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Materiais Sustentáveis
A ECOCONSTRUCT BRAZIL pesquisa constantemente as novidades do mercado de produtos para as construções sustentáveis.
 

Veja alguns exemplos abaixo:

Museu do Amanhã usa mais de 10 toneladas de pintura sustentável

O Museu do Amanhã, iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, é um dos símbolos da revitalização da área cultural do Porto Maravilha. A construção do espaço segue critérios, princípios e regras de sustentabilidade ambiental com Certificação Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental). Acompanhando estas premissas, a obra está atenta às pequenas atitudes como a seleção de materiais que dá preferência aos componentes reciclados, de baixa toxidade, alta durabilidade e que não agridam o ambiente.

Neste conceito, a pintura do Museu será realizada com um produto ambientalmente correto, antitérmico e com baixo índice de volatilidade. A pintura impermeabilizante utilizada, Denversol da Denver Impermeabilizantes, é à base de resina acrílica pura (isenta de estireno), flexível, de alta resistência às intempéries, irradiação ultravioleta e névoa salina, que além da elevada durabilidade, possui ótima reflexão solar (acima de 80%) diminuindo o fluxo térmico no museu, o que contribui para a redução do consumo de energia elétrica.

Além disso, "a aplicação da pintura é realizada em projeção com sistema airless - equipamento de alta pressão e sem utilização de ar - que traz ganho em desempenho, qualidade com aproveitamento homogêneo valorizando o ambiente e economia de material em torno de 30%. São mais 10 toneladas de pintura refletiva impermeabilizante em todas as áreas de concreto e alvenaria do museu, internas e externas." explica o engenheiro Flávio de Camargo, Gerente Técnico e de Marketing da Denver Impermeabilizantes, especialista na área de impermeabilização e recuperação estrutural.

O Denversol acompanha as dilatações, contrações e a alcalinidade do substrato. Altamente resistente a fungos, o produto assimila as microfissuras, além de possuir alta aderência sobre diversos materiais. Indicado para coberturas brancas ou do tipo telhado frio, o produto também é recomendado para fachadas em argamassa, concreto, pré-moldado, sobre telhas e, como acabamento elástico refletivo, em impermeabilizações asfálticas.

FonteGrandes Construções


Casa italiana é feita com materiais recicláveis e produz 100% de sua energia
A casa emite 60% menos carbono que as construções tradicionais


A BioCasa_82 foi construída em Treviso, na Itália. O projeto utilizou materiais recicláveis e energia renovável. Além de sua beleza arquitetônica, a construção é mais uma prova de que é possível ter conforto ao mesmo tempo em que se tem uma obra com baixo impacto ambiental.

O escritório Welldom foi o responsável pelo projeto, que contou com a aplicação de um método próprio e exclusivo para maximizar o uso de tecnologias sustentáveis. Todos os sistemas aplicados e o cuidado em todas as fases, da concepção à construção, foram pensadas para a obtenção do selo LEED Platinum, o nível máximo em certificação ambiental.

A casa alcançou 117 dos 136 pontos analisados sobre sustentabilidade pelo Green Building Council. Em termos de inovação e design, o projeto recebeu 10, dos 11 possíveis.

O "Método de Welldom" possibilitou que a BioCasa_82 fosse construída com 99% de materiais recicláveis. A residência ainda conta com sistema de produção fotovoltaica e aquecimento solar. Isso significa que, por si só, ela é capaz de produzir 14mWh/mq de eletricidade, ao mesmo tempo em que o calor do sol é aproveitado para fornecer água quente e arrefecimento.

A casa, encomendada por Enrico Moretti, CEO da marca Diadora, emite 60% menos carbono que as construções tradicionais. Para chegar a este nível, a edificação é independente das redes de transmissão de energia e também possui sistema de aproveitamento das águas pluviais. Além disso, a construção foi pensada para aproveitar ao máximos a luminosidade e ventilação naturais.

Fonte: Ciclo Vivo - 09/09/2014


Casas "Earthships" são construídas com pneus e outros materiais recicláveis


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Essas construções dispensam contas de luz, água ou condomínio
Fotos: Earthship Biotecture

Quem pensa que as casas construídas de forma ambientalmente corretas são inviáveis, devido ao alto custo, e que essas construções pecam pela falta de conforto, precisa conhecer as Earthships, um modelo de residência ecológica criado com materiais recicláveis e que tem como base o uso de pneus preenchidos com terra.

