assumem que estourou o equipamento para não ter o valor descontado nos seus rendimentos. Só que este tipo de acidente é facilmente detectado e a garantia não cobre este prejuízo. 

Outro cuidado que deve se tomar na hora de instalar este equipamento num hotel é não incluir no bloqueio o frigobar, chuveiros elétricos, fornos de microondas nem cofres com fonte. Não devem ser também incluídos no bloqueio as tomadas de bancada, pois em alguns casos as mesmas são usadas para um radio relógio ou para o hospede deixar um celular ou laptop carregando. 

O instalador deve estanhar os cabos antes de colocar nos bornes, que devem estar bem apertados evitando fuga de corrente e aquecimento. O equipamento deve estar de acordo com a sua carga e nos modelos com sensor de varanda aberta, os sensores tem que estar bem alinhados para cortar o ar condicionado e religar quando a porta for fechada corretamente. 

Benefícios e segurança

O maior vilão do consumo de energia em um apartamento de hotel é o ar condicionado, mas que pode ser controlado facilmente. O frigobar também tem um impacto grande de consumo, pois estes devem ficar ligados 24 horas ao dia. Alguns modelos são mais caros, mas a economia de energia vai custear esta diferença de preço com folga. 

Outro grande benefício da utilização de bloqueadores de energia é a proteção dos equipamentos do apartamento. Em casos de curto na rede ou quedas de raios, onde o bloqueador funcionará como fusível protegendo os apartamentos que estão desocupados. Outra vantagem é que evita riscos de incêndio, pois o apartamento não terá corrente elétrica circulando nem riscos de curto-circuito, pois as fases estarão cortadas. Isto aumenta ainda mais a vida útil dos equipamentos, pois terão menos horas de uso desnecessário. 

Imagine um hotel lotado com todos os aparelhos de ar condicionado ligados, de repente uma queda de energia elétrica e quando ela retorna todos os equipamentos de ar condicionado, lâmpadas e tomadas ligam ao mesmo tempo. Haverá uma corrente de pico neste momento que pode danificar equipamentos e aparelhos eletro eletrônicos. Com o simples uso do bloqueador de energia com retardo de entrada do ar condicionado nos apartamentos, as lâmpadas e tomadas retornam primeiro, e só depois de algum tempo os equipamentos de ar condicionado retornarão evitando a sobrecarga. 

Soluções eficazes

Sabemos de longe que o ar condicionado é o vilão no consumo de energia nos apartamentos de hotel. Mesmo adquirindo aparelhos novos, que consomem menos energia, ainda existe a situação do hóspede que na maioria das vezes é indiferente às necessidades do hotel. Nesse caso, o melhor a fazer é racionalizar o uso do ar condicionado sem afetar o conforto do hóspede. O aparelho de ar condicionado é dimensionado apenas para o quarto, mas muitos hóspedes não têm o hábito de manter a porta do banheiro fechada, nesse caso o consumo de energia do ar condicionado poderá ser até 30% maior, e ainda existem aqueles hóspedes que utilizam o ar condicionado com portas e janelas abertas, e ainda reclamam de que o ar não está refrigerando corretamente. 

Nós da Tec Control temos uma solução muito eficaz quando o assunto é economizar energia e racionalizar o uso do ar condicionado. Através do modelo TC201 que possui retardo de entrada para o ar condicionado, liberando primeiramente lâmpadas e tomadas, possui ainda saída de controle para sensores que poderão ser instalados nas portas e janelas que irão desligar o ar condicionado em um minuto após serem abertas. Só será possível ligar o ar condicionado se o ambiente estiver totalmente fechado. 

Outra vantagem é que somente os cartões do hotel ou seu chaveiro próprio podem liberar a energia, evitando que o sistema seja burlado, utilizando outros objetos. Outro benefício que nós da Tec Control podemos oferecer para garantir conforto e comodidade aos hóspedes e com forte impacto na redução de energia elétrica são os painéis de controle de ambientes. 

É muito comum o hóspede dormir com o ar condicionado ligado e ao sentir frio de madrugada, se encolher e procurar se cobrir mais do que levantar para desligar o ar condicionado ou para procurar o controle, desligar lâmpadas etc. O painel é um excelente recurso de economia. 

Qual hotel que já não teve o desconforto de se desculpar com o hóspede por uma invasão em seu apartamento por um funcionário que desconhecia da presença do hóspede. O Sinalizador de Status do Apartamento evita esse desconforto e agiliza o trabalho da camareira, onde através de três LEDs luminosos sinalizam a presença do hóspede (luz amarela), Não perturbe (luz vermelha) e arrume o quarto (luz verde). 

As soluções que apresentamos acima são muito eficientes e certamente estarão reduzindo o custo operacional de seu hotel e agregando conforto e segurança aos hóspedes, mas lembre-se: procure uma empresa que esteja no mercado e tenha assistência técnica e um parque bom de hotéis instalados que sirva como referência e modelo. 

Não seja cobaia, procure orientação técnica, pois um correto processo de especificação e instalação trará um melhor índice de economia e geração de lucros. Estudos técnicos comprovam que em poucos meses de utilização dos equipamentos num hotel se paga o investimento. E em casos de financiamentos, tipo o cartão BNDES, que facilitam o parcelamento em até 48 meses com taxas de 0,97% ao mês, a própria economia gerada pelo equipamento paga as prestações e ainda sobra dinheiro. 


Placa solar 3D é 200% mais eficiente que modelos comuns

Fonte: Ciclo Vivo - 02.08.2012

São Paulo - A empresa norte-americana Solar3D apresentou um projeto revolucionário em termos de eficiência para placas fotovoltaicas. O modelo de silício, feito em 3D, maximiza a conversão da luz solar em energia elétrica e, segundo os fabricantes, é 200% mais eficiente que os modelos tradicionais.

A tecnologia tem duas características principais: a maximização do processo de transformação dos fótons em elétrons e a angulação cuidadosamente planejada para que as células captem mais luminosidade, principalmente nas primeiras horas da manhã e no inverno, quando a incidência solar é mais baixa.

Devido à alta eficiência do sistema, o investimento é recompensado rapidamente. A Solar3D estima que seja 40% mais rápido ter o retorno do montante investido quando se opta pelo novo modelo.

Células solares convencionais tornam-se pouco eficientes quando o sol não está brilhando em uma estreita faixa de ângulos de incidência. Já as placas em 3D aproveitam a luminosidade em uma ampla gama de ângulos. As microestruturas em 3D são acondicionadas abaixo da superfície da célula, para fazer o trabalho de conversão energética.

Teoricamente, a eficiência das células de silício é de 29%. No entanto, na prática comercial, o percentual médio vária de 15 a 19%. A empresa norte-americana garante que consegue ultrapassar estes valores, chegando à eficiência interna de 25,47%.

A Solar3D já alcançou sucesso no primeiro protótipo, mas os testes continuam a ser feitos para que seja possível produzir as placas 3D em escala comercial.


Shopping Iguatemi Campinas alcança economia de energia de 14%


Fonte: IBahia -19.07.2012


São Paulo - O Shopping Iguatemi Campinas reduziu em 14% o consumo de energia a partir da implementação de recursos para a automatização fornecidos pela Johnson Controls, multinacional especializada em eficiência energética para os segmentos automotivo e predial.

O Shopping Iguatemi Campinas reduziu em 14% o consumo de energia a partir da implementação de recursos para a automatização fornecidos pela Johnson Controls, multinacional especializada em eficiência energética para os segmentos automotivo e predial. 

Em parceria com a RecomService (do setor de refrigeração) na execução do projeto, a Johnson Controls automatizou um dos "órgãos vitais" para a operação de um shopping, a Central de Água Gelada (CAG). Composta basicamente por resfriadores de água, ou chillers, a CAG, em termos operacionais, costuma representar para um shopping o maior custo com manutenção, como também gastos com energia elétrica. 

A equipe de instalação e integração teve o cuidado de desenvolver uma lógica de controle dos sistemas de ar condicionado e iluminação de forma a obtermos a melhor performance desses equipamentos", Luciano Ramos, gerente de operações técnicas do Grupo Iguatemi. 

Foi implantado o software Metasys V, que tem como função tornar os prédios mais inteligentes por meio de controle integrado dos sistemas de conforto, iluminação e segurança. No caso da CAG, o Metasys V é programado para que o acionamento, funcionamento e desligamento de equipamentos e do sistema de ar-condicionado sejam feitos de forma adequada. Além do Metasys, a Johnson Controls instalou o chiller York YK de 1000 Tr com tecnologia de velocidade variável no compressor centrífugo. 

Redução de 14% no consumo de energia

De acordo com Luciano da Silva Ramos, gerente técnico de operações do Grupo Iguatemi, o sistema de automação trouxe inúmeros benefícios. "Além da instalação convencional de periféricos e softwares, a equipe de instalação e integração teve o cuidado de desenvolver uma lógica de controle dos sistemas de ar condicionado e iluminação de forma a obtermos a melhor performance desses equipamentos, passamos a monitorar performance energética e térmica dos chillers e a monitorar tendências climáticas por meio de uma estação meteorológica integrada ao BMS (Building Management System - Sistema de Gerenciamento Predial)". 

Para atingir um nível elevado de otimização, foram necessárias a implementação de rotinas, tais como: setpoint de saída de água gelada automático; vazão variável no sistema de água gelada; controle de temperatura de água de condensação através do sistema de seis torres equipadas com variadores de frequência; sistema de iluminação com acionamento por nível de iluminação e por ordem de importância e necessidade do local a ser iluminado. 

Os resultados foram sentidos logo nos primeiros meses, com uma média de 14% de economia de energia. Tal economia significa que o prazo de retorno do investimento, conhecido também como "pay back", se dará em menos de dois anos. 

O Grupo Iguatemi informou que, nos últimos dez anos, tem implementado soluções para aumentar a economia de água, reduzir o consumo de energia e incrementar a reciclagem de resíduos em todos os empreendimentos. A unidade Campinas é uma das mais evoluídas dentro do grupo e o objetivo é se tornar o primeiro shopping do Brasil a obter certificados de sustentabilidade. 


Medidas sustentáveis do Iguatemi Campinas

- Gestão de resíduos; 

- Instalação de sensores e automação do sistema de ar-condicionado; 

- Eficiência energética aplicada ao sistema de bombeamento de água gelada; 

- Utilização de chillers com frequência variável, o que aumenta a eficiência dos mesmos em baixas cargas; 

- Controle do consumo de água potável e da geração de esgotos, por meio de torneiras econômicas com sensores, vasos eficientes, aferição de hidrômetros e "caça-vazamentos"; 

- Reaproveitamento de água de chuva; 

- Resfriamento automático de parte do telhado com água do sistema de reaproveitamento de água instalado no shopping; 

- Redução das emissões de carbono e resíduos; 

- Instalação de escadas rolantes com velocidade variável, ou seja, a velocidade diminui automaticamente quando não há utilização da mesma e aumenta na presença de pessoas. 

Entre os projetos em andamento destacam-se o que diz respeito ao aumento da eficiência energética com a construção de espaços que aproveitam a luz natural, uso de vidros insulados refletivos que reduzem a necessidade de ar-condicionado e a utilização de lâmpadas de alta eficiência e reatores eletrônicos. 


Os edifícios históricos inspiram medidas sobre eficiência energética

Fonte: The Guardian - 16.07.2012

Inglaterra - As edificações, que atualmente, chamamos de históricas, foram concebidas antes mesmo da descoberta da energia. Essas propriedades inspiram um novo jeito de operar a energia elétrica. O primeiro passo, afirma o Patrimônio Inglês, é entender os atributos fundamentais do sistema de construção, que se dá tanto quanto a construção como de quem a utiliza.

Muitos edifícios históricos são usados ??por períodos específicos do dia ou da semana, como as igrejas e bibliotecas. E como tal, esses prédios precisam ser capazes de adaptar seu uso de energia. Muitos destes edifícios já existem há centenas de anos sem aquecimento central ou eletricidade e podem facilmente sobreviver algumas horas por dia sem um moderno sistema de consumo de energia. 

Há um potencial enorme de economizar com custos de energia em edifícios históricos. Medidas simples como colocar painéis de reflexão por trás dos radiadores situados em paredes frias irá melhorar o calor interno, usar lâmpadas para holofotes externos de baixo consumo de energia, por exemplo, pode ter um efeito sobre os custos de funcionamento e a substituição de caldeiras a óleo, que queimam quantidades excessivas de combustível para caldeiras de biomassa pode ser uma boa opção para eficiência energética. Além de uma auditoria de consumo de energia, que é extremamente importante para localizar os focos de consumo excessivo. 

Tais mudanças, não só irão resultar em economia significativa, como também será a resposta para o desafio atual, que é a eficiência energética.


Especialistas do setor explicam o interesse mundial em gerenciamento de energia 

Programa Rio Capital da Energia planeja investimentos em eficiência energética


Panorama Nacional - 21.06.2012
Vanessa Melo, para o Procel Info







"O Programa da Eletrobras Procel é modelo mundial", diz presidente da Abesco






Solar: 700 milhões de euros na produção de silício

As regiões de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Hernandárias, no Paraguai, poderão receber nos próximos anos investimentos de até 700 milhões de euros para desenvolvimento de uma cadeia industrial do silício. O mineral, encontrado no Estado de Minas Gerais, é a principal matéria-prima para fabricação dos painéis fotovoltaicos - equipamentos que geram energia a partir do aproveitamento da luz solar.

Um estudo final sobre o projeto, chamado de Silício Verde, foi apresentado, no começo do mês, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), pelo superintendente de Energias Renováveis da binacional, Cícero Bley Jr., e representantes da companhia alemã Centrotherm. A empresa é considerada a segunda maior fabricante do mundo de equipamentos para a cadeia de produção do silício.

De acordo com Cícero Bley, o estudo é resultado do acordo de cooperação e transferência de tecnologia assinado em agosto de 2011 pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o presidente (CEO) da Centrotherm, Peter Fath. Ao documento serão incorporadas as contribuições dos participantes da reunião de quinta-feira e depois seguirá para os diretores-gerais da binacional e análise do Conselho de Administração.

O passo seguinte será buscar financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao banco alemão KfW, para a cobertura dos custos de um estudo de viabilidade econômica. Com esse estudo pronto, começa a fase de sensibilização dos investidores. O cronograma prevê a conclusão do estudo de viabilidade em até dezembro de 2012 e a implantação do projeto em mais três anos.

"Esperamos anunciar o projeto Silício Verde durante o Dia Mundial da Energia, evento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20", antecipou Samek. A conferência será realizada em junho, no Rio de Janeiro.

Estágios -O estudo apresentado no PTI prevê seis estágios de produção, desde o grau metalúrgico do silício (pedra) até a transformação em polisilicone, e de mais três estágios industriais para fabricação dos painéis fotovoltaicos. A produção programada é de 4 mil toneladas de polisilicone por ano, o que resultará numa capacidade de geração de energia por meio de painéis de 638 MWp (Megawatt em horário de pico).

"Temos a possibilidade de produzir [com os painéis fotovoltaicos] praticamente uma unidade geradora de Itaipu, o que seria um avanço significativo de energia na América Latina. Hoje, o mercado de silício na região é insignificante", comentou Cícero Bley.

O superintendente compara a manufatura de painéis fotovoltaicos com a indústria automobilística, que necessita de uma ampla rede de fornecedores de autopeças. No conjunto, estimula o fortalecimento da economia local e a oferta de empregos qualificados. "A cadeia de suprimentos dos painéis vai ativar uma série de indústrias produtoras de partes como vidro, plásticos, conexões, painéis de comando, monitoramento telemétrico e outros", relacionou.

Nova rota -Outra vantagem do projeto será inverter uma rota logística hoje desfavorável para o Brasil. Embora seja um dos maiores produtores de silício do mundo, o País apenas exporta o mineral na forma bruta, sem valor agregado, que depois é transformado em países como China, Alemanha, Japão, Coréia e Estados Unidos. Desses países, o silício retorna ao Brasil na forma de painéis fotovoltaicos. "A agregação de valor ocorre na proporção de um para mil", afirmou.

Chama a atenção a incoerência do processo sob o ponto vista ambiental. Na China, por exemplo, o país processa o silício com energia obtida a partir da queima do carvão. Ou seja, utiliza energia poluente para produzir e vender para o mundo painéis que geram energia limpa.

Política pública -Cícero Bley acrescenta que o projeto Silício Verde está alinhado com a proposta do governo brasileiro de regulamentar e estimular a micro geração de energia no País, em especial, a energia fotovoltaica. A iniciativa prevê a instalação de painéis nos telhados das casas e a energia gerada poderá ser contabilizada para abater os custos domiciliares. "Nosso projeto Silício Verde dará base para esse programa nacional", enfatizou.

Na semana passada, durante viagem da presidente Dilma Rousseff pela Alemanha, foram anunciados vários acordos de cooperação na área de energias renováveis. "Estamos no lugar certo, na hora certa", completou o superintendente de Itaipu, sobre a parceria com a indústria alemã. [www.itaipu.gov.br].


Fábrica estima redução de 40% de energia após implantação de nova ISO

por Redação EcoD



   
   


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O sistema de ar comprimido pode custar de sete a dez vezes mais do que a energia elétrica/Foto: Divulgação


Como incrementar a eficiência energética em seu negócio sem perder a produtividade? Somente com a gestão correta da energia, a fabricante de ar comprimido Metalplan descobriu um caminho de reduzir o consumo do bem em até 40% no ano, gerando uma economia direta de 10% no custo dos equipamentos fabricados.