Essas construções dispensam contas de luz, água ou condomínio, e possibilitam que os moradores vivam de forma autônoma, sem depender de energia ou fontes de água externa. A utilização dos pneus como base fazem com que a temperatura no interior das Earthships fique estabilizada em 22°C, faça sol ou neve, sem depender de climatizadores.

Idealizada nos anos 1970 pela Earthship Biotecture, esse tipo de construção tem como objetivos criar uma arquitetura sustentável; depender apenas de fontes naturais de energia; ser economicamente viável e construída por qualquer pessoa. Segundo a organização, essas casas podem ser montadas por uma dupla de leigos em poucas semanas.


Estratégia de construção

Antes de serem construídas, as Earthships são muito bem pensadas dentro do terreno disponível, de forma que as janelas da fachada consigam absorver o calor e a luminosidade do sol, otimizando a forma com que a construção lida com a temperatura.

A massa térmica, que consiste nos pneus com terra, é capaz de fazer a troca térmica natural, o que mantém os ambientes em uma temperatura agradável.

A estratégia de construção da casa envolve ainda paredes internas feitas com uma estrutura de garrafas PET e, além disso, muitas das Earthships são construídas em forma de ferradura, proporcionando a iluminação natural dos cômodos.

A Earthship Biotecture comercializa casas sustentáveis que custam de US$ 7 mil a US$ 70 mil e que, diferente do que muitos imaginam, oferecem o mesmo conforto de uma casa moderna comum.


Designers criam churrasqueira que assa com a luz do sol

Fonte: Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/deisgners-criam-churrasqueira-que-acao-com-a-luz?tag=ecodesign#ixzz2cKpygQtn 

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Equipamento é feito com espelho que captam a luz do sol e o suporte contém aço de carbono
Foto: Divulgação

Que tal fazer um churrasco sem enviar para a atmosfera a poluição típica da queima de carvão? Sem incomodar o vizinho e até os presentes no evento? Uma churrasqueira feira de espelhos e que aquece a carne com energia solar pode trazer este tipo de conforto e bem-estar para o meio ambiente.

O projeto da SolSource (nome da churrasqueira) foi elaborado pelos desisgners Scot Frank e Catlin Powers, do estúdio OneEarthDesigns, para comunidades das montanhas do Himalaia que sofriam com a falta de combustíveis para o preparo de seus alimentos. Como alternativas, eles usavam lenha e óleos que causam sujeira e mal-estar no ambiente.

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Os designers fizeram, inicialmente, 12 churrasqueiras que assam os alimentos apenas com a luz do sol captada pelos espelhos e distribuíram entre os nativos, mas viram que o projeto poderia ser levado adiante e pediram financiamento coletivo no site KickStarter. O plano era obter cerca de 70 mil dólares (cerca de R$140 mil) para produzir o equipamento em série e comercializá-lo pelo mundo. Mas eles já ultrapassaram o dobra do meta, e estão com 140 mil para montar novos equipamentos.

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Em dias ensolarados, a SolSource ferve 1 litro de água em 10 minutos, chega a temperaturas de cozimento dentro de 2 minutos, grelha dentro de cinco minutos e assa em dez minutos, segundo informou o site do estúdio. O equipamento tem validade de uma década, estimam os criadores, e todas as peças foram feitas com materiais de maior sustentabilidade.

O valor do SolSource é de 400 dólares, mas só está a venda para Hong Kong, Europa Continental, Canadá, Havaí, Austrália, Filipinas, Tailândia e Japão. 

Degradações

O processo convencional para fazer um churrasco tem algumas ações degradantes para o meio ambiente. Primeiro porque requer madeira e isso pode significar desmatamento. Em segundo, a transformação da madeira em carvão costuma eliminar tóxicos na natureza e contaminar os trabalhadores das carvoarias. Já nas casas dos consumidores esse material orgânico vira fumaça, composta por CO2 e outros gases tóxicos. 

Além desses aspectos abordados, o consumo de carne também incentiva a produção pecuária, uma das atividades de maior impacto ambiental do mundo, pois costuma ser feita por meio de desmatamento.



Criada por brasileiro, "luz engarrafada" já beneficia 1 milhão de casas no mundo


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O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro
Foto: BBC

O ano era 2002 e o Brasil enfrentava uma severa crise energética, o famoso "apagão", que deixou muita gente às escuras em todo o país. Em meio ao problema, um mecânico de Uberaba (MG) fez jus ao famoso lema de que "com crise se cresce" e inventou algo capaz de deixar Thomas Edison (o criador da lâmpada) muito orgulhoso, onde quer que esteja.

Alfredo Moser utilizou apenas garrafas plásticas PET com água e uma pequena quantidade de cloro para gerar uma lâmpada de plástico, através da refração da luz solar em uma garrafa de dois litros cheias dágua. "Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a garrafa, melhor", explicou o inventor à BBC Brasil.

Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas usando a "luz engarrafada".

Para exemplificar como funciona a "lâmpada", Moser protege o nariz e a boca com um pedaço de pano antes de fazer o buraco na telha com uma furadeira. De cima para baixo, ele então encaixa a garrafa cheia dágua. "Você deve prender as garrafas com cola de resina para evitar vazamentos. Mesmo se chover, o telhado nunca vaza, nem uma gota", destacou o inventor.

"Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo"
Alfredo Moser, mecânico e inventor

Outro detalhe é que a lâmpada funciona melhor se a tampa for encapada com fita preta. "Um engenheiro veio e mediu a luz. Isso depende de quão forte é o sol, mas é entre 40 e 60 watts", ressaltou Moser, que enfatiza: "Eu nunca fiz desenho algum da ideia. Essa é uma luz divina. Deus deu o sol para todos e luz para todos. Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo."

Ideia global

O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro, segundo a BBC Brasil. Ainda que ele ganhe apenas alguns reais instalando as lâmpadas, é possível ver pela casa simples e pelo carro modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar disso, Moser aparenta ter orgulho da própria ideia.

"Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas em casa e dentro de um mês economizou dinheiro suficiente para comprar itens essenciais para o filho que tinha acabado de nascer. Você pode imaginar?", comemorou Moser.

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Ao seguir o método de Moser, a entidade MyShelter, das Filipinas, começou a fazer lâmpadas em junho de 2011. Agora, a fundação de caridade treina pessoas para fazer e instalar as garrafas e assim ganhar uma pequena renda. A instituição se especializou em construção alternativa, criando casas sustentáveis feitas de material reciclado, como bambu, pneus e papel. 

Garrafas nos telhados

"Quando estávamos pensando em mais coisas para o projeto, alguém disse: Olha, alguém fez isso no Brasil. Alfredo Moser está colocando garrafas nos telhados", relembrou Illac Angelo Diaz, diretor executivo da fundação. Nas Filipinas, onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza (de acordo com a ONU, com menos de US$ 1 por dia) e a eletricidade é muito cara, a ideia deu tão certo, que as lâmpadas de Moser foram instaladas em 140 mil casas.

As luzes "engarrafadas" também chegaram a outros 15 países, entre eles Índia, Bangladesh, Tanzânia, Argentina e Fiji.
Diaz disse que atualmente podem-se encontrar as lâmpadas de Moser em comunidades que vivem em ilhas remotas. "Eles afirmam que viram isso (a lâmpada) na casa do vizinho e gostaram da ideia", concluiu Diaz.


Conheça as certificações do aço


Conheça - e saiba quando exigir - as certificações compulsórias e voluntárias de aços para armaduras

Fonte: http://www.equipedeobra.com.br//construcao-reforma/62/aco-certificado-conheca-e-saiba-quando-exigir--292696-1.asp

Ao comprar aço destinado a estruturas de concreto tanto no varejo quanto diretamente nas usinas, é importante verificar quais certificações o material possui. Existem dois tipos de certificações no mercado. Uma delas é a compulsória, regulamentada por portarias do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que estabelecem exigências mínimas de conformidade para produção e comercialização do produto, seja ele de origem nacional ou importado.

Há também a certificação voluntária. Trata-se de um mecanismo onde não há exigência direta de certificação por parte do Inmetro. Nesses casos, o fabricante é quem toma a iniciativa de certificar seu produto.

Nem todos os produtos existentes no mercado têm certificação obrigatória. As telas soldadas e as armaduras treliçadas, por exemplo, são atualmente certificadas voluntariamente.

Ao buscar a certificação não obrigatória, o fabricante se submete a auditorias por meio de um órgão de certificação neutro. Esse organismo, por sua vez, envia amostras do material que é produzido nas usinas para laboratórios acreditados pelo Inmetro, para que possa ser feita uma verificação da sua conformidade.