A economia foi alcançada por meio das recomendações da recém-lançada norma ISO 50001, que trata sobre a gestão da energia. A certificação pretende viabilizar a diminuição do consumo de energia em até 60%, interfere diretamente nos custos de produção e contribui para a preservação dos recursos naturais. Após a implantação da ISO, a empresa espera crescer 35% este ano.

A iniciativa pode ser um bom estímulo para o setor industrial, responsável por consumir mais da metade da energia produzida no Brasil. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), revelam que o consumo da indústria passará de 225 mil GWh em 2011 para 346 mil GWh nos próximos 10 anos, representando um aumento de 4,4% ao ano.

Certificação

A Metalplan fabrica equipamentos de ar comprimido, uma fonte de energia utilizada exaustivamente utilizada na indústria e pode custar de sete a dez vezes mais do que a energia elétrica para realizar uma aplicação similar. No entanto, em diversas aplicações industriais o sistema de ar comprimido é insubstituível, gerando a demanda por uma maior eficiência energética.

"Era lógico que estivéssemos na vanguarda da nossa própria certificação", conta o diretor da Metalplan, Edgard Dutra. Ele informa ainda que a empresa fabrica compressores de parafuso, "a tecnologia mais eficiente para a geração de ar comprimido" e executa serviços de auditoria em sistemas pneumáticos, visando à otimização energética. "Dessa forma, precisávamos aprender com a ISO 50001 e retransmitir esse conhecimento aos nossos clientes", diz.

A Metalplan é uma das pioneiras na utilização da ISO 50001, cuja primeira certificação ocorreu em Setembro de 2011, na Ásia. Para conseguir a certificação, a empresa apresentou um plano de ação detalhado, informando as medidas tomadas para atingir as metas de redução do consumo de energia, como troca de equipamentos, manutenção preventiva e conscientização dos colaboradores. No dia 24 de fevereiro, a empresa tornou-se oficialmente a primeira indústria de compressores do mundo a obter a certificação ISO 50001.


Instalação de fábrica de cimento na PB deve gerar 1.600 empregos

Fonte: G1 - 11.03.2012


Paraíba - A instalação de uma fábrica de cimento na cidade de Alhandra, cidade do Litoral Sul paraibano, localizada a 48 km de João Pessoa, deve gerar cerca de 1.600 empregos formais e aquecer a economia da região. A Elizabeth Cimentos tem o objetivo de gerar 800 empregos na construção civil apenas durante os dois anos previstos para a construção da fábrica. Para o mesmo período, na montagem mecânica e elétrica, a intenção é empregar uma média de 400 pessoas, podendo chegar a 1.200 no último ano de obras.

Depois da inauguração da unidade, prevista para o começo de 2014, a estimativa é que a fábrica tenha 400 funcionários diretos e 1.200 indiretos. As informações são do coordenador de projetos da Elizabeth, Degmar Diniz. Segundo ele, como o grupo é paraibano, será priorizada a mão de obra local, principalmente das cidades de Alhandra, onde fica localizada a fábrica, e Pitimbu, onde está a jazida.

"Vamos trabalhar na capacitação da mão de obra do povo da região e já estamos firmando parcerias com o Senai-PB [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial na Paraíba] e o IFPB [Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba]", garantiu o coordenador. A previsão do grupo é que a folha de pagamento mensal seja de R$ 1 milhão.

O grupo está aguardando a licença da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que deve sair até abril, para iniciar as obras. Porém, no local já trabalham 57 funcionários preparando o terreno para receber a estrutura da fábrica, todos moradores da região.


Geilton de Santos, de 29 anos, é um deles. O jovem está na equipe desde o primeiro dia de trabalhos no terreno, no início de dezembro, e explicou que essa foi a primeira oportunidade de emprego que teve desde 2008. "Eu trabalhei cinco anos como operador têxtil em uma fábrica, mas tive que sair pra ajudar meu pai depois da morte da minha mãe. Ainda fiz alguns bicos como marceneiro, mas esse trabalho veio em boa hora, com carteira assinada", declarou.

Assim como a maioria da população da região, a família de Geilton trabalha com agricultura e também está se beneficiando com o Mercado Agrícola instalado pelo Grupo Elizabeth na cidade. "O mercado vai dar mais valor ao nosso produto porque vamos poder vender sem intermediários", disse o trabalhador, cuja propriedade da família cultiva produtos como inhame, batata, macaxeira e feijão
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O mercado também deve ajudar à família de Severino Filho, de 40 anos, mais conhecido como Duda, que é morador da Zona Rural de Alhandra e começou a trabalhar nos serviços gerais da fábrica de cimentos no dia 5 de março. Duda sempre trabalhou na agricultura na propriedade do pai. Com 40 anos de vida, esse emprego é sua primeira oportunidade com carteira assinada. "Sou pai de cinco filhos e essa vai ser uma grande melhora pra eles. Quero me aposentar nessa firma em nome de Jesus", compartilhou Duda.

Para melhorar os serviços da cidade em que a fábrica será instalada, o Grupo Elizabeth vai levar um posto policial e um de saúde para Alhandra, além de reformar e ampliar a escola da região e asfaltar a estrada que liga a unidade fabril à PB-034, um trecho de cerca de 10 km, segundo o coordenador de projetos, Degmar Diniz. O investimento total no projeto está estimado em 300 milhões e a fábrica terá a capacidade de produzir 1 milhão de toneladas de cimento por ano.


Sustentabilidade

O Grupo Elizabeth recorreu à tecnologia para reduzir a quase zero a emissão de poluentes da nova fábrica no meio ambiente. Segundo Degmar Diniz, com o uso de filtros de mangas, um equipamento importado da Índia, será possível retirar 99,998% dos materiais particulados da corrente gasosa. "Na questão visual eu diria que é poluição zero. Tecnicamente não existe nada zero, mas esse número está abaixo das normas mais exigentes do mundo", revelou.

Degmar, que além de coordenador de projetos da Elizabeth também é engenheiro químico, explicou que o filtro de mangas é um exaustor em que o ar atravessa uma espécie de saco de malha com microporos. "As malhas, chamadas de mangas, são extremamente finas e as partículas ficam presas a elas. Tudo que ficar retido volta para a produção", descreveu.

Todo o lixo produzido pela fábrica ainda deve ser reciclado e o que não puder passar pela reciclagem será coprocessado. O grupo também pretende recuperar a área e fazer um replantio de espécies de Mata Atlântica no local. "Aquela área já foi toda antropizada, a ação humana já destruiu tudo. Não queremos deixar nenhum passivo ambiental para a população e nem para a prefeitura", disse Degmar Diniz.

Técnicos da empresa fizeram uma pesquisa de dois anos para analisar o desempenho de equipamentos de várias marcas de diferentes países para reunir as máquinas que tivessem melhor rendimento com o mínimo de lesão ao meio ambiente. Foram adquiridos equipamentos da Itália, Alemanha, Índia, Tailândia e China que já estão a caminho do Brasil.

Com essas máquinas, Degmar explicou que será possível reduzir o consumo de energia elétrica e térmica na produção do cimento. Segundo ele, o normal é que se trabalhe usando de 115 a 125 quilowatts-hora (kWh) por tonelada de cimento. A Cimentos Elizabeth pretende reduzir isso e trabalhar abaixo de 90 kWh. Em relação à energia térmica, é comum que as fábricas consumam de 815 a 830 quilocalorias (kcal) por quilo de clinquer, a matéria-prima do cimento. A intenção do grupo é trabalhar com, no máximo, 750 kcal.


Basf apresenta a sua primeira Casa de Eficiência Energética no Brasil

Fonte: Portal Fator Brasil - 08.03.2012

São Paulo - Cerca de três milhões serão investidos no projeto. A CasaE é um projeto construído com tecnologias que permitem economizar aproximadamente 70% do consumo de energia. Construção será realizada em apenas seis meses, utilizando produtos e técnicas construtivas mais sustentáveis e eficientes.

A Basf, empresa química líder mundial, anuncia o lançamento da pedra fundamental de sua primeira Casa de Eficiência Energética no Brasil, a CasaE, projeto inovador que será construído em apenas seis meses, utilizando produtos e técnicas construtivas mais sustentáveis. Tal iniciativa aparece num momento em que as inovações no setor requerem ampla expertise, cooperação interdisciplinar e profunda compreensão da cadeia de valor da indústria, contando com a inovação como principal referência
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A casa estará localizada na Avenida Vicente Rao (zona sul de São Paulo) e reunirá, em um único espaço, tecnologias que atendem às demandas globais avaliadas pela Basf como grandes desafios para os próximos anos, que servirão como direcionadores de processos de inovação e sustentabilidade dentro da empresa. Dentre eles está o conceito de urbanização, com ramificações para os setores de construção e cuidados para o lar, já que no ano de 2050, cerca de 75% da população mundial viverá em cidades.

"O mercado da construção é estratégico para o crescimento da empresa nos próximos 10 anos. Esse é um dos motivos que levam a Basf a investir no desenvolvimento da CasaE. Queremos mostrar que o conceito construtivo (método, técnica e produtos) utilizado na CasaE pode ser utilizado em uma moradia comum, sendo totalmente factível ao mercado. Queremos, aos poucos, transformar a cultura da indústria da construção e de seus consumidores", diz Alfred Hackenberger, presidente da Basf para a América do Sul.

Para a construção da CasaE, serão implementadas diversas soluções e inovações da Basf, que atuam diretamente na redução do consumo de água, energia e emissão de CO2. Além disso, o projeto vem apresentar respostas para questões fundamentais acerca do mercado da construção sustentável, como a rapidez dos processos, moradias mais acessíveis, a durabilidade dos materiais utilizados, seu reaproveitamento, e a saúde e conforto das pessoas que habitarão os espaços.

"O projeto traz muitas novidades para o mercado de construção brasileiro e coloca à disposição da indústria a mais diferenciada tecnologia em materiais de alta performance, eficiência energética e proteção climática. Nosso compromisso é transformar a química para oferecer soluções inovadoras e economicamente viáveis. Dessa forma, contribuímos com a construção de um futuro mais sustentável para as próximas gerações", explica Hackenberger.

A Basf acredita que a sustentabilidade é um dos principais impulsionadores do crescimento e geração de valor. No futuro, estará ainda mais fortemente integrada às decisões de negócios. "Como indústria química, queremos ser catalisadores dessa mudança, possibilitando uma nova cultura construtiva mais sustentável", destaca Hackenberger.

Inovações a serviço do mercado - O grande destaque na CasaE é seu sistema construtivo. Consiste em um painel de cerâmica estrutural e fundação de alvenaria, paredes, piso e laje executados em Sistema EIFS - Exterior Insulation and Finish Systems - placas de poliestireno expandido da Basf, sob a marca Neopor®, e em Sistema ICF - Insulated Concrete Formwork - tijolos fabricados com esse mesmo material. Essas soluções proporcionam um isolamento térmico muito eficiente, por meio do qual é possível atingir uma economia de aproximadamente 70% de toda a energia consumida pela casa.

Estes produtos atendem às diferentes necessidades das atividades de construção, ajudam a conservação do consumo de energia e a reduzir as contas, aumentam o conforto. Permitem ainda a rápida construção, sem comprometer o design e a arquitetura.
 
Além disso, espumas especiais são aplicadas para o conforto acústico e térmico no interior da CasaE.
 
As dispersões e os pigmentos da BASF apresentam diferenciais para as tintas, vernizes, adesivos e materiais de construção aplicados na CasaE, bem como no controle da temperatura, contribuindo diretamente para a economia de energia.
 
Já os poliuretanos entram na CasaE na forma de soluções utilizadas para conforto térmico e redução no consumo de energia, além de oferecer compostos para construção de pisos drenantes, sob as marcas Elastocoat® e ElastopaveTM, que evitam que haja acúmulo de água no piso.
 
Os produtos químicos para construção aumentam a eficiência da hidratação do cimento, reduzindo o uso de água e emissões de CO2. Também estão presentes produtos voltados para revestimento, impermeabilizantes e antiderrapantes.
 
Para finalizar o processo de construção e oferecer cor e proteção especiais à CasaE, entram em cena as tintas imobiliárias Suvinil, marca da BASF e líder no segmento premium, e Glasurit, líder no segmento econômico e também pertencente à empresa.
 
A Suvinil AntiBactéria será utilizada na parte interna da residência, reduzindo 99% das bactérias nas paredes, proporcionando um espaço mais protegido, que privilegia a saúde e o bem-estar. Além disso, é a única marca de tintas imobiliárias a ter aprovação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) para tintas antibacterianas. Já a linha de acrílicos Suvinil Contra Mofo e Maresia, que resiste às intempéries, e a Glasurit Alvenaria, que oferece maior rendimento, cobertura e durabilidade, serão aplicadas na parte externa da casa.


O setor industrial e a busca pela eficiência energética

Fonte: Maxpress - 08.03.2012

Brasil  - De acordo com um estudo realizado pela Abesco (Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia), em 2010, o desperdício energético no Brasil chega a R$ 15 bilhões/ano. Este número alarmante aponta para a necessidade de uma melhor avaliação da produção e utilização de nossos recursos, sob pena de enfrentarmos novos apagões ou ainda o encarecimento das taxas de energia elétrica.

Para solucionar a questão, ou pelo menos reduzir o impacto negativo do desperdício, o caminho passa, necessariamente, pela eficiência energética. Basicamente, ela está ligada à otimização do uso de recursos, ou seja, tornar eficiente o consumo, em especial de energia elétrica, de derivados de petróleo, gás natural e água, com vistas à economia sob o aspecto financeiro.

As vantagens vão desde a preservação de recursos preciosos à melhoria contínua do desempenho das instalações que demandam estes recursos. Paralelamente, a eficiência precisa atender ao tripé da sustentabilidade: ser benéfico ao planeta, trazer um bem à sociedade e ser economicamente viável.

Segundo pesquisa do Banco Mundial (Bird), se aprendêssemos a usar efetivamente nosso potencial energético, racionalizando o uso de nossos recursos, economizaríamos mais de R$ 4 bilhões/ano. Para atingir este resultado, necessariamente, precisamos da aceitação e cooperação do setor industrial brasileiro.

A área industrial, inicialmente, é onde se concentra uma das maiores possibilidades de redução. Os esforços iniciais no segmento têm criado um movimento que enxerga a eficiência energética como um potencial caminho para o aumento da competitividade, uma vez que ajuda na redução dos custos operacionais. A energia elétrica e a água, normalmente os dois principais recursos otimizados na eficiência energética, costumam ser os principais insumos utilizados em processos produtivos, sendo que esta otimização ajuda a diminuir o consumo.

A eficiência energética é também uma das armas para que a indústria alcance as regulações e certificações referentes à preservação do meio ambiente, já que o setor é visto como um dos grandes vilões da poluição, atualmente.

De forma geral, as principais ações possíveis para o setor industrial dizem respeito à redução do consumo energético, onde entram energia elétrica, energia calorífera, refrigeração etc. Também é possível contemplar um plano para redução do consumo de água, por meio de ações de reúso da água, da adequação de equipamentos, da regulagem de vazão, do controle de vazamentos etc. Embora aparentemente simples, um plano de medidas integradas traz enormes benefícios.

Dentro do tema da redução do consumo energético, uma prática cada vez mais utilizada é a da cogeração de energia, ou a produção simultânea de energia elétrica ou mecânica e térmica, partindo de uma única energia primária. Como exemplo, podemos citar a geração de energia elétrica e de vapor, partindo do uso do gás natural como energia primária, e através da utilização de um grupo turbo-gerador, em qualquer tipo de indústria que necessite destas utilidades em seu processo produtivo.

A energia renovável também encontra solo fértil no espaço brasileiro. Por exemplo, a queima de biomassa para geração/cogeração de energia, em troca da queima de combustíveis fósseis como petróleo e carvão mineral, é fundamental para o meio ambiente e desempenha o papel de trazer uma destinação a um material natural que, em vários casos, poderia ser descartado (como casca de arroz, bagaço de cana etc). A prática é 100% sustentável e se encaixa muito bem no perfil de necessidades da indústria e da sustentabilidade de uma forma geral.

No Brasil, esse tipo de projeto começa a ganhar força. No Rio Grande do Sul, já operamos uma planta que produz energia elétrica a partir da queima da casca de arroz, um insumo até então sem utilidade e rejeitado pelos agricultores locais. O projeto trouxe uma nova renda para as famílias, uma nova utilidade ao que antes era considerado lixo e um enorme benefício ao meio ambiente.

Também começam a ser utilizados em maior escala outros tipos de biomassa como cavaco de madeira, capim elefante e bagaço de cana, palha, lixívia, etc, para produção de energia.

A decisão pela matriz energética que a indústria deve usar para alcançar seus objetivos de redução e maior sustentabilidade passa necessariamente pela análise da disponibilidade e do custo da energia primária (fonte geradora), das tecnologias de geração de energia disponíveis, do consumo energético, entre outros aspectos. Empresas especializadas, com conhecimento de alternativas técnicas e econômicas, podem auxiliar na escolha e na implementação do melhor projeto de eficiência energética, de acordo com o perfil de demanda e de consumo energético da indústria.

Apesar de a indústria responder por mais de 40% do consumo total de energia no Brasil, o setor não é prioridade nos programas governamentais de eficiência energética, que focam os setores público, residencial e comercial, responsáveis por apenas 16% do consumo total brasileiro. Paralelamente, cerca de 80% das oportunidades de economia de energia no setor industrial provêm de processos térmicos, enquanto as ações de eficiência energética do governo focam-se mais no consumo da energia elétrica.

A solução para este estímulo pode estar nas mãos do próprio governo que, por meio de mais fiscalização e planejamento, pode atrair o comportamento positivo das empresas. Um bom plano de incentivos à indústria, aliado a uma campanha de mídia intensa, pode promover os benefícios obtidos com a implementação da eficiência energética.

Ainda temos muito o que fazer no caminho da sustentabilidade, mas nos inspirar em projetos que dão bons resultados pode ser um início. A boa intenção e as ações hoje tomadas pela indústria de um modo geral são fundamentais para um crescimento importante, sendo de enorme importância que o governo passe a oferecer mais apoio a este segmento de tamanha relevância em nosso país.


IBM torna Louvre um museu inteligente

Fonte: Times of India - 06.03.2012


França - A IBM divulgou, recentemente, uma parceria com o Museu do Louvre, em Paris, para instalação de sensores, análise de dados em tempo real e outras ferramentas online para tornar o museu mais inteligente. A empresa buscou maneiras de tornar o museu mais seguro, eficiente energeticamente e com melhor infraestrutura para receber os diversos visitantes anuais. "Não é um trabalho, é uma missão", disse o vice-presidente de soluções industriais da IBM, David Bartlett, cuja paixão para descobrir como tornar os lugares mais eficientes já lhe rendeu o apelido de "o encantador de construções."

Uma recente aquisição permitiu à IBM atualizar o software instalado como parte de um acordo feito anos atrás, para permitir que o Louvre possa gerenciar mais eficientemente a manutenção, reparos e outros aspectos de funcionamento do museu. Um software da IBM foi instalado para coordenar de forma natural e eficiente o planejamento, a limpeza, a manutenção, o aquecimento, a iluminação e até os sistemas de trancas de mais de 2,5 mil portas dentro do museu. "Seria possível projetar a melhor casa para a conservação de energia, mas se um adolescente deixa uma porta aberta, destrói todo o modelo," disse Bartlett, observando que, juntamente com preocupações energéticas, o Louvre tem necessidades umidificantes no seu interior.

O sistema utiliza o feedback de sensores para antecipar os problemas, como motores com pontos de falha ou filtros com necessidade de troca. "O Louvre é agora capaz de manter a maioria de suas galerias abertas para os clientes e, ao mesmo tempo, reduzir os custos e o consumo de energia", disse o especilista.


7 incríveis projetos de energia solar no mundo


Quando se pensa em energia solar, a primeira imagem que surge é, em geral, a de paineis instalados no telhado de uma casa. Mas há usos mais audaciosos mundo a fora, como mostra esta seleção de mega projetos. 

Solar Powered Office Complex

Sanyo Solar Arc

Sanyo Solar Arc

Essa estrutura em forma de asa elegantemente "pousada" no solo abriga desde 2002 o Museu da Energia Solar, mais conhecido como Sanyo Solar Ark. Semelhante a um arco de 315 metros de largura e 37 m de altura. Localizado na Província de Gifu, no centro do Japão, o impressionante edifício possui mais 5 mil paineis solares e produz mais de 500 mil kWh de energia por ano. A fachada da atração, que também abriga centro de pesquisa em tecnologia solar da Sanyo, também é coberta por lâmpadas leds, que se iluminam à noite. 

Pista de Nascar Solar

Pista de Nascar Solar

A maior instalação esportiva para corrida abastecida por energia solar do mundo é uma pista de Nascar, categoria do automobilismo. Trata-se do Pocono Raceway, centro norte-americano do estado da Pensilvânia, que acionou ano passado sua usina para captação da luz solar por painéis fotovoltaicos. Além de fornecer energia suficiente para a instalação desportiva, o novo sistema, com capacidade instalada de 3MW, abastece cerca de mil casas nas proximidades. No período de um ano, cerca de cinco mil toneladas de CO2 devem deixar de ser emitidos.

vilarejo de Sonnenschiff

Sonnenschiff: um vilarejo com excedente de energia

Cinquenta e duas casas, entre residenciais e comerciais, formam o bairro ancorado em Freiburg, na Alemanha, que se tornou referência em boa vida e impacto ambiental mínimo. Situado em uma das regiões mais ensolaradas do país, o vilarejo de Sonnenschiff é capaz de produzir quatro vezes mais energia do que consome.

A auto-suficiência é atingida através do seu projeto de energia solar, que utiliza painéis fotovoltaicos posicionados estrategicamente para aproveitar ao máximo a incidência dos raios de sol. Além de aproveitar a luz natural, com amplas aberturas para deixar o sol entrar nos ambientes internos, as casas ecológicas também contam com tecnologia para economizar água.

Os telhados possuem sistemas de captação de água da chuva, que depois é utilizada na irrigação de jardins e nas descargas de vasos sanitários, diminuindo ainda mais o impacto no ambiente.

Ponte Blackfriars, em Londres

Ponte Blackfriars

Construída na era do vapor, em 1886, a ponte de Blackfriars, sobre o rio Tâmisa, em Londres, se tonará em breve a maior ponte solar do mundo. A estrutura vitoriana passa por um retrofit, com conclusão prevista para 2012, para se transformar em uma estação de trem movida pela energia gerada por mais de 4 mil paineis fotovoltaicos.

Quando concluída, a estação contará com seis mil metros quadrados de teto solar, capaz de produzir 900 mil kWh anualmente. Metade da energia necessária para a movimentação dos trens será suprida pela geração alternativa, o que vai evitar a emissão de 511 toneladas de CO2 na atmosfera.


Arquitetos revitalizam bairro de Nova Iorque com casa passiva de baixo custo


Fonte: CicloVivo - 30.01.2012

Estados Unidos - Desenhada pela norte-americana Della Valle Bernheimer em colaboração com o escritório de arquitetura Architecture Research Office, a casa denominada R-House é um protótipo projetado especificamente para ser passivo, econômico e prático.

O projeto ganhou a competição From the Ground Up da Universidade de Syracuse, Nova York - uma iniciativa para revitalizar a habitação nas redondezas do bairro Westside, que agora está em ruínas.

A R-House atende completamente aos padrões de energia passiva. O projeto serve como um modelo viável e sustentável para habitações residenciais. É bem isolada, com um exterior hermético, recirculação de ar eficiente, tanto para aquecimento, quanto ventilação e janelas que são projetadas para aumentar o ganho solar. A escala e a forma da casa envolve a diversidade do parque habitacional existente. Materiais rústicos, como o concreto dão um olhar acolhedor.

A R-House apresenta um paradigma, acessível e inovador incorporado à arquitetura que se destina a alimentar o espírito e envolver a comunidade, se preocupando também com os custos e com a sustentabilidade.

Os espaços interiores são grandes e a energia necessária para mantê-la em funcionamento é equivalente à consumida por um secador de cabelo. O interior é arejado e luminoso, com janelas voltadas para o sul que permitem a entrada da luz natural nos dois andares da casa. O projeto de um pouco mais de 335 m2 foi projetado para ser uma residência de dois quartos, mas que pode ser facilmente transformado em uma casa de três ou quatro quartos, somente através do alargamento do segundo andar sobre o espaço de convivência.

Este protótipo pode ser remodelado para casas sob medida, dependendo das necessidades das famílias. A acessibilidade e a sustentabilidade, trabalhando em conjunto com tais padrões elevados de eficiência energética e isolamento, fazem deste um acréscimo de valor definitivo para o bairro.

A casa demonstra como ideias inovadoras podem ser traduzidas para a realidade para fazer uma casa passiva e acessível que funciona bem no clima frio. A construção estabelece um novo padrão para casas que funcionam na faixa de consumo de energia zero.

A durabilidade e adaptabilidade do projeto, bem como a alta eficiência energética são feitas a preços acessíveis, devido à simplicidade de forma e modéstia dos materiais. Isso faz do projeto uma ferramenta vital para o fortalecimento da estrutura física e social do bairro de Westside, e para a construção de uma comunidade resistente.

O projeto também ganhou o prêmio 2011 National AIA Award for Housing, prêmio de Design Sustentável da Society of Architects de Boston, prêmio de Mérito de 2010 do Chapter of the AIA, prêmio de melhor Design verde para Arquitetura do The Chicago Athenaeum em 2011, e o prêmio R + D Award da Revista Arquitetura em 2009.


Contrato de US$ 14 milhões visa reduzir em 11% custos com serviços públicos

Fonte: Revista O Empreiteiro - 09.01.2012


Oriente Médio - A Johnson Controls, líder global no fornecimento de soluções de eficiência energética e sustentabilidade para edifícios e instalações, acaba de assinar um contrato com o City Center Doha, o maior shopping do Qatar, no Oriente Médio, para realização de serviços de manutenção e operação do edifício. O contrato, avaliado em US$ 14 milhões e com prazo de dois anos, inclui ainda a gestão de todas as instalações do complexo, visando maior eficiência operacional e redução de custos.

O Doha City Center, de propriedade da Aamal Company Q.S.C., possui 300 mil metros quadrados de área distribuídas por cinco pavimentos. Abriga algumas das mais famosas marcas internacionais e regionais e é frequentado por cerca de 45 mil visitantes por dia, sendo que esse número atinge a casa dos 70 mil durante feriados.

"Como parte deste projeto de gestão total, iremos integrar informações de diferentes sistemas de gerenciamento e sistemas de câmeras", relata Anil Yamaner, gerente da divisão de Leed AP da Johnson Controls Qatar. "Nós vemos esse tipo de interatividade entre sistemas e padrões abertos como as chaves para o futuro da construção e da gestão eficiente", completa.

A Johnson Controls vai implantar medidas de otimização de desempenho para os sistemas já existentes de aquecimento, ventilação e ar-condicionado. Como projetos adicionais, a empresa adotará estratégias como o uso eficiente de água e luz e a conservação de recursos. Deste modo, a Johnson Controls será capaz de reduzir em 11%, por ano, os custos de serviços públicos com o complexo. Essas economias serão usadas para pagar as melhorias obtidas por meio de um sistema financeiro que exclui o aporte inicial de recursos, ou seja, a própria economia gerada vai pagar a implantação do projeto.

Além de eficiência energética e medidas de conservação de recursos, a Johnson Controls será a responsável pela manutenção e pelos serviços de limpeza e segurança. A empresa também realizou auditorias gratuitas de segurança para o estacionamento do shopping center e instalou iluminação antirreflexo de LED e sinalização clara para aumentar a segurança dos visitantes.

Antes de atuar no City Center Doha, a Johnson Controls já tinha ampla experiência regional, pois realizou com sucesso a integração e instalação de inovadores sistemas de gestão de segurança no Burj Khalifa, o mais alto arranha-céu do mundo, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Outros grandes projetos da empresa na região incluem a expansão da Sagrada Mesquita em Mecca; a Universidade Feminina Princess Noura bint Abdulraham University em Riyadh, o Bahrain Bay Project em Bahrain; o Pearl Development em Qatar; e a Kingdom Tower e a Jebel Al Qala, ambas na Arábia Saudita.


Índia incentiva empresas a investirem em energia solar

Plano é melhorar o sistema energético do país, atualmente muito precário, e assim reduzir a dependência em relação às usinas de carvão 

AFP /Vasileios Filis

Paineis de energia solar

Com a ajuda de subsídios do governo, a empresa indiana Azure Solar Plant investe em uma instalação de 25 hectares com 36 mil painéis solares

São Paulo - As empresas indianas que tiverem interesse em gerar energia solar agora têm o apoio do governo. Há dois anos o país adotou a meta de gerar 20 mil megawatts, através de energia renovável, até 2020.

O plano é melhorar o sistema energético do país, atualmente muito precário, e assim reduzir a dependência em relação às usinas de carvão. Com a ajuda de subsídios do governo, a empresa indiana Azure Solar Plant investe em uma instalação de 25 hectares com 36 mil painéis solares.

A corporação fornece energia limpa a uma operadora da rede elétrica do governo estadual. De acordo com o diretor executivo da Azure, Inderpreet Wadhwa, a energia solar não demorará em se tornar mais viável e logo pode concorrer com fontes convencionais. "A eficiência da energia solar vai continuar aumentando e, com a crescente demanda por energia solar, o custo seguirá caindo", afirma Wadhwa.

Atualmente, alguns analistas já consideram a meta nacional de 20 mil megawatts possível de ser alcançada. O país utiliza cerca de 140 megawatts de energia limpa, sendo que dez megawatts são usados pela instalação da Azure, capaz de atender a demanda de uma cidade de 50 mil habitantes.

"Os preços caíram e, subitamente, metas que pareciam impossíveis se tornaram possíveis", disse Tobias Engelmeier, diretor administrativo da empresa de pesquisas e consultoria Bridge to India, com sede em Nova Délhi.

Assim como a Azure, muitas empresas indianas estão instalando painéis solares nas planícies do noroeste da Índia o que pode ser explicado por dois fatores: queda no preço dos painéis solares e subsídios do governo.

As fabricantes chinesas Suntech Power e Yingli Green Energy são exemplos de empresas que aumentaram a produção de painéis e conseguiram cortar o custo entre 30% e 40%, chegando a menos de US$ 1 por watt, desta forma contribuiram para a queda no preço dos equipamentos.

Mesmo assim, a Índia dá preferência aos painéis mais avançados que usam solares de filme fino, fornecidos pelos EUA, Taiwan e Europa.

Executivos da indústria acreditam que o interesse indiano em energia solar deve-se às políticas do governo. Mesmo estando em uma posição bem desfavorável em relação aos países que produzem mais energia a partir do sol, a Índia tem condições de crescer muito neste setor, pois tem incidência solar direta durante mais de 300 dias por ano.

 
             Usiminas anuncia nova parceria em eficiência energética
 
Fonte: Plox - 22.12.2011


Minas Gerais - A Usiminas acaba de assinar contrato com a Orteng/TMEIC (empresa de sistemas industriais formada pela Toshiba e pela Mitsubishi) para elaboração de diagnóstico energético na área de laminação a quente da Usina de Ipatinga. O contrato prevê a avaliação de oportunidades de economia de energia e utilidades (energia térmica, gases, água e energia elétrica).

Somente no consumo de energia elétrica, estima-se um potencial de redução de 10%, que significa em relação ao consumo da laminação a quente algo como 5 MW médios, equivalente ao consumo residencial de uma cidade de 87 mil habitantes.

A iniciativa integra o planejamento da Usiminas de melhorar a eficiência energética de suas unidades, visando tornar-se autossuficiente em energia elétrica em 2015, gerando economias de R$ 300 milhões/ano.

Entre as alternativas analisadas para esse fim, estão investimentos em tecnologias e processos de otimização do mix de combustíveis e cogeração, que permitem alto aproveitamento do passivo de energia térmica gerada por combustíveis, além da eventual participação em ativos de energia.

 
              
                               WEG indicada ao ISO 50.001
 
Fonte: Energia Hoje - 20.12.2011


Brasil - A WEG recebeu da Bureau Veritas Certification (BVC) recomendação para obter a certificação ISO 50.001 - sistemas de gestão de energia. A indicação é relativa a projeto piloto na fábrica de motores elétricos de Jaraguá (SC) e significa que a empresa está apta a receber o certificado.

A norma ISO 50001 foi publicada em junho deste ano pela International Organization Standardization com o objetivo de promover a eficiência energética e reduzir custos. A norma recomenda como procedimento a adoção de critérios de eficiência na compra de equipamentos, estruturação e cuidados adicionais na operação e manutenção e treinamento de pessoal sobre o uso adequado da energia. A BVC estima ser possível reduzir de 15% a 30% o consumo de energia no primeiro ano de implementação da norma.


 
 
Endesa constrói edifício solar
 
Fonte: Energia Hoje - 02.12.2011

Espanha - A Endesa lançou um edifício em Barcelona movido a energia solar, que abrigará o centro de controle do projeto Barcelona Smartcity. O prédio, batizado de Endesas Barcelona Smartcity, também funcionará como um fórum onde as ideias sobre eficiência energética e smart grids poderão ser debatidas.

O projeto demandará investimentos de 100 milhões de euros. A iniciativa prevê a modernização do sistema de abastecimento de energia elétrica de Barcelona, com o objetivo de economia e uma gestão sustentável. O programa prevê ainda ações como gerenciamento remoto, veículos elétricos, iluminação eficiente e desenvolvimento de energias renováveis na cidade.

O edifício foi desenvolvido pelo Instituto Avanzado de Arquitectura de Catalunya e pela Visoren. O prédio, construído em um mês, possui 154 m², é transparente, leve e portátil. Possui estrutura modular, com entradas de madeira laminada e telhado fotovoltaico. O consumo médio diário é de 20 kWh e a produção estimada em 100 kWh.

O projeto Barcelona Smartcity decorre da experiência do projeto Málaga Smartcity , o primeiro a ser desenvolvido pela Endesa, em 2009. A companhia estuda exportar o modelo para a América Latina e já anunciou a implantação de um Smartcity em Búzios, no Rio de Janeiro.