Os testes são feitos com base nas normas regulamentadoras dos produtos, como a NBR 7.481:1990 - Tela de Aço Soldada - Armadura para Concreto, e a NBR 14.862:2002 - Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas. Quando os produtos são aprovados, recebem um selo, permitindo que o consumidor identifique a certificação do material. A comprovação da conformidade também pode ser feita por meio de documentos emitidos pelo órgão de certificação com os dados do fabricante e do respectivo produto.

Certificação obrigatória

As barras e os fios de aço são produtos que também passam por testes, mas de maneira compulsória. Isso significa que todas as empresas que produzem vergalhões para armaduras, como as barras em aço CA 50 e CA 25 e os fios de aço CA 60, devem ser submetidas a auditorias por parte do organismo de certificação. Dessa forma, só podem ser comercializados se estiverem de acordo com o previsto na NBR 7.480:2007 e com a portaria nº 073, de março de 2010, do Inmetro.

Assim como os produtos certificados voluntariamente, as barras e fios de aço também recebem selos de certificação nas etiquetas dos produtos. No caso do CA 50, CA 60 e CA 25, além do selo do organismo de certificação, também deve ser inserido o número de registro no Inmetro.

Processo de certificação

Para conseguir as certificações, sejam elas voluntárias ou compulsórias, o primeiro passo do fabricante é produzir o material seguindo as normas regulamentadoras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Antes de ser comercializado, o material passa por auditorias periódicas em que é avaliado o sistema da qualidade da produção. As auditorias seguem todos os itens determinados na ISO 9001, como verificações de controle de registro, de reclamações dos clientes, de desenvolvimento do produto e do ambiente de produção.

Nas auditorias, também são coletadas amostras do material acabado, que são enviadas para laboratórios acreditados para avaliação das características do aço. Os produtos submetidos à análise podem ser coletados na indústria ou nos pontos de venda.

ENTENDA OS SELOS


Registro do produto junto ao Inmetro: no caso dos produtos com certificação compulsória, o registro é obrigatório e comprova que a empresa está autorizada pelo Inmetro a produzir e comercializar barras e fios de aço de diversas categorias. É obtido por meio das auditorias que verificam rastreabilidade, controle de registro, reclamações, desenvolvimento de produtos etc. Ou seja, por meio de uma verificação de todo o ambiente da indústria feita por um organismo de certificação.
Certificado de conformidade: comprova que o produto atende às exigências e especificações técnicas da norma de produto correspondente. Assegura, por exemplo, os controles dimensionais das barras nervuradas, como o CA 50 e o CA 25 liso.

Certificado de qualidade do produto: obtido por meio dos ensaios mecânicos que determinam características como limite de escoamento, limite de resistência, alongamento, entre outras.

Rótulo ecológico: certificação voluntária que está cada vez mais presente entre os produtos destinados à construção civil. Ele garante que a empresa que produz o aço possui dispositivos e políticas internas que asseguram o seu compromisso com a sustentabilidade ou com a responsabilidade socioambiental. Também é obtido voluntariamente.


Pista que absorve a poluição atmosférica, uma realidade holandesa

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/julho/holanda-testa-pavimento-que-absorve-45-da-poluicao?tag=arquitetura-e-construcao#ixzz2ZIlhdo2c

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A pavimentação foi tratada com dióxido de titânio polvilhado no concreto
Imagem: reprodução

Para solucionar o problema da poluição em grandes centros urbanos, cientistas da Universidade de Tecnologia da Eindhoven, na Holanda, estão desenvolvendo uma substância especial que poderia ser aplicada em estradas para ajudar a cortar as concentrações elevadas de gases poluentes lançados na atmosfera.

Chamada de pavimento fotocatalítico, a tecnologia já está sendo testada na zona urbana da cidade de Hengelo, no leste da Holanda. Segundo a BBC, a pavimentação foi tratada com dióxido de titânio polvilhado no concreto o que conseguiu reduzir o dióxido de carbono no ambiente em até 45%.

O único lado negativo, até então detectado, está no preço. Ele pode subir em até 50% em relação a uma pista comum. No entanto, para um representante do Partido Verde holandês, se for pensar nos custos da poluição do ar para a cidade, pode-se economizar muito dinheiro, ele afirma ainda para a BBC que é mais barato investir no pavimento do que em atendimentos hospitalares causados pela poluição.

Mortes prematuras

Dados da ONU revelam que o problema da poluição do ar pode ser maior que se imagina. "Estima-se que existam 3,5 milhões de mortes prematuras causadas todo ano pela poluição do ar doméstico, e 3,3 milhões de mortes todo ano causadas pela poluição atmosférica", comentou Maria Neira, Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, durante a mais recente reunião da Coalizão para o Clima e o Ar Limpo (CCAC, na sigla em inglês), realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em Paris, em abril de 2013.