As lições do Concurso OTEC de Eficiência Energética

 

Edição IBOPE 2010 anuncia vencedores de projeto que reúne conjunto de soluções para a redução do consumo de energia elétrica para edifício.

Redação AECweb


"O trabalho destaca-se pela apresentação consistente com propostas sensíveis e práticas, que respeitam o projeto original do edifício. Tendo como ponto alto a viabilidade técnica, a redução do consumo energético foi corretamente comprovada por meio do modelo de simulação computacional". Essa foi a avaliação do júri do Concurso OTEC de Eficiência Energética para Edifícios Existentes - Edição IBOPE 2010, que apontou o projeto vencedor de autoria da equipe mineira coordenada pela arquiteta Iraci Miranda Pereira. Assinam o trabalho - premiado com R$ 50 mil - as arquitetas Ana Carolina de Oliveira Veloso, Camila Carvalho Ferreira, Marcela Alvares Maciel e Paula Rocha Leite; engenheiro Flávio Henrique de Menezes Morais; e a estudante de arquitetura Carla Patrícia Santos Soares.

Lançado em agosto de 2010, o concurso teve 50 equipes inscritas, abrangendo cerca de 200 profissionais de arquitetura e engenharia. O desafio proposto aos participantes pela OTEC - consultoria de sustentabilidade idealizadora do prêmio - foi apontar um conjunto de soluções para a redução do consumo de energia elétrica para o edifício Paulo de Tarso Montenegro e, ainda, resgatar o conceito do projeto original do consagrado arquiteto Rino Levi. O prédio está na alameda Santos, em São Paulo, e é ocupado há 11 anos pelo IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Em 14 de abril último, no Centro Brasileiro Britânico, a equipe vencedora recebeu o prêmio das mãos do arquiteto norte-americano Michael Holtz, titular da consultoria Architectural Energy Corporation, e de David Douek, diretor da OTEC.

SIMULAÇÃO, FERRAMENTA COMPLEXA

O engenheiro Alberto Hernandez, professor da Escola Politécnica da USP - Universidade de São Paulo - e auditor do modelo de energia do concurso, destaca a qualidade dos projetos apresentados, especialmente a do trabalho vencedor, por sua viabilidade técnica de modelagem. "Além disso, a equipe foi cuidadosa e utilizou mais de uma ferramenta para fazer a avaliação de consumo de energia. Considero bom o nível de conhecimento dos finalistas quanto aos recursos e modelos, sobressaindo o domínio demonstrado pelo primeiro colocado", diz.

 

Segundo ele, o concurso mostrou que ainda há um longo caminho a ser percorrido pelos profissionais do país no uso dos softwares de simulação de eficiência energética - uma exigência do certame. "As ferramentas estão disponíveis, muitas delas gratuitas. No entanto, percebemos que os profissionais não amadureceram no seu uso, incorrendo em erros primários", comenta, lembrando que esses programas são usados no exterior há, pelo menos, 15 anos. Aqui, seu uso tornou-se mais freqüente com a demanda recente de certificação de edifícios, pela comprovação que propicia de redução de consumo de energia.

 

É preciso, de acordo com Alberto Hernandez Neto, propagar a ferramenta de simulação entre os profissionais brasileiros. "O concurso já fez parte desse trabalho ao exigir o uso dos softwares. E a demanda das obras para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos acelera esse processo. No entanto, não deve mudar muito o restrito número de arquitetos e engenheiros que domina a ferramenta, por sua complexidade e por seu uso muito específico. A exemplo do que ocorre lá fora, o que vai crescer é o nível de qualificação das pessoas", prevê. 


O professor da Poli conta que o concurso movimentou o mercado e criou expectativa positiva. "As pessoas comentavam e muitos profissionais me consultaram. É um trabalho que faz parte da mudança de cultura da construção civil em relação à eficiência energética e a sustentabilidade - processo longo, mas estamos no caminho certo. Por outro lado, ao promover a eficiência energética, o certame mostrou que podemos ter edifícios eficientes sem ter que certificá-los. E, mais: as soluções apresentadas pelas equipes participantes foram muito pé no chão, viáveis tanto no aspecto técnico quanto financeiro", finaliza.

Em seu discurso na solenidade de premiação, David Douek anunciou que, em breve, lançará a edição 2011 do prêmio. Afirmou que "os mais de 200 inscritos distribuídos em 50 equipes respaldaram a viabilidade de envolvermos, de forma crescente, pessoas capazes de repensarem nossos edifícios, de trazerem mudanças e de fazerem melhorias. Juntos, levamos à frente a meta de promover a eficiência e de, conseqüentemente, alavancar um desenvolvimento mais consciente". Sobre o projeto vencedor, comentou: "São soluções de projeto que, nas palavras da equipe, perpassam pela criação de dispositivos de controle solar, integração entre os sistemas de iluminação natural e artificial, iluminação artificial eficiente e substituição do sistema de ar condicionado. Uma riqueza de propostas que incluem brises, prateleiras de luz e forro inclinado somaram-se ao fato de que o resultado arquitetônico é de uma atraente combinação entre eficiência e harmonia estética".

Durante a cerimônia, as duas equipes finalistas - de Porto Alegre e outra de Belo Horizonte - também foram homenageadas com um troféu. A equipe gaúcha, coordenada pelo engenheiro Paulo Otto Beyer, é formada pelas arquitetas Anna Maria Hennes e Clarissa Sartori Ziebell; e arquiteto Fernando Ernesto Pasquali. "Esse projeto combinou uma série de propostas que propõe uma redução de consumo da ordem de 48,8%. "A partir de preocupações essenciais como a redução de carga térmica, baixa potência de iluminação instalada e painéis fotovoltaicos na cobertura e fachada, o estudo obtém uma rica solução arquitetônica, que justifica a sua inclusão entre os finalistas", destaca Douek.

A outra finalista é a equipe da capital mineira, liderada pela engenheira Patrícia Bittencourt de Faria Vasconcellos. É constituída pela arquiteta Adalgisa Lacerda Mesquita; engenheira Luciana Maron Ferreira; e arquiteto Silvio Romero F. Motta. Segundo o diretor da OTEC, apesar de não ter alcançado os louros de vencedor, o projeto da segunda equipe de profissionais de Minas Gerais despertou a curiosidade de todos os membros da banca. "Com soluções que embora mereçam detalhamento mais profundo para resolver questões práticas como o auto-sombreamento dos módulos fotovoltaicos da fachada e a limpeza dos vidros micro-perfurados, o projeto apresenta uma rica solução arquitetônica capaz prender a atenção de qualquer profissional de projeto", diz.


 O JÚRI COMENTA


Equipe mineira coordenada pela arquiteta Iraci Miranda Pereira (à esq) recebe o troféu na cerimônia de premiação.

Professores de universidades brasileiras e pesquisadores constituíram o júri do Concurso OTEC de Eficiência Energética para Edifícios Existentes - Edição IBOPE 2010. Para Maria Akutsu, física responsável técnica pelo Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade dos Edifícios - Centro Tecnológico do Ambiente Construído do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o projeto vencedor é consistente e de real viabilidade técnica, ou seja, ao ser executado vai cumprir o que promete. "A eficiência energética fica assegurada ao propor, entre outros recursos, o sombreamento da fachada envidraçada com brises, num desenho bem adequado. Além disso, tem uma linguagem arquitetônica bonita e limpa", diz ela.

Paulo Bruna, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP - Universidade de São Paulo - considera que os trabalhos apresentados conseguiram harmonizar arquitetura e eficiência energética, sobretudo o vencedor com uma proposta sensível, prática, indicando bom senso e perfeitamente coerente com o objetivo do concurso. "Entre as propostas, a que conquistou o primeiro lugar é a que mais proximamente atende o que propunha o projeto original de autoria de Rino Levi. É uma proposta que gostaríamos de ver implantada, porque o prédio foi muito dilapidado nos últimos anos e exemplarmente essa proposta tem condições de ser executada", afirma.

Roberto Lamberts, engenheiro e professor da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina e supervisor do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações, diz ter ficado um pouco preocupado com o nível da simulação dos projetos apresentados, que era uma exigência forte. "Mas o vencedor, especificamente, conseguiu demonstrar através da simulação as suas economias. É um projeto bastante viável, dá conta plenamente de assegurar a eficiência energética ideal para o prédio. Mas, ressalto que ao longo do julgamento constatamos que os participantes tiveram dificuldades na simulação, até porque essa prática não está no dia-a-dia dos escritórios. Precisamos difundir a simulação de eficiência energética, e o concurso, certamente, é uma forma de fazer isso", destaca Lamberts.

Página de apresentação do projeto vencedor do Concurso OTEC de Eficiência Energética para Edifícios Existentes - Edição IBOPE 2010.

Para Antonio Carlos Mingrone, arquiteto e professor da FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP - Universidade de São Paulo - o projeto vencedor se destacou por sua proficiência. "Procurou resgatar a linguagem da arquitetura brasileira moderna, recuperando o uso do brise e identificando o tratamento diferenciado das fachadas. Com isso, demonstra que a coerência de linguagem e técnica redundará, seguramente, em economia de energia. A iluminação foi tratada com bastante apuro, dado que a integração da luz natural foi preocupação externada no seu melhor aproveitamento, seja pela suplementação da luz artificial conjugada com a disponibilidade da luz natural. A estratégia se traduz na mais eficiente e atual técnica de uso simultâneo das duas soluções", observa.

Oswaldo Bueno, engenheiro e professor da FEI - Faculdade de Engenharia Industrial, ressalta que na área de sua especialidade, a de ar condicionado, o projeto vencedor propôs um sistema convencional. "Mas, concordo com o que a equipe fez que foi reduzir a carga do sistema de condicionamento para obter um menor consumo energético. O fato de usar um equipamento A ou B, mais ou menos avançado tecnologicamente, não muda a redução da carga térmica. A equipe não inventou nada, usou o que é o dia a dia, mas de forma muito bem feita", conclui Bueno.

 

 

Arquitetura bioclimática Técnica é uma solução energética de baixo impacto ambiental e traz economia

Joana Gontijo <mailto:joanagontijo.mg@diariosassociados.com.br>  - Lugar Certo
Publicação: 13/05/2011 11:24 Atualização: 13/05/2011 11:55

Patricia Vasconcellos, Adalgiza Mesquita e Gisela Fara, da Creato, dizem que técnica usa recursos disponíveis na natureza, com correta utilização dos elementos (Eduardo Almeida/RA Studio)

Até há bem pouco tempo atrás, as grandes preocupações de quem iria comprar um imóvel eram preço, localização e tamanho. Atualmente, com a necessidade cada vez mais urgente de se buscar novas soluções energéticas de baixo impacto ambiental e ao mesmo tempo economizar, a arquitetura bioclimática ganha espaço no setor da construção civil. Isso porque fazer um estudo detalhado da incidência da luz solar numa edificação, por exemplo, pode proporcionar maior conforto térmico e economia, já que uma das vantagens deste tipo de intervenção é a redução dos gastos com iluminação artificial e ar condicionado.

Quem explica melhor é a engenheira e arquiteta Patricia Faria Vasconcellos. "A arquitetura bioclimática, embora pareça um conceito novo, é utilizada desde a antiguidade. É uma arquitetura feita levando-se em consideração as condições climáticas do local onde a edificação será construída, utilizando os recursos disponíveis na natureza, com tecnologia baseada na correta aplicação dos elementos. Com essa maneira de se projetar, minimizamos os impactos ambientais e conseguimos reduzir o consumo energético da futura edificação, mantendo-se o conforto térmico". Sócia da Creato Consultoria e Projetos, empresa pioneira em Belo Horizonte nesse tipo de serviço, ela comenta também que muitos edifícios são doentes porque não recebem a quantidade de luz e calor apropriados, deixando os ambientes úmidos, muitas vezes com aparecimento de mofo, que em casos de alergia, podem ser fator de risco para o morador.

Um estudo das condições climáticas do local fornece ao projetista informações sobre o sol, a vegetação típica, os períodos e intensidade de chuvas, a direção e velocidade dos ventos, continua Patricia. "As estratégias bioclimáticas para um projeto passam por estudos de ventilação, orientação solar, iluminação natural dos ambientes, principalmente daqueles mais utilizados durante o dia, materiais de construções adequados ao clima local, vegetação natural e fontes renováveis de energia. Essas informações são essenciais para garantir um projeto adequado às condições locais da implantação do empreendimento".

Um edifício mal posicionado com relação ao sol, por exemplo, não só é mais frio no inverno, como é mais quente no verão. Os problemas resultantes da má implantação do empreendimento podem ser agravados em edifícios comerciais, devido ao fato de possuírem grandes áreas envidraçadas, que recebem maior carga térmica e sobrecarregam o sistema de ar condicionado, afirma Patricia. "Além do conforto térmico, a arquitetura bioclimática nos fornece uma base de dados para a escolha dos materiais de vedação e acabamento indicados para o local. Diretrizes para o uso de ventilação cruzada nos ambientes, proteção das aberturas contra a insolação direta, materiais adequados às paredes que proporcionem ou não inércia térmica, coberturas bem isoladas (uso de telhado e forro), umidificação do ar através da vegetação do entorno, aproveitamento da luz natural evitando-se o consumo excessivo de energia elétrica durante o dia, são algumas das aplicações na construção civil", diz.

 LUZ NATURAL

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Para reduzir a incidência do calor do sol, sem perder iluminação natural, foi proposta a adoção de um brise metálico na fachada da agência bancária (Adalgisa Lacerda Mesquita/Divulgação)


De acordo com outra arquiteta da Creato, Adalgisa Lacerda Mesquita, o estudo da luz natural é uma técnica e um olhar fundamental que irá influenciar as soluções e estratégias a serem adotadas em um projeto. "Para aproveitar a iluminação natural é importante projetar as aberturas do edifício de acordo com a orientação solar, sem deixar elementos como o calor, o barulho e mesmo o ofuscamento desta luz interferirem no conforto do ambiente. Esta preocupação resultará na conservação da energia, deixando de utilizar em excesso os sistemas de condicionamento e iluminação artificial. Desta forma é importante frisar que temos que reavaliar como planejamos e concebemos nossas edificações. Com o aproveitamento dos recursos naturais em conjunto com a tecnologia, é possível garantir soluções mais adequadas às necessidades do mundo atual. Deixar a luz entrar de forma planejada é preservar os recursos naturais disponíveis e conceber projetos harmônicos e coerentes com a utilização racional de energia", reforça Adalgisa.

Seja para ambientes comerciais ou residenciais, o arquiteto pode lançar mão de grandes aberturas envidraçadas para garantir a luz natural, mas sempre pensado na proteção da incidência direta do sol, que trás calor e ofuscamento, continua Adalgisa. Soluções como o uso de brises, marquises, varandas generosas ou beirais podem direcionar a luminosidade do exterior para o interior de forma mais adequada e harmoniosa. "É claro que, onde a luz natural não consegue vencer a profundidade para iluminar alguns ambientes interiores, é necessário fazer uso da iluminação artificial".

A administradora Gisela Farhat de Araújo, também da Creato, acrescenta que, no centro do desenvolvimento de construções sustentáveis, está a busca por durabilidade, eficiência e conforto, metas que norteiam e orientam às decisões na seleção de processos, sistemas e materiais. "A arquitetura bioclimática é uma tecnologia que quando utilizada desde a etapa de concepção de uma edificação, possibilita incorporar tais premissas de forma inteligente e coerente. De olho no ambiente a ser construído, esta tecnologia possibilita uma leitura ambiental que oferece informações preciosas e decisivas para o planejamento e soluções de projeto, a favor de usuários e proprietários, possibilitando o desenvolvimento de edificações confortáveis e eficientes energeticamente. É mais um passo na qualidade e o primeiro para se alcançar uma construção sustentável".

Gisela diz que este tipo de intervenção não se trata de um fator ou de uma tecnologia isolada, mas de uma análise realizada na fase de projeto arquitetônico, capaz de gerar vantagens comparativas em diversos níveis. "As estratégias bioclimáticas refletem em eficiência energética e em redução de custos de uso e manutenção de uma edificação, potencializando ganhos financeiros, com a introdução de análises integradas e baseadas nos recursos naturais disponíveis".


Salão da construção de Paris discute nova regulamentação francesa de eficiência térmica e consumo zero de energia para climatização

Batimat reforçará debate sobre desempenho das edificações buscando atrair público atrás de inovações na construção

Paulo Kiss



A nova regulamentação térmica do Grenelle Environnement está movimentando a França e, por extensão, toda a Comunidade Europeia. A partir do segundo semestre deste ano, até 2013, uma série de medidas deverão ser implementadas na França para reduzir a menos de 50 kWh/m²/ano o consumo médio de energia primária para climatização ambiental, denominado Nível de Desempenho Energético Effinergie BBC.

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O Regulamento Térmico 2012 (Réglementation Thermique 2012) começa a valer em outubro de 2011 para edifícios comerciais novos; e janeiro de 2013, para os residenciais.  Os níveis de desempenho são firmados de acordo com as diversas zonas climáticas definidas pelo bureau de sustentabilidade ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Todos os agentes da construção - incorporadores, construtores, projetistas e fornecedores - deverão trabalhar em conjunto visando elevar a performance térmica das edificações e buscar o "consumo zero".

A medida é considerada o "carro-guia" das tendências que vão mobilizar os fabricantes europeus de materiais e equipamentos para a construção. Eles devem se encontrar e disputar espaço na próxima edição do Salão da Construção de Paris, o Batimat 2011, que acontece entre os dias 7 e 12 de novembro no Expo Port de Versailles.

Batimat 2011

O Salão Internacional da Construção (Batimat 2011) deve reunir neste ano cerca 1.200 expositores divididos em sete áreas de exibição: estruturas e sistemas de fechamento; ferramentas e equipamentos; acabamentos interiores e exteriores; veículos e máquinas; serviços e informática.

Neste ano, a Reed Expositions, organizadora do evento, reservou uma área exclusiva para decoração interior e exterior chamada Zoom, com quatro temas principais: materiais inovadores; iluminação; tendências de cores e matérias-primas; e acessibilidade. No espaço Touch, 20 módulos foram disponibilizados aos exibidores para criarem cenografias exclusivas com os produtos.  Os espaços serão assinados por designers e decoradores.

No espaço Access, uma parceria com a associação Tuttimobi, representante francesa da organização Design for All Foundantion, os visitantes serão convidados para uma exibição de soluções recentes em produtos e serviços para a acessibilidade.

Prêmios e homenagens

Em todas as edições o Batimat realiza o Concurso de Inovação e a premiação Design Awards. Em 2009, última edição do Batimat, foram apresentadas 154 inovações, de 117 expositores. Desses, 27 produtos foram premiados e divulgados durante o salão. O concurso será instalado no Pavilhão 4, no Espaço Inovação.  A entrega dos prêmios será no dia da abertura, 7 de novembro à noite, no Centro de Paris.

O Brasil será o homenageado nesta edição, pelo crescimento no cenário internacional e pela mobilização para os grandes eventos esportivos que o país sediará, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Debates e conferências discutirão os projetos de infraestrutura e o mercado brasileiro neste novo cenário.

Durante os quatro dias de evento acontecerão também debates sobre tendências da arquitetura mundial, com a presença de profissionais renomados.  A feira tem reservado um dia exclusivo para a apresentação de projetos de intervenção arquitetônica feitos por arquitetos alemães, com destaque para Stefan Behnisch.

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Pavilhão da última edição da feira, em 2009

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Stand da Zoom Touch na feira de 2009

Saiba mais sobre o salão Batimat 2011 no link: www.batimat.com

Informações no Brasil: Promosalons Brasil - (11) 3711-0001 / brazil@promosalons.com

 

Edifício ecológico de Londres recebe permissão de construção

Fonte: Energy Saving Trust - 07.04.2011


Reino Unido - A comunidade londrina de Newham concedeu permissão para a construção de um novo edifício ecologicamente correto com diversos sistemas inovadores de energia renovável. O empreendimento SilverTree, um edifício de 24 andares, que abrigará apartamentos de um, dois e três quartos, escritórios e unidades comerciais, ficará nos Royal Docks de Londres e foi desenhado pelo Studio RHE.

Sua fachada curva será envolta em faixas de alumínio com painéis solares fotovoltaicos que irão fornecer energia para as propriedades, mas também proteger do sol e do vento. Enquanto isso, o terceiro lado do edifício terá uma plantação extensiva para criar uma espécie de floresta vertical. Outros sistemas incluem bombas de aquecimento terrestres e centrais de energia de biomassa.

"Projetamos um edifício que utilizasse todas as tecnologias disponíveis atualmente no mercado para criar não apenas um marco de sustentabilidade para Londres, mas também um edifício com baixa demanda energética", disse o arquiteto e designer Richard Hywel Evans.

Como construir: Sistema de iluminação natural tubular


Isaak Gruberger, diretor de projetos da Efilux-Iluminação Eficiente


Os sistemas de iluminação natural zenital evoluíram muito nos últimos 20 anos. No design das claraboias tradicionais, percebia-se a necessidade de avanços que permitissem superar limitações como: conforto térmico, distância, resistência, desempenho médio, homogeneidade lumínica, vida útil, impermeabilização e segurança.

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Área logística com iluminação natural tubular


O telhado também está sujeito a impactos de vento, chuva e granizo. Por isso, o sistema de iluminação precisa oferecer o mesmo grau de proteção das telhas do entorno. No quesito desempenho, a iluminação oferecida pelas claraboias cai bastante à medida que se tornam sujas, opacas e trincadas. A luz zenital da claraboia não permite, ainda, uma iluminação homogênea por muito tempo, pois o sol movimenta-se de um horizonte ao outro e de formas diferentes ao longo do ano. A vida útil, outro problema dos sistemas zenitais, é relativamente pequena, requerendo a sua troca. Nas áreas adjacentes às claraboias, há frequentes problemas de infiltração de água de chuva e, quanto à segurança, os materiais utilizados geralmente apresentam flamabilidade e emissão de fumaça, quando atingidos, por exemplo, pela queda de balões.

O sistema de iluminação natural tubular (Tubular Daylight Device, em ingles) é uma das principais soluções propostas para esses problemas (ver tabela 1). Desenvolvido há mais de 20 anos na Austrália para atender à crescente demanda de luz natural nos ambientes e economia de energia, o sistema é comercializado em 55 países, com mais de 1 milhão de unidades instaladas. Comparado às luminárias de alta potência, observa-se uma grande eficiência desse sistema durante o dia, sem o já mencionado problema de superaquecimento do ambiente (ver figura 1).

Materiais

O sistema de iluminação natural tubular solatube possui três partes: 1) zona de captação, composta do domo que capta o equivalente a duas vezes a área de seu furo em luz; 2) zona de transferência, composta de dutos de alumínio revestidos contra corrosão e internamente por um filme patenteado, o Spectralight Infinity, que tem 99,7% de reflexividade interna; e, 3) zona de difusão, composta de difusores de dois tipos (optiview e vusion), responsável por garantir a difusão da luz nos ambientes internos de forma a permitir que esta seja projetada, e também por garantir estética e/ou qualidade de acabamento, dependendo do tipo de instalação necessária (figura 2).

Por um processo semelhante ao que ocorre em fibras óticas, conhecido como reflexões sucessivas, a luz captada passa por esses dutos, chegando até a 15 m de distância sem perdas significativas, mesmo realizando até duas curvas de 90°.

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Modelos

Existem três modelos disponíveis para o mercado brasileiro:

  • 160DS: com 25 cm de diâmetro, é o menor equipamento disponível e tem aplicação em locais pequenos, tais como banheiros, closets, corredores (foto 1).
  • 290DS: com 35 cm de diâmetro, é um equipamento intermediário, tendo aplicação para salas de diversos tipos (foto 2).
  • 750DS: com 53 cm de diâmetro, é o maior equipamento disponível, sendo diferenciado dos outros dois no tipo de montagem e acabamento de forro, pois pode contar com difusores para locais abertos (galpões, por exemplo) (foto 3) ou locais com forro no padrão corporativo (acabamento quadrado em 62,5 x 62,5 cm) (foto 4). Tem aplicação em grandes áreas ou em recintos que exijam nível de iluminação elevado. É usualmente aplicado em galpões na sua versão Open Ceilling (para tetos sem forro).

Bases

Este item é considerado essencial para uma correta instalação do sistema - especialmente pelo ponto de vista de impermeabilização. Por este motivo, o sistema de iluminação natural dispõe de grande variedade de bases de montagem, feitas de metal ou fibra de vidro em peça única e tratadas para resistir às intempéries. São peças feitas de forma a se adaptarem a quase todos os tipos de telhado, visando dar ao sistema máxima oposição à infiltração de água.

Acessórios

O sistema de iluminação natural tubular conta com uma grande variedade de acessórios, sendo alguns voltados para os modelos 160DS e 290DS, tais como kit de iluminação artificial, lentes com efeitos especiais para suavizar ou tornar a cor da luz mais "quente", e outros mais voltados para o modelo 750DS, tais como a possibilidade de montagem em forros de formato quadrado. Todos contam como opcional com um sistema de controle de intensidade de luz, composto de um sistema em formato de borboleta eletricamente atuado.

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Fotos 1 e 2 - Closet com Solatube 160 DS; Cozinha com Solatube 290 DS

Desempenho

Os dispositivos de captação de luz do dia foram testados para atender aos seguintes requisitos de desempenho (ver também tabela 3).

  • Teste de infiltração de ar: infiltração de ar não deverá exceder a 0,30 cfm/sf de abertura com um delta de pressão de 1.57 psf (per square foot) ao longo do tubo quando testado de acordo com os padrões ASTM E 283.
  • Teste de resistência à água: nenhum vazamento não controlado de água a 10,5 psf de pressão diferencial com uma vazão de 5 gal/hora/sf quando testado de acordo com os padrões ASTM E 547.
  • Teste de carga uniforme: sem quebras, danos permanentes nas fixações e peças ou danos em condição de causar inoperância no sistema ou causa de deflexão excessiva permanente de quaisquer seções quando testado a uma pressão positiva de 150 psf (7,18 kPa) ou carregamento negativo de 70 psf (3,35 kPa).

Todas as unidades deverão ser testadas com fator de segurança (3) para pressão positiva e (2) para pressão negativa, atuando em posição normal ao plano do telhado de acordo com o padrão ASTM E 30.

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Fotos 3 e 4 - Área de estoque com luminária 750 DS; Sistema de iluminação em área corporativa com forro

Testes contra incêndio

  • Quando usado em conjunto com o Dome Edge Protection Band, todos os domos deverão atender aos requerimentos e classificações descritos no International Building Code de 2006.
  • Temperatura de autoignição superior a 650oF de acordo com a U.B.C. Standard 26-6. Ver ASTM D-1929.
  • Densidade de fumaça - graduação não superior a 450 pela U.B.C. 8-1 (ver ASTM Standard E 84) na forma destinada para uso. Classificação C.
  • Taxa de queima e/ou extensão - Máxima taxa de queima de 2,5 polegadas/min (62 mm/min). Classificação CC-2 conforme U.B.C. Standard 26-7. Ver ASTM D 635.
  • Taxa de queima e/ou extensão - Máxima taxa de queima: uma polegada (25 mm) Classificação CC-1: U.B.C. Standard 26-7. Ver ASTM D 635.

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Projeto

Um projeto típico para instalação de iluminação zenital tubular para galpões pode ser dividido em quatro etapas: 1) estudo do local; 2) estudo luminotécnico; 3) estudo construtivo; 4) orçamentação/estudo de retorno sobre investimento (ROI).

Estudo do local

Por se tratar de um sistema que conta com a luz solar para iluminar ambientes internos, é necessário conhecer o entorno do local no qual o sistema será instalado a fim de se determinar elementos que permitam definir um output luminoso (em lumens) adequado para o projeto. A Solatube elaborou estudo estatístico de output luminoso para seus diversos modelos, divididos em três referências de tempo: 1.200 horas, 1.800 horas e 2.400 horas por ano. Usualmente, em galpões aplicamos as referências de 2.400 horas por ano, que representam elementos mais conservadores de referência para os projetos. O segundo passo é avaliar a orientação do edifício e a sua relação com relevo e com o entorno a fim de observar a existência de eventuais obstáculos (edifícios, árvores ou outros obstáculos naturais e/ou artificiais) que poderiam afetar o desempenho do sistema em algum período do dia. Caso isto se verifique, pode-se requerer uma análise mais aprofundada do impacto.

Nesta etapa é feito também um estudo do projeto do local, visando compreender o edifício, telhado, interferências principais, presença de lajes, forros e as finalidades de cada recinto para receber iluminação, bem como as características principais de sua operação. Busca-se conhecer mais a fundo seu layout e o impacto deste na distribuição de luz no local.


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Figura 3 - Modelo tridimensional para simulação de iluminação

Estudo luminotécnico

A segunda etapa é a elaboração de um estudo luminotécnico para o local. Pode-se partir de três referências distintas para este estudo (que podem ser eventualmente avaliadas em conjunto posteriormente): às disposições da NBR 5413, a distribuição luminotécnica existente ou um terceiro critério definido pelo cliente com base em suas necessidades. Uma vez definido o nível de iluminamento para o local, segue-se a elaboração de um modelo tridimensional do espaço para simulação da iluminação em softwares disponíveis no mercado para esta finalidade - como é usualmente feito com projetos luminotécnicos para iluminação artificial (figura 3). Toma-se o output luminoso do tubo solar para o modelo de equipamento aplicado, para a posição geográfica definida e para 2.400 horas por ano, considerando o estudo de entorno realizado e utiliza-se este número para simular o nível de iluminamento do local. Com base no critério definido para o nível de luminamento define-se a quantidade e modulação ideal de sistemas que poderiam atingir este resultado, criando-se então uma referência para a próxima etapa. Caso se conheça previamente a existência de alguma outra fonte deluz natural disponível no local (janelas, portas etc.) pode-se considerar seu efeito nesta etapa, visando reduzir a quantidade de equipamentos necessários em certas áreas.

Busca-se, também, fazer com que a modulação proposta esteja alinhada em conceito com a iluminação artificial existente (nota: é importante ressaltar que o tubo solar não tem o objetivo de substituir por completo a iluminação artificial existente, visto que este não funciona em período noturno nem em momentos do dia em que as condições do tempo não permitam a passagem de claridade do sol suficiente - tais como chuvas ou dias com o céu encoberto por nuvens escuras.

Estudo construtivo

Nesta etapa toma-se o estudo luminotécnico e analisa-se sua viabilidade sob o ponto de vista construtivo do local. Avalia-se, primeiramente, a interferência com telhado, estruturas (terças, tesouras e pilares, lajes e forros, se existentes), seguindo-se de uma análise dos projetos elétrico, de sprinklers, de ar-condicionado (caso aplicável). Procura-se reposicionar e, eventualmente, remodular o projeto de forma a harmonizá-lo com estes elementos.

Dentro da mesma etapa, realiza-se estudo de corte construtivo do sistema, visando entender melhor sua construção no local especificado, a fim de buscar a melhor alternativa em termos de custo-benefício. Em certos casos torna-se também necessário o estudo da cobertura, para avaliar interferência com infraestrutura existente neste local. É feito também um estudo de inclinação e tipo de telhado, visando definir qual será a base de instalação mais adequada para este tipo de montagem.

Orçamento/Estudo de retorno de investimento (ROI)

Com base no estudo construtivo, é possível definir quais as partes necessárias para construir o sistema, bem como a complexidade do serviço de montagem requerido. Com base nestes elementos e também na distância física do local de instalação, define-se o preço.

O estudo de retorno de investimento é calculado com base no preço orçado, considerando as seguintes premissas:

  • O tubo solar funciona algumas horas por dia, avaliado localmente (usualmente utilizamos dez horas por dia).
  • A instalação propiciaria deixar de acender a iluminação elétrica durante este período, acarretando em redução no consumo de energia elétrica e também no uso de lâmpadas e reatores existentes na iluminação artificial do local.
  • O custo de energia poupado é diretamente calculado com base no custo por kWh para o local (considerando neste cálculo tributos, impostos e encargos, bem como o impacto de tarifas de hora de ponta, se aplicável).
  • O custo de troca de lâmpadas e reatores é calculado com base nos custos médios de equipamentos e mão de obra estimados para esta operação, tendo como base a vida útil média dos equipamentos, conforme descrito pelo fabricante.

A esses cálculos são aplicados juros compostos, tomando como referência a taxa Selic disponível, bem como uma estimativa de reajuste de energia, sendo estes cálculos realizados para o período da garantia do sistema (dez anos).

É importante ressaltar que o tubo solar é um sistema projetado para durar, portanto recomenda-se que seu retorno de investimento deva ser comparado com o do local onde está sendo montado.

Manutenção

A manutenção do tubo solar é relativamente simples e consiste basicamente de duas tarefas principais: verificação do estado de limpeza dos domos, a ser feita anualmente ou sempre que algo anormal ocorra com um dos equipamentos (pode ser deposição de excrementos de aves, por exemplo) e a verificação anual da impermeabilização dos sistemas, quando ocorrer uma verificação similar de outros equipamentos instalados no telhado.

Instalação

Uma vez avaliados todos os elementos descritos no projeto, o processo de montagem torna-se relativamente simples e pode ser executado (dependendo das quantidades envolvidas) por uma equipe mínima de duas pessoas. Ela requer uma análise da logística, visando avaliar as tarefas necessárias, quais ferramentas serão requeridas, a altura na qual o trabalho será realizado, os meios de elevação disponíveis e especialmente as condições metereológicas no dia anterior ao da instalação e durante o dia de montagem.

Duas são as preocupações principais: a segurança da equipe de trabalho e a qualidade da instalação a ser realizada. E por este motivo, instalações não são recomendadas em dias de chuva ou em ocasiões em que o telhado estiver molhado. Deve-se sempre trabalhar com o telhado seco e em perfeitas condições de limpeza.

As técnicas de montagem realizadas são descritas em procedimentos elaborados pela Solatube e, em alguns casos, alteradas de forma a atender a alguma necessidade estética e/ou técnica do cliente. Veja as principais etapas de uma instalação:

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ISO 50001: uma ferramenta poderosa para eficiência energética

Norma fortalecerá práticas de economia de energia elétrica e demandará novos profissionais. Expectativa é que norma seja publicada até o início de agosto

Danilo Oliveira, para o Portal ProcelInfo
ISO 50001: uma aliada na gestão do consumo energético

Uma ferramenta poderosa para eficiência energética. Eis a classificação e importância dadas à norma internacional ISO 50001 pela Eletrobras e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Representantes do Brasil e dos Estados Unidos estão à frente do desenvolvimento dessa normatização da gestão de energia, que permitirá às indústrias e empresas gerirem seu consumo energético de forma mais eficiente e profissional. A expectativa é que a ISO 50001 seja publicada entre o final de julho e o início de agosto, propiciando o fortalecimento do mercado de eficiência energética, além de criar a necessidade de novos profissionais.

Na avaliação de George Alves Soares, assistente da diretoria da Eletrobras, a ISO 50001 preencherá uma lacuna nos instrumentos de eficiência energética. Segundo ele, a normatização vai possibilitar que ações de eficiência energética sejam mantidas no longo prazo. Soares disse que é comum alguns setores administrativos relaxarem nas medidas de economia de energia com o passar dos anos. "A vantagem é que a norma cobre uma lacuna muito grande em termos de eficiência energética no Brasil e no mundo: um sistema organizado de tornar as ações de eficiência energética permanentes", destacou.

Em abril, entrarão em consulta pública no site da ABNT a versão em inglês da minuta da ISO 50001 e a norma brasileira que será espelho dela. Atualmente, a ISO 50001 está na etapa anterior à publicação final. Na sequência, a minuta da norma passará por votação para, no caso de aprovada, ser publicada. Técnicos da Eletrobras e do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) participam do aperfeiçoamento da normatização. Além disso, a empresa está promovendo eventos sobre o tema, em parceria com outras instituições, como a ABNT.

O secretário do comitê brasileiro (ABNT/CEE-116) para deliberações sobre o assunto, Eduardo Lima, afirmou que a expectativa é que a norma brasileira (NBR ISO 50001) seja publicada paralelamente à norma internacional. Ele destacou que o Brasil tem participado ativamente do desenvolvimento do texto da nova norma. "A posição brasileira tem se destacado na condução de diversos conflitos que surgiram durante o desenvolvimento dos trabalhos, apresentando alternativas conciliadoras que oferecessem caminhos viáveis aos olhos da comunidade internacional", observou Lima. A ABNT/CEEE-116 está trabalhando na adequação da tradução do texto para o português.
 
"A vantagem é que a norma cobre uma lacuna muito grande em termos de eficiência energética no Brasil e no mundo: um sistema organizado de tornar as ações de eficiência energética permanentes", segundo George Alves Soares, da Eletrobras.
 
A norma monta um sistema de gestão de energia no qual é estabelecido o perfil de consumo, elegendo as cargas que mais consomem e montando metas e objetivos de redução desse consumo. "É um sistema retroalimentado - monitora-se se seus objetivos foram atingidos e depois faz medidas corretivas para atingir aquele objetivo e aquela meta", avaliou o assistente da diretoria da Eletrobras. Para Soares, a ISO 50001 impulsionará o mercado de consultoria. "A implementação dessa norma vai gerar uma série de guias, uma série de manuais, de aplicação para cada setor do país. Ele vai criar uma nova classe de consultores, tanto do lado de eficiência energética como da área de gestão", acredita.

A normalização vai considerar aspectos como o fornecimento de energia, práticas eficientes utilizando equipamentos e sistemas, política energética, planos de ação, criação de um sistema de métodos e soluções de medição de energia em forma de documento. No Brasil, as diretrizes da ISO 50001 serão incorporadas ao Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) como um dos mecanismos utilizados na economia do consumo. O PNEf deverá ser incorporado ao Plano Nacional de Energia 2030, que estabelece que 10% da demanda de eletricidade até 2030 será atendida por ações de eficiência energética.

Entre os benefícios da nova norma estão a participação e auxílio na implantação de novas técnicas e tecnologias na gestão de energia, assim como o estímulo à participação de toda cadeia de fornecedores, ampliando os benefícios de gestão eficiente ainda mais ativa. Outro ponto positivo da ISO 50001 é o fornecimento de uma metodologia consistente e eficiente para a identificação de melhorias nos sistemas de eficiência energética, assim como nas estruturas físicas das organizações.


Calor humano será aproveitado para gerar energia em Estocolmo

Postado em Energia em 03/03/2011 às 15h30
por Redação EcoD


http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/marco/calor-humano-sera-aproveitado-para-gerar-energia

sensor de calor em esta??o
Sensor de calor/Foto: Jung Yeon-Je/AFP-Ge/Divulgação

A movimentação de pessoas na Estação Central de Estocolmo deverá ser utilizada para produção de energia na Suécia. É que engenheiros suecos da Jernhusen, companhia imobiliária que trabalha na central, desenvolveram um sistema de trocas de calor que se usufruirá da intensa passagem de pessoas pelo local, cerca de 250 mil passageiros por dia.

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Central de Estocolmo/Foto: Divulgação

Esse sistema, ambientalmente correto, irá instalar receptores por toda a estação a fim de transferir o excesso de calor corporal para a água. Após isso, a água será bombeada e redistribuída como aquecimento para um prédio empresarial anexado a estação. O custo da iniciativa é de um bilhão de euros e deverá ser concluída em junho de 2012.

fotos do projeto
Imagens do projeto/Foto: Jernhusen

Os benefícios desse alto custo vão da diminuição do custo energético da estação, que deve cair 25%, ao aquecimento sustentável de um prédio de escritórios. Para Doug King, consultor especializado em inovação de design e desenvolvimento sustentável na construção civil, essa é uma das várias iniciativas que surgirão no ramo. "As pessoas agora estão começando a pensar sobre as redes de distribuição urbana de calor em todos os lugares", afirmou Doug King.

fotos do projeto
Imagens do projeto/Foto: Jernhusen



Na Trilha de uma nova economia

Fonte: Ambiente Energia - 28.02.2011

Mundo - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou, na semana passada, novo relatório, intitulado "Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza", que aponta os caminhos para um mercado sustentável. Segundo o documento, serão necessários investimentos de 2% do Produto Internto Bruto - US$ 1,3 trilhão - em 10 setores estratégicos para iniciar a transição para uma economia de baixo carbono. O relatório sugere um modelo econômico que evitaria riscos, choques, escassez e crises cada vez mais inerentes na atual economia de alta emissão de carbono.
 
Os dez setores identificados no relatório como fundamentais para tornar a economia global mais verde são: agricultura, construção, abastecimento de energia, pesca, silvicultura, indústria, turismo, transportes, manejo de resíduos e água. O documento aponta a necessidade de investimentos anuais de mais de US$ 360 bilhões para o abastecimento de energia.
 
O documento do Pnuma ressalta que, hoje, o mundo gasta entre 1% e 2% do PIB global em uma série de subsídios que, geralmente, prolongam a insustentabilidade do uso de recursos tais como combustíveis fósseis, agricultura, água e pesca. Um investimento anual de cerca de 1,25% do PIB mundial em eficiência energética e energias renováveis poderia reduzir a demanda global por energia primária em 9% em 2020 e em 40% até 2050, de acordo com o relatório.
 
A economia de capital e de gastos com combustível na geração de energia, sob o cenário da Economia Verde, seria de 760 bilhões de dólares entre os anos de 2020 e 2050. Outra meta abrangente é a diminuição das emissões de gases de efeito estufa para níveis muito mais seguros, de 450 partes por milhão até 2050. O relatório faz parte das preparações para a conferência Rio+20, que acontecerá no Brasil em 2012.
 
"Os governos têm um papel central na mudança das leis e das políticas e no investimento de bens públicos para possibilitar a transição. Ao fazê-lo, podem também desbloquear os bilhões de dólares do capital privado em benefício de uma economia verde.", declarou Pavan Sukhdev, economista sênior do Deutsche Bank e Diretor da Iniciativa Economia Verde do Pnuma
.
 

 ISO 50.001 AINDA ESSE ANO

Fonte: Brasil Energia - 24.02.2011

Mundo - A norma internacional de gestão de energia ISO 50001 será publicada no terceiro trimestre deste ano, segundo a International Standard Organization. O padrão tem como objetivo dar ferramentas para indústrias e empresas gerirem seu consumo energético de forma mais eficiente e profissional.
 
A ISO 50001 vai estabelecer indicadores de gestão de consumo de energia para instalações industriais e comerciais. A expectativa é que a norma tenha influência sobre até 60% do consumo mundial de energia.
 
"Todos os dias, organizações do mundo inteiro lidam com questões como a disponibilidade e a confiabilidade do fornecimento de energia, a mudança climática e o esgotamento de recursos", ressalta o coordenador do comitê responsável pelo desenvolvimento da nova ISO, Edwin Piñero.
 
O Brasil exerce papel relevante na elaboração da nova ISO, sendo responsável pelo secretariado da norma, junto com os Estados Unidos. Ao todo, 43 países-membros do corpo da Internacional Standard Organization participam do desenvolvimento da ISO 50001. Também integram o comitê a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e o Conselho Mundial de Energia (WEC).


 
Energia renovável pode atender 95% da demanda em 2050, aponta WWF

Postado em Energia em 03/02/2011 às 10h51
por Redação EcoD
  
 

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WWF sugere a adoção de fontes alternativas aos combustíveis fósseis, como energia eólica, solar e hidrelétricas/Montagem: Juliana Lisboa/EcoD

Embora sejam mais poluentes e nocivos ao meio ambiente, os combustíveis fósseis ainda dominam o cenário da geração energética mundial, no entanto, a demanda da população global poderá ser suprida em 95% por energias renováveis até 2050, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira, 3 de fevereiro, pela ONG ambientalista WWF junto com a consultoria energética Ecofys. As informações são da Reuters.

Até lá, a demanda energética total poderá ser 15% inferior à de 2005, graças a medidas ambiciosas de economia de energia, apesar da previsão de aumento da população (hoje estimada em 7 bilhões de pessoas), da produção industrial e do transporte de cargas e passageiros. Atualmente, mais de 80% da energia global são gerados por fontes poluentes.

O relatório projeta que a energia nuclear, os combustíveis fósseis e a biomassa poderão ser praticamente abandonados nas próximas quatro décadas. Para tanto será preciso reduzir em pelo menos 60% os gastos com calefação de edifícios, por meio da melhora na eficiência energética e do uso de energia solar e calor geotérmico.

"O relatório demonstra que o planeta pode, sim, ter economias vivas e energia limpa, barata e renovável, nos próximos quarenta anos", destacou Denise Hamú, secretária geral do WWF-Brasil.

A modernização das instalações elétricas também é defendida pelo documento, bem como a adoção de redes "inteligentes" (smart grids) e a prioridade do transporte elétrico em escala global. O relatório sugere ainda a ampliação de incentivos financeiros, como tarifas diferenciadas para a energia renovável.

Outras recomendações do relatório propõem que o consumo per capita de carne caia pela metade até 2050 nos países industrializados, e aumente em um quarto nas nações em desenvolvimento. A população deveria ser estimulada a andar de bicicleta, caminhar e usar o transporte público, além de substituir aviões por trens.

"Se continuarmos a depender de combustíveis fósseis, vamos enfrentar um futuro de incertezas crescentes sobre custos, segurança e mudanças climáticas", Jim Leape, diretor geral do WWF.

O texto estima que até 2050, mantidas as atuais condições, a melhora da eficiência energética e a redução dos custos dos combustíveis permitirão uma economia anual de 4 trilhões de euros (5,59 bilhões de dólares). Por outro lado, serão necessários mais investimentos para aumentar a geração de energia renovável, modernizar os sistemas e melhorar a eficiência energética.

Em um prazo de 25 anos, tal investimento deveria passar de 1 trilhão de euros por ano para 3,5 trilhões. Por volta de 2040, tais gastos começariam a ser pagos, com a economia superando os custos.

Outro relatório, divulgado nesta semana pela Accenture e pela Barclays Capital, aponta que a Europa precisará investir 2,9 trilhões de euros, ou 25% do seu PIB (Produto Interno Bruto), ao longo dos próximos dez anos para atender à sua demanda por energias com pouca emissão de carbono.

Cenário verde e amarelo

O fato de o Brasil produzir eletricidade a partir de hidrelétricas dá ao país certa vantagem competitiva rumo à concretização da visão da respeitada consultoria Ecofys. "Entretanto, não podemos nos acomodar, porque estamos sujando nossa matriz energética e claramente temos oportunidades de diversificação de nossas fontes, com mais investimentos eficiência energética e em energias renováveis modernas, como a eólica, solar e solar-térmica", avaliou Carlos Rittl, coordenador do programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

Rittl destacou, ainda, que a demanda mundial por bioenergia irá crescer muito. Como os biocombustíveis serão uma parte cada vez mais importante na matriz energética mundial, cabe ao Brasil fazer sua expansão neste setor, seguindo critérios rigorosos de sustentabilidade, sem pressão sobre os ecossistemas naturais.

"Além disso, o Brasil precisa ser muito responsável sobre o uso e investimentos para extração do petróleo da camada pré-sal. Os custos das energias renováveis modernas estão em queda, enquanto que os do petróleo estão em ascensão. O mundo está cada vez atento a cada tonelada de gases de efeito estufa jogada na atmosfera e seus impactos no aquecimento global", concluiu Rittl.

 

Rio Grande do Norte planeja construção do maior centro de tecnologia eólica do mundo

Postado em Energia em 08/02/2011 às 16h55
por Redação EcoD

 potencial potiguar visa tansformar energia em tecnologia

Potencial eólico potiguar visa transformar energia renovável em tecnologia/Foto: SENINT

Parceria entre o governo do Rio Grande do Norte (RN) e o governo federal negocia a instalação do maior centro de tecnologia eólica do mundo, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama.

A exemplo do que aconteceu com o pólo de Gás e Energias Renováveis do Estado, essa parceria, que conta com a ajuda de empresas privadas do ramo eólico, visa transformar os lucros obtidos com a produção eólica para a capacitação de mais de 15 mil profissionais do novo centro.

"Nossa ideia é construir o maior centro de tecnologia de energia eólica do mundo e formar até 15 mil pessoas no RN", afirmou Gama. O faturamento de parte do lucro obtido será investido na construção do centro. Os investimentos, que chegarão a R$ 8 bilhões até 2013, devem aumentar o potencial eólico potiguar, gerando autosuficiência no ramo, além de ajudar na valorização das terras produtivas do Estado.

Para Gama, o investimento previsto valoriza os terrenos: "Temos um investimento previsto de R$ 8 milhões em energia eólica. São 79 parques com energia já medida e confirmada para capacidade de produção. Essas áreas de implantação dos parques estão se valorizando. Os investidores compram ou alugam os terrenos", explicou.

A energia eólica tem se destacado no orçamento brasileiro. A busca por financiamentos para o setor já lidera o setor de infraestrutura do país. Apenas no balanço de 2010, a eólica somou nada menos que R$ 658 milhões, seguido de longe pelo setor do comércio e serviços, que ficou com R$ 394,3 milhões.

Potencial Potiguar

O estado nordestino do Rio Grande do Norte possui atualmente apenas dois parques eólicos em operação. Porém a boa qualidade dos ventos para instalação das turbinas deve gerar ainda grandes resultados para os potiguares. O estado hoje já é o maior produtor nacional de energia eólica, com 50% da capacidade nacional e deve instalar ainda 63 usinas até 2013.

As terras produtivas, que já são bastante valorizadas inclusive por investimentos internacionais, devem ganhar valores ainda maiores após um leilão de energia eólica que será realizado em maio deste ano.

Altos investimentos

Um projeto tão grande necessita de muito dinheiro para sair do papel. São estimados R$8 bilhões de gastos para a construção do Centro de Tecnologia Eólica. O que tem gerado críticas de alguns setores, que afirmam que esses gastos estão muito elevados.

Porém, Flávio Azevedo, vice-presidente da Conferência Nacional de Indústrias (CNI), definiu: "Vale lembrar que na refinaria é executada a obra, mas depois ela fica com uma operação quase que interna. Os investimentos em energia eólica são evolutivos porque são multiplicadores de outros investimentos. Na hora que é instalado um parque de uma dimensão como esta são exigidas empresas que fabriquem peças, companhias de reparo e reposição, ao contrário de investimentos que são estáticos", comparou o vice sobre os gastos entre eólica e petrolífera.

Os gastos estimados serão provenientes do Banco do Nordeste, do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e de outras empresas que ainda estudam a proposta.


EcoD Básico: LED


Postado em Ciência e Tecnologia em 02/02/2011 às 19h00
por Redação EcoD
 


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Lâmpadas de LED podem durar até 25 mil horas / Foto: HAO

O LED é a sigla em inglês para Light Emitting Diode, ou diodo emissor de luz. Esse componente eletrônico é feito de semicondutores do tamanho de grãos de areia cobertos com lentes plásticas de diversos tamanhos que, quando energizado, emitem luz visível.

O funcionamento do LED é relativamente simples; quando uma corrente elétrica percorre o diodo semicondutor, ele é capaz de emitir luz. Ao contrário dos componentes eletrônicos comuns, que liberam energia através do calor, o LED consegue liberar a energia excedente na forma de iluminação.

As lâmpadas comuns são construídas no interior de invólucros de vidro. Nas lâmpadas incandescentes o invólucro mantém o vácuo para que um filamento fique incandescente sem se queimar, emitindo luz e muito calor. Nas lâmpadas fluorescentes, um gás inerte é que é mantido fechado e emite luz ao ser atravessado por elétrons.

As lâmpadas de LED não possuem esses filamentos, já que geram luz somente pelo movimento de elétrons em um material semicondutor. É essa característica que o torna tão especial. Por produzir pouquíssimo calor, ele dura muito mais e consome muito menos energia que os dispositivos semelhantes.

Evolução

O LED surgiu na década de 60 como o primeiro componente eletrônico a emitir luz própria. A baixa emissão de brilho obtida inicialmente limitou o uso da tecnologia à função de indicador de energia - que ele executa até hoje em muitos aparelhos eletrônicos.

Ao longo das décadas, o LED ganhou destaque nos centros de pesquisa e se desenvolveu largamente. Atualmente esse material já é utilizado na fabricação de semáforos de trânsito, iluminação interna de automóveis, celulares, câmeras digitais, televisores e outra série de eletroeletrônicos.

Outra utilidade do LED que vem ganhando destaque é a iluminação de ambientes internos e locais públicos. Alguns modelos de lâmpadas de LED já proporcionam uma iluminação de alta qualidade e em várias cores.

Graças à alta economia, eficiência de iluminação e longa vida útil, grandes empresas já estão fabricando lâmpadas de LED com os mesmos bocais que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes em larga escala.

Essas lâmpadas duram 25 vezes mais que as incandescentes, enquanto consomem cinco vezes menos energia. Por outro lado, cada lâmpada de LED chega a custar R$ 120,00, enquanto uma comum incandescente sai por menos de R$ 5,00.


NOVO RELÓGIO DE LUZ AJUDA A ECONOMIZAR



 

              



Fonte: Rede Globo - Jornal Hoje - 17.02.2011


Brasil - Novo medidor de luz ajuda o consumidor a economizar energia elétrica. A ideia é trocar os medidores de todo o país por esse equipamento que permite um controle maior dos gastos. Atualmente, o consumo é medido uma vez por mês. Mas, aos poucos, os relógios tradicionais de medição serão trocados por modelos inteligentes. "Como esse medidor é conectado com a concessionária, os consumidores têm informação em tempo real sobre o seu consumo", explica o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega.

Serão duas peças: o medidor e uma caixa, que permite a visualização dos dados de consumo. O coordenador executivo de Redes Inteligentes
Light-Cemig, Fábio Toledo, demonstrou que três sinais, nas cores vermelha, amarela e verde, indicam alto, médio e baixo consumo, respectivamente. Toledo explica que alguns aparelhos, como o microondas, consomem muita energia elétrica, e podem rapidamente alterar o sinal verde para o vermelho.

O sistema também pode mostrar o consumo em reais. Sem o microondas, o consumo fica em R$ 0,16, enquanto com o uso do equipamento, o gasto passa para R$ 0,60. Depois de três dias, o aparelho começa a mostrar o consumo médio e o provável custo da energia consumida no fim do mês, segundo o especialista. Isto ajuda o consumidor a alterar seus hábitos de consumo para reduzir custos.

Com o medidor, a Aneel pretende estabelecer, pelo menos, três tarifas diferentes ao longo do dia. A tarifa cheia ficaria apenas para o horário de pico no país, e as outras duas viriam com desconto. O horário de pico das 19h às 22h, tarifa com maior desconto iria das 22h às 16h e a com desconto menor iria das 16h às 19h, parecido com o que ocorre na telefonia. Isto permitirá também a conta de luz pré-paga, também nos mesmos moldes do telefone. As cidades do Rio de Janeiro(RJ) e Sete Lagoas (MG) devem começar a testar o sistema ainda neste ano.

  

Casa da Energia é oficialmente inaugurada


Fonte: Energy Saving Trust - 01.02.2011

Reino Unido - A Casa da Energia, propriedade de tamanho regular construída por cientistas da Universidade de Salford, foi oficialmente inaugurada. O ministo de mudanças climáticas, Greg Barker, lançou o projeto em uma conferência, o qual irá examinar possíveis meios para que o setor imobiliário possa reduzir seu consumo de energia em prédios já existentes.

Pesquisadores irão monitorar a construção, que é um exemplo da maioria das casas existentes no país, sob condições de teste. Os pesquisadores irão submeter a casa a diferentes condições climáticas e observar quais as técnicas de modernização funcionam melhor para deixá-la mais eficiente energeticamente possível. Em entrevista à BBC, o pesquisador do projeto, Erik Bischard, disse que "Mais de 90% das nossas casas não atingem os níveis recomendados de isolamento e aparelhos eficientes energeticamente, tais como boilers e máquinas de lavar roupa. Se essas casas ainda ficarão presentes por um bom tempo e são bastante deficientes em termos de aquecimento, a questão é como modificar isso o mais rápido possível".

A necessidade de um projeto como esse é crucial, uma vez que 70% das casas que estarão ocupadas em 2050 já foram construídas.


 Edifício corporativo em Porto Alegre prioriza o aproveitamento de energias passivas

Fonte: Piniweb - 01.02.2011

Rio Grande do Sul - O escritório AT Arquitetura divulgou as imagens do projeto da nova sede da Datasys, localizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O prédio de 7,2 mil m² de área construída foi concebido a partir de estudos sobre as condições do local a ser implantado.

Segundo o memorial descritivo do projeto, "o gerenciamento das energias passivas presentes no local como insolação, solo, ventos e vegetação foi fator determinante para as soluções adotadas". De acordo com o escritório de arquitetura, esse levantamento de dados permitiu que o formato e a disposição dos ambientes dos edifícios melhorassem o aproveitamento dos benefícios naturais. A criação de um pátio interno no edifício, por exemplo, vai potencializar a ventilação cruzada e a iluminação natural na maior parte dos ambientes.

Além disso, a fachada sul foi posicionada para captar a maior quantidade de iluminação. Na fachada norte a utilização de brises vegetais e recuo das esquadrias filtram os raios solares, protegendo o prédio e exigindo menor consumo de ar condicionado. Elementos de proteção solar para as fachadas oeste e leste também foram pensados para a qualidade de condicionamento térmico do edifício.

Outro diferencial do projeto é a adoção das fachadas ventiladas, que permitem a formação de um colchão de ar entre a estrutura do prédio e o material de revestimento para aumentar o seu isolamento térmico. O empreendimento ainda terá cobertura verde, captação de energia solar, bacias de contenção das águas da chuva para reúso, estação de tratamento de esgoto e automação dos sistemas visando à redução do consumo de energia.

O projeto da nova sede da Datasys está em fase de aprovação na prefeitura de Porto Alegre. A previsão é de que as obras iniciem ainda em 2011 e sejam entregues em 2012.


 
 

Empresa investe em geração de energia solar para fins industriais

Fonte: O Globo - 04.01.2011

Rio de Janeiro - A Global Master, empresa de condicionadores de ar com sede em Petrópolis, no Rio de Janeiro, desenvolveu um equipamento capaz de armazenar energia solar para fins industriais. Os três primeiros protótipos do CSP, ou Concentrador Solar Parabólico, já estão instalados em uma pequena indústria de embalagens em Itaipava.
 
O equipamento foi desenvolvido com apoio da Faperj e de pesquisadores da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). O aparelho parece uma antena parabólica e funciona captando os raios solares por meio de uma superfície refletora e transferindo a energia térmica produzida para uma espécie de distribuidor de calor.
 
Em relação às placas convencionais de energia solar, o CSP tem uma diferença crucial: armazena mais calor. Enquanto as placas planas guardam uma temperatura de até 70º C, suficiente para aquecer a água de uma residência, a média da temperatura armazenada pelo novo aparelho chega a 500º C.
 
O equipamento, segundo reportagem da revista Rio Pesquisa, da Faperj, não pode ser usado para substituir as fontes de energia convencionais. O objetivo é utilizá-lo de forma combinada para melhorar a eficiência energética das indústrias.

 

Festa Ecológica em Roterdã, na Holanda, gera energia elétrica

Fonte: Deustche Welle Brasil - 31.01.2011

Holanda - O que os clubes noturnos e as universidades têm em comum? Iniciativas africanas e europeias mostram como é possível conduzi-los de forma ecologicamente correta e sensibilizá-los para o uso responsável da energia.

Em setembro de 2008, a primeira balada ecológica do mundo abria suas portas na Holanda. Mas os frequentadores não precisam se preocupar: no Club Watt, em Roterdã, não há código de vestimenta "verde" e nem porções de granola como aperitivo. O importante ali é cair mesmo na festa e mais do que nos outros clubes dançar para valer.

Uma pista de dança eletromecânica sob os pés dos frequentadores - sustentada por fortes molas - cede e oscila alguns milímetros de acordo com a movimentação dos dançarinos. Assim como no funcionamento de um dínamo de bicicletas, esse movimento é transformado em energia elétrica. O conceito sustentável do Club Watt lhe rende uma economia de até 30% no consumo de energia, se comparado a uma balada tradicional, e reduziu as suas emissões de CO2 por volta de um terço.

Quanto maior o movimento, mais luz emitem as placas luminosas na pista. Isso também traz, em si, um aspecto pedagógico: ao perceber o quanto é capaz de produzir, uma pessoa é capaz de refletir de forma diferente sobre o tema "energia".

"Proteger o clima deveria ser divertido"

Em Berlim, o clube tecno Tresor abraçou o conceito de eventos considerados climaticamente neutros. O local promove a festa "High Voltage", em que os organizadores calculam o valor das emissões carbônicas emitidas na festa e doam o montante equivalente a um projeto ambiental que economiza o mesmo volume de CO2.

"Proteger o clima deveria ser divertido", sugere Jaap van den Braak da empresa holandesa Sustainable Dance Club (SDC), co-criadora do conceito por trás do Club Watt. Já uma abordagem como a do berlinense Tresor - proteção climática através da compensação de emissões - não condiz com os critérios de sustentabilidade da SDC.  "O Club Watt ainda é, pelo que eu sei, a única balada de toda a Europa que realmente pode ser chamada de sustentável", afirma Van den Braak.

O projeto de festas climaticamente neutras da SDC foi desenvolvido em parceria com duas escolas superiores técnicas da Holanda: a de Eindhoven e a de Delft. Junto aos clubes, nos quais os estudantes se divertem aos fins de semana, tais escolas superiores são outro fator importante na vida dos jovens. Nelas, também se descobriu que, quando se trata de preservação ambiental, o melhor é ter iniciativa própria.

De olho nisso, a Universidade Leuphana de Lüneburg (Alemanha) quer se tornar a primeira instituição de ensino ecologicamente correta do mundo até 2012. Sobre o telhado do seu prédio, já foram instalados sistemas fotovoltaicos para a geração de energia e uma instalação de gás natural possibilita a calefação não somente no campus, como também em um conjunto habitacional vizinho.

Desde 1996, a universidade oferece um curso de Ciências Ambientais. Mesmo na pausa, a proteção climática está sempre presente: "Nós instalamos aparelhos projetores na cantina, que mostram o quanto de energia está sendo gasta naquele momento pelos respectivos prédios da universidade", conta o professor de Química Ambiental, Wolfgang Ruck.

África também quer universidade "verde"

Em Acra, a capital de Gana, a Universidade Valley View também estabeleceu para si uma meta ambiciosa: tornar-se a primeira escola superior ecológica do continente africano. Atualmente, todo o campus já é abastecido com energia proveniente de coletores solares e um reservatório de água da chuva está nos planos da instituição de ensino, que pretende utilizá-la na descarga dos banheiros.

Em outros banheiros, a água será totalmente dispensada: "Primeiramente, isso resolve o problema da escassez de água e, em segundo, os compostos sólidos poderão servir de adubo para a região rural", esclarece Emmanuel Kwandahor, da Valley View.


 

Projeto de hospital municipal permite economia na manutenção das operações


Fonte: Correio de Uberlândia - 02.11.2010


Minas Gerais - A nova estrutura do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro de Uberlândia, que começou a funcionar no último domingo, 2 de janeiro, foi montada para operar de forma sustentável e com tecnologia de ponta. De acordo com o arquiteto e médico paulista, Domingos Fiorentini, que realizou o projeto do hospital, o prédio foi planejado para funcionar de forma a preservar o meio ambiente e gerar economia.

A instalação de uma dupla rede de esgoto, por exemplo, vai reduzir pela metade o consumo de água por leito, que é, em média, mil litros por dia. Uma das redes terá a função de captar a água descartada nos bebedouros, chuveiros, pias, entre outros, que passa por filtragem simples e é utilizada na descarga do vaso sanitário. "Não há bom senso em usar água potável para empurrar dejeto. Além disso, a quantidade de esgoto produzido também vai cair pela metade. E este tipo de procedimento é pioneiro no Brasil", afirmou Fiorentini.


De acordo com o arquiteto, o uso de energia elétrica deve diminuir até 60% com a utilização de um tipo de telha chamado "sanduíche" aliado a um projeto arquitetônico estratégico para que a ventilação e a iluminação sejam naturais, até mesmo nos corredores. O sombreamento das árvores que cercarão a edificação possibilitarão que o uso de aparelhos de ar condicionado seja restrito a áreas essenciais, como UTI, berçários e centros cirúrgicos. Para completar, o calor produzido pelo aparelho será utilizado no aquecimento de água. "Os leitos serão muito bem ventilados, pois haverá fluxo de ar. Mas, teoricamente, todo o hospital poderia funcionar sem o equipamento", disse Fiorentini.

Outra inovação é a existência de um "porão técnico", que proporcionará uma manutenção mais barata e prática, além de evitar que a construção seja "colada" ao solo - o que obriga que o esgoto seja enterrado e permite que a umidade alcance o prédio. Ainda segundo Fiorentini, os três geradores do hospital permitirão que o todo o complexo siga funcionando normalmente em caso de falta de energia.

 

Novas cidades irão seguir novas tecnologias


Fonte: China Daily - 03.01.2010

 
China - Em 1980, apenas 20% da população chinesa vivia em cidades, mas em 2010, esse número subiu para 45%, ou 600 milhões de pessoas. Para atender a esta crescente demanda, novas cidades estão sendo planejadas, com arquitetos e designers envolvendo-se em questões urbanísticas, e o governo buscando as melhores maneiras de reduzir as emissões de carbono e a poluição dessas novas regiões.
Os governos locais esperam planejar departamentos para entregar as novas cidades em dois ou três anos. Elas estão sendo desenvolvidas para utilizar o mínimo de material necessário, consumir pouca energia e água, e gerar menos gases do efeito estufa. Além disso, as novas cidades contarão ainda com 50 mil novos arranha-céus nos próximos 20 anos para uma melhor utilização dos terrenos, novos espaços verdes, design sustentável e transportes ecologicamente corretos.


 

Cristo Redentor terá iluminação LED que poderá ser acionada pelo Papa por celular


Fonte: Folha Online - 30.12.2010

 
Rio de Janeiro - Um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor vai ganhar em 2011 um brilho diferente. O novo sistema de iluminação do monumento deve ser inaugurado em 1º de março, data do aniversário da cidade. No total, 300 projetores de LED (lâmpadas pequenas, sem filamentos) - tecnologia que atende aos padrões de sustentabilidade - vão substituir as lâmpadas tradicionais.
De acordo com o reitor do Santuário do Cristo Redentor do Corcovado, padre Omar Raposo, a nova iluminação poderá ser acionada à distância, pelo papa Bento XVI, direto do Vaticano. "Ainda estamos em negociação para ver se isso será mesmo possível, porque com a tecnologia LED é possível acionar a iluminação apenas com um toque de celular ou pela internet", destaca.

De acordo com padre Omar, com a novidade, o Cristo Redentor estará ainda mais integrado à natureza que o cerca, pois a iluminação tem menor impacto ambiental e garante economia de energia, com um consumo cerca de 80% menor. As novas lâmpadas não contêm materiais pesados e não emitem radiações ultravioleta.
Ele acredita que a nova iluminação dará ainda mais evidência aos detalhes da estátua que no ano que vem completa 80 anos. De acordo com o padre, o novo sistema deve atrair ainda mais visitantes. "Ela representará ainda mais o maior referencial turístico da cidade, principalmente numa época em que nos preparamos para receber tantos eventos internacionais importantes", acrescentou.
 
Além da iluminação, também serão revitalizadas as instalações elétricas, a escada de acesso e o estacionamento superior. Todas as instalações serão monitoradas 24 horas por câmeras de segurança.
 
As melhorias fazem parte de um acordo entre a Arquidiocese do Rio, a prefeitura e a empresa alemã Osram, que está doando a implantação de todo o sistema. A empresa não revelou o custo do serviço.


Hospital "verde"

Fonte: O Globo - 30.12.2010

 
Rio de Janeiro - Depois do Hospital Américas e do novo hospital da Unimed, ambos na Barra, mais um hospital no Rio adota o conceito de construção sustentável. Desta vez será o Norte DOr, que vai ser inaugurado em janeiro, em Cascadura. A sua estrutura contará com mais de 40% de "telhado verde": uma vegetação plantada no telhado, em trinta centímetros de terra e argila, o que reduz a demanda por refrigeração. Além de vidros especiais, que absorvem até 70% do calor. A soma de todas as iniciativas sustentáveis do projeto representará uma economia de energia da ordem de 10%.

   
 
  
Fábrica verde contabiliza 23% de redução no consumo de água
 
Fonte: O Globo Online - 27.12.2010

 
Brasil - Há um ano, a Leão Júnior inaugurou a primeira fábrica verde do sistema Coca-cola na América Latina. Desde então vem contabilizando as conquistas. Entre elas redução em 23% no consumo de água ou o equivalente a um milhão de copos de mate de 300 ml, e 36% no consumo de energia, ou energia suficiente para iluminar 100 casas de quatro pessoas por um mês.
 
A empresa implantou medidas também em relação à contratação de pessoal. Mais de 30% do quadro funcional mora no bairro Fazenda Rio Grande, em Curitiba, onde é localizada a fábrica. Além disso, os colaboradores são incentivados a usar bicicletas.
 
A fábrica verde ocupa uma área de 18 mil metros quadrados e entre as medidas adotadas durante a construção do prédio estão: uso de telhas translúcidas que garantem a iluminação natural das áreas de produção, inclusive dentro das salas de envase, reduzindo significativamente a demanda por energia para efeito de iluminação; uso de aquecedores solares para a água utilizada áreas de vestiários e laboratórios; aplicação de telhado verde nos prédios sociais, refeitório, salas técnicas e portaria que funciona como um isolante térmico natural e como purificador de ar; sistema de coleta da água da chuva e armazenagem para reúso em descargas, limpezas de pátios e irrigações; projeto aquitetônico ecoeficiente para preservar os espaços entre os prédios e criar áreas verdes; projeto de terraplanagem do terreno para evitar a menor movimentação de terra possível, reduzindo riscos de erosão do solo; uso de materiais de construção com origem certificada, de origem conhecida e próxima à construção, que causam baixo impacto ambiental no processo de extração/fabricação, além de materiais de baixo índice de emissão de COV (compostos orgânicos voláteis); escoamento da água de chuva por meio de valas gramadas, o que permite sua absorção pelo solo.


WWF pede reforma de um milhão de casas por ano na Espanha para combater mudanças climáticas
 
Fonte: Mundo Energia - 17.12.2010

 
Espanha - A WWF considera que o setor residencial espanhol tem capacidade para reduzir o consumo de energia final em mais de 30% até 2020, em relação a 2008. Para isso, é imprescindível renovar de 500 mil a 1 milhão de casas por ano. Com essa redução, deixariam de emitir, em média, 8,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, e seriam economizados 2,312 bilhões de euros por ano. A WWF, em colaboração com a ETRES Consultores, apresentou, recentemente, o informativo "Potencial de economia de energia e de redução de emissões de CO2 do parque residencial existente na Espanha em 2020". O objetivo é analisar o potencial de economia de energia e de redução de emissões do setor para cumprir o comprometimento europeu de combater as mudanças climáticas.
 
Para alcançar a meta, a WWF sustenta que deve se priorizar a melhoria do isolamento térmico dos edifícios, com critérios muito mais rigorosos que os exigidos na normativa atual. Assim, medidas como modernizar as instalações residenciais ou incorporar energias renováveis apresentam efeitos muito limitados sobre a melhoria integral do setor. O estudo analisa o parque residencial existente, levando em conta o clima em que se encontra, a antiguidade e as características energéticas, como o invólucro térmico, os sistemas de climatização e a produção de água quente sanitária. A WWF valoriza medidas de economia de energia que vão além da legislação vigente, planejando um cenário viável de economias.
 
A organização pretende demonstrar como, através de uma política de reabilitação energética mais dinâmica e ativa, é possível reduzir de forma significativa o consumo de energia das construções e, ao mesmo tempo, contribuir com a criação de empregos. Assim, será possível transformar o setor, obtendo edifícios com consumo de energia significativamente mais baixo. A WWF defende que a reabilitação é a melhor maneira de reduzir as emissões do setor residencial. A organização também destaca que, isolando em profundidade as residências, os cidadãos poderiam economizar até 85% em suas faturas de energia. E também pede que reforcem os critérios energéticos da normativa espanhola de edificações, que incorporem critérios de retrofit energético e que desenvolvam programas de conscientização para mostrar os benefícios desses retrofits com critérios de eficiência energética.

 

Guarulhos recebe Prêmio Procel por eficiência energética


Postado em 12/11/2010 ás 14h12 - http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/1492/guarulhos_recebe_premio_procel_por_eficiencia_energetica/


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Com o Plano de Gestão Energética a cidade economiza mais de R$ 4,5 milhões. (Imagem: Divulgação)
 

A Prefeitura de Guarulhos (Grande São Paulo) recebeu nesta quinta-feira (11), em Campinas, o Prêmio Procel Cidade Eficiente em Energia Elétrica. A distinção foi concedida pelo Ministério das Minas e Energia, via Eletrobras, que reconheceu o esforço da cidade em economizar energia sem afetar a qualidade do serviço prestado à população. Com o Plano de Gestão Energética (PGE), desenvolvido no município desde 2005, Guarulhos passou a reduzir o gasto no setor, em média, R$ 4,5 milhões por ano com medidas simples.

A primeira delas foi trocar até o momento 95% das 46 mil lâmpadas de mercúrio por outras de vapor de sódio e também as luminárias da cidade. Até o final deste ano as 3,5 mil restantes também serão substituídas. Na prática, significa que a cidade está melhor iluminada utilizando uma potência menor e, consequentemente, com menor consumo.

Sem a implantação do PGE a Prefeitura teria gasto nos últimos dez anos cerca de R$ 40 milhões por ano, segundo explicou o diretor de iluminação pública da Secretaria de Obras, Paulo de Tarso Carvalhaes. "Mas, ao contrário, com o Plano de Gestão Energética a cidade economiza mais de R$ 4,5 milhões", explicou.

Isso é possível porque além das trocas de luminárias e lâmpadas, outra ação do premiado PGE que também está em andamento na cidade é a mudança das lâmpadas dos semáforos. As de 100 watts darão lugar às de LED de 10 watts. Apesar de ter apenas 10% da potência da anterior, essas lâmpadas têm a mesma capacidade de iluminação. Ou seja, é mais economia no consumo, cerca de R$ 500 mil por ano, sem perder a qualidade na sinalização das vias.

Se, por um lado, no PGE guarulhense foi investido nesses cinco anos R$ 22 milhões, fruto de uma parceria entre a Prefeitura, a Eletrobrás e EDP Bandeirante, por outro, a economia de energia foi de cerca de 16 gigawatts anuais, energia capaz de iluminar 7 mil residências por ano.

O Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia reconhece esforços no combate ao desperdício de energia em diversas categorias. A premiação é promovida pelo Ministério das Minas e Energia e coordenada pela Eletrobras/Procel, em parceria com a Petrobras/Conpet.

 

Sistema de iluminação natural proporciona eficiência energética

Postado em 05/10/2010 ás 15h51 - http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/1227/sistema_de_iluminacao_natural_proporciona_eficiencia_energetica/


 

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Solatube / Imagem: Divulgação

 

Utilizar a luz natural em substituição da luz artificial traz diversos benefícios, como redução do consumo energético, melhoria do conforto visual e bem estar das pessoas que estão no ambiente. A luminosidade natural também oferece maior capacidade visual ao olho humano.


O Solatube é um sistema desenvolvido para resolver esse problema. Ele difunde a luz natural para qualquer espaço sem ocorrência de transmissão térmica, pois o duto, utilizado no sistema, é totalmente hermético e isolado. Além disso, ele oferece a possibilidade de captação de vento para o ambiente e os raios UV e IV não são transmitidos.


De aspecto simples e muito parecido com a iluminação convencional o Solatube é composto por um domo (cúpula) que recebe a iluminação solar. Através de um tubo espelhado, toda essa luminosidade é espalhada para o ambiente. Este tipo de iluminação, conhecida como zenital, é indicada para locais amplos onde as janelas não são suficientes. Em sobrados, esse tipo de iluminação é normalmente utilizado nos andares superiores.


A cobertura transparente é resistente a choque, repele poeiras e partículas, através da carga eletro-estática. O espelho parabólico e o padrão de prismas na base da cúpula redirecionam a luz solar oferecendo iluminação ao longo do dia, independente da posição do sol.


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"É essencial mudar". Entrevista especial com Philip Fearnside 27/3/2009

 

Desde 2006 em discussão, o Plano Decenal de Energia prevê, conforme o mais recente relatório, uma grande expansão de hidrelétricas e termoelétricas, além de produção de biocombustível pelo Brasil. "Provavelmente, o maior problema está relacionado à questão do Rio Xingu, pois esse plano deixa claro que Belo Monte teria 11 mil megawatts. No plano anterior, a previsão era de no máximo seis megawatts", descreve o professor Philip Fearnside, nesta entrevista que ele concedeu, por telefone, à IHU On-Line.

Fearnside critica o plano e argumenta que apenas parte da energia gerada a partir dessa expansão é necessária. Ele diz que "o grosso da energia produzida está indo para a produção de alumínio e outros produtos para exportação, que não seriam usados no Brasil. Assim, estamos exportando energia em forma de alumínio, uma coisa que traz muito poucos benefícios para nosso país. Os empregos gerados, por exemplo, vão para outros países onde esse alumínio é transformado em outros produtos".

 

Philip Fearnside, graduado em Biologia pelo Colorado College, nos Estados Unidos, é, atualmente, professor da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador do CNPq e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa. É especialista em Sistemas de Informações Geográficas, pela USP. Possui mestrado em zoologia e doutorado em Ciências Biológicas, pela University of Michigan, nos Estados Unidos.
Confira a entrevista.

IHU On-Line - Qual a sua opinião sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia?

 

Philip Fearnside - Temos muitos problemas porque estão prevendo uma grande expansão de hidrelétricas e outros geradores de energia que causam o efeito estufa e muitos impactos ambientais. Na Amazônia, a previsão é de geração de 18 mil megawatts de potência. Provavelmente, o maior problema está relacionado à questão do Rio Xingu, pois esse plano deixa claro que Belo Monte teria 11 mil megawatts. No plano anterior, a previsão era de no máximo seis megawatts. Agora, fica claro que irá mais além. Essa é a grande questão, por causa da possibilidade de construir outras hidrelétricas no Rio Xingu que, originalmente, tinha um plano para seis hidrelétricas. Agora, com esse plano, serão inundadas vastas áreas indígenas, além de destruir partes da floresta tropical. Esse plano tem recebido muitas críticas. Belo Monte é um lugar maravilhoso para construção de hidrelétrica, em termos de engenharia, mas a construção dessas outras hidrelétricas planejadas pode ser catastrófica. A grande questão tem sido a capacidade de instalar todas essas construções lá. Grande parte da capacidade de 11 mil megawatts ficará ociosa na maior parte do tempo se não tiver água no Rio Xingu. É uma questão muito preocupante.

Outra coisa que acho importante destacar no plano é que ele não questiona o que seria feito com a energia, simplesmente presumindo o aumento muito grande da quantidade de energia que o Brasil usa. Boa parte dessa energia não será usada pelo povo brasileiro. As pessoas, quando pensam em energia elétrica, pensam na lâmpada da sua casa, na televisão, ou seja, no uso direto doméstico, mas o grosso da energia produzida está indo para a produção de alumínio e outros produtos para exportação, que não seriam usados no Brasil. Assim, estamos exportando energia em forma de alumínio, uma coisa que traz muito poucos benefícios para nosso país. Os empregos gerados, por exemplo, vão para outros países onde esse alumínio é transformado em outros produtos. O custo ambiental e social para produzir essa energia com cada vez mais hidrelétricas são coisas que não estão dentro do cálculo, só fala do preço de comprar a energia. Mesmo isso é subsidiado, afinal as hidrelétricas são construídas com o dinheiro dos contribuintes brasileiros, por todo mundo que paga a conta de luz no fim do mês. Precisamos discutir o que será feito com a energia e os planos são para duplicar a produção de energia nos grandes centros de produção de alumínio no país. Estas questões precisam ser resolvidas primeiramente e depois sim se passa para as opções de produção de energia. O que fazer com a energia deve ser o ponto de partida.

 

IHU On-Line - A energia gerada a partir desse plano é realmente necessária?

Philip Fearnside - Uma parte é necessária, mas outra parte, definitivamente, não é necessária. A parte usada domesticamente no Brasil é necessária. É verdade também que podemos diminuir também o consumo doméstico de energia no país. O chuveiro elétrico é o mais gritante. O Brasil é um dos poucos países no mundo que usa chuveiro elétrico para esquentar água para tomar banho, o uso menos eficiente de uso de energia que se possa imaginar porque cada vez que se transforma em energia, uma boa parte é perdida, ou seja, você transforma energia em gás natural e, a cada transformação, se perde um pouco de energia. Então, essas novas usinas transformam eletricidade que irá para a casa de cada pessoa onde se transforma novamente em calor para esquentar água. A cada passo se perde energia. Se usássemos o gás, diretamente, para esquentar água, pularíamos essas perdas todas. Esquentar água, por exemplo, é algo que pode ser feito, perfeitamente, com energia solar em muitos casos, sem usar energia fóssil. Além disso, a matriz energética brasileira é voltada para exportação, Belo Monte é um caso dessa prática. São usos que não criam muitos empregos e acabam exportando o beneficio da energia. Isso precisa ser discutido. O Brasil não tem nenhuma obrigação moral de abastecer o mercado mundial de alumínio.

 

IHU On-Line - A quem a energia gerada a partir das ações previstas pelo Plano Decenal de Energia vai beneficiar?

Philip Fearnside - São muitos usos de energia. No discurso, se fala das pessoas que, no Brasil, não têm luz elétrica. Mas, de fato, esse é o uso mínimo em relação à capacidade que terão essas hidrelétricas que serão expandidas. O grosso não irá parar as comunidades que não têm energia, mas sim para a exportação de alumínio e outros produtos. Isso precisa ser discutido. Obviamente, ninguém quer voltar para a idade de quando não tinha energia elétrica, mas devemos discutir sobre como usar isso e como evitar os grandes desperdícios de energia, como o chuveiro elétrico.

 

IHU On-Line - Que alternativas seriam mais viáveis do que as ações que estão previstas nesse plano?

Philip Fearnside - O plano inclui várias coisas, pois é um plano de energia geral. Antigamente, tinha planos decenais de eletricidade só, agora é de expansão energética que inclui petróleo, carvão, bicombustíveis, muitas coisas além de eletricidade. É verdade que uma parte dessas energias ditas alternativas tem pouca ênfase no plano, poderia ser aumentada. A questão dos bicombustíveis também é polêmica. Como se sabe, tem benefícios reais em termos de evitar a emissão de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que impacta ambientalmente, pois há um impacto indireto nesse sentido que não está tratado no plano. São muitas coisas que precisam ser discutidas. O plano toca nesses vários assuntos, mas a ênfase é a expansão de termelétricas - muitas vão contra ao que está dito no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, lançado em dezembro do ano passado - e a expansão, em grande escala, de geração de hidrelétrica. É bom dizer que hidrelétricas também emitem gases, tanto pela destruição da floresta quanto pela emissão de metano. São coisas que vão impactar muito no meio ambiente. Muitos trabalhos têm alertado para essa questão, há muito tempo.

 

IHU On-Line - Que tipo de interferência a Amazônia deve sofrer com a execução desse plano?

Philip Fearnside - No caso da Amazônia, o principal impacto será gerado pela expansão e construção de hidrelétricas. Esse assunto afeta muito a região, pois é um motor de desmatamento, em função dos alagamentos. Alguns locais têm muita população humana. A hidrelétrica de Marabá tem prioridade nesse plano que foi lançado, mas é uma área que tem um número grande de famílias morando no local. Isso causa um impacto humano e obviamente também ambiental. Além disso, mais estradas devem ser construídas, por exemplo. Isso envolve outros impactos, como a migração de peixes e tartarugas que vai influenciando toda a vida no rio. Os casos de peixes que reproduzem nas cabeceiras e depois crescem rio abaixo são importantes, pois serão atingidos pelas hidrelétricas, influenciando a sua rotina e sua produção e, por sua vez, impactarão economicamente na região. Esses impactos precisam ser ponderados com os benefícios que as barragens gerarão, antes de as decisões serem tomadas. Esse plano mostra apenas as construções que serão feitas, mas não os impactos que devem fazer parte da decisão.

 

IHU On-Line - Quem é o vilão, no nosso dia a dia, em relação ao consumo de energia? E que alternativas deveríamos adotar?

Philip Fearnside - As pessoas precisam pensar no uso de energia na sua vida particular. Não podemos deixar a luz acesa em ambientes vazio, a televisão ligada sem ninguém assistindo. Esse tipo de coisa usa uma quantidade significativa de energia. Há muita energia sendo enviada para usos fantasmas, como aparelhos domésticos que têm um estado dormente quando não se está usando para manter-se em estado de espera. Somando esse uso ao longo do ano, veremos que há muita energia sendo destinada para isso. São muitas coisas pequenas que precisam ser mudadas. É possível usar muito menos energia simplesmente tomando esse tipo de medida. Fora isso, acho muito importante as pessoas reconhecer que têm um papel como cidadãos, ou seja, têm influencia sobre as decisões do governo e esse papel irá influenciar no que vai acontecer nas próximas décadas. As decisões não são apenas do governo, mas de toda uma população.

 

IHU On-Line - Mudanças de atitude no dia a dia, hoje, são suficientes para contribuir para diminuição dos problemas ambientais?

Philip Fearnside - Os problemas ambientais são muito grandes. O aquecimento global está muito ligado ao uso de energia no mundo hoje. As mudanças individuais são essenciais para controlar esses problemas, além das políticas maiores, que devem ser a soma de todas as decisões dos indivíduos. É essencial mudar. O Brasil é um dos países que mais vai sofrer com os problemas do aquecimento global, a Amazônia está em perigo.