Não à toa, países como China, África do Sul e Estados Unidos já demonstram interesse no potencial desta nova tecnologia. Será mesmo que vale a pena?


Casas de taipa voltam à moda em Portugal

Fonte: Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/junho/casas-de-taipa-voltam-a-moda-em-portugal?tag=arquitetura-e-construcao#ixzz2X94CQHbn 

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A técnica da casa consiste em barro armado com madeira
Foto: Elizeu Santos-Neto

Mais barata e sustentável, a casa de taipa ressurge em meio à crise econômica de Portugal. A construção secular, mais comum no sul do país, utiliza materiais locais e naturais, o que evita as emissões de CO2 na atmosfera.

O isolamento acústico e térmico são outros pontos positivos desta construção que cresce em todo o país. Já existem dezenas de empresas de construção civil que têm garantido a sua sobrevivência na taipa, segundo o site Green Savers.

A casa de taipa consiste em uma estrutura de ripas de madeira ou bambu, formando um gradeamento, cujos vazios são preenchidos com barro amassado

"Construímos 90% em taipa e 10% em concreto", calculou o construtor civil João Bernardino ao programa Economia Verde.

Outro benefício está no alto potencial de reciclagem do material. "No final, caso seja necessário destruir a casa, volta tudo a terra", explicou o arquiteto Henrique Schreck.

Há muito tempo tida como técnica primitiva e desprezada não só pelas elites, mas até mesmo pelas camadas populares, este tipo de construção ficou ligado à miséria e traz embutido um caráter de moradia provisória, um abrigo passageiro contra a opressão da natureza.

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Foto: rajiva

Mas é possível aliar os pontos positivos da casa de taipa com novas tecnologias. O arquiteto Schreck possui uma casa em taipa, e garante que tem lutado bastante contra o preconceito que existe neste tipo de construção.


Tijolo que capta dióxido de carbono já é uma realidade

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O Carbon Buster é feito com mais de 50% de materiais reciclados

A mistura de areia, água e cimento combinados a materiais tratados e reciclados de resíduos industriais resultou no tijolo "Carbon Buster" (Destruidor de Carbono), um novo produto de alvenaria que possui um teor de carbono negativo. Segundo a empresa fabricante, ele é o primeiro bloco de construção capaz de captar mais dióxido de carbono do que a quantidade emitida durante a sua produção (14 kg por tonelada).

O produto cerâmico de alto desempenho partiu de uma pesquisa realizada na University of Greenwichs School of Science em Londres e foi desenvolvido pela companhia britânica Lignacite em parceria com a Carbon8 Aggregates. Ele é feito com mais de 50% de materiais reciclados, incluindo pastilhas de Carbono 8 (que são feitas de resíduos térmicos de usinas de energia).

Carbon Buster possui um excelente nível de isolamento acústico e por isso pode ser utilizado na construção de paredes externas e internas.

Tijolos tradicionais

Por que evitar o uso de tijolos tradicionais? A resposta está na sua maneira de produção. A fabricação desses blocos utiliza fornos para queimar o produto o que exige a utilização de lenhas. Resultado? poluição na atmosfera e aumento dos desmatamentos.

Tijolos ecológicos

Um tijolo é considerado ecológico quando utiliza um sistema de produção mais sustentável ainda na fábrica, assim como, matéria-prima que não agride o meio ambiente. Quem opta por esse material na hora de construir ganha vantagens, como o isolamento térmico e acústico, além de obras mais limpas.

Ao longo do tempo o EcoD trouxe casos de tijolos sustentáveis de sucesso. Conheça abaixo alguns destaques.






Chicago inaugura rua pavimentada com cimento que remove poluição do ar


Chamada de "mais sustentável dos Estados Unidos", via também filtra água da chuva



A Prefeitura de Chicago inaugurou na semana passada o primeiro trecho da "rua mais sustentável dos Estados Unidos". O espaço entre a Avenida Blue Island e a Estrada Cermak foi pavimentado com cimento catalítico, que remove os gases de óxido de nitrogênio do ar que circulam sob ele. 

A remoção do poluente acontece por meio de uma reação catalítica impulsionada pelos raios ultravioleta. Além disso, o material também filtra a água da chuva. De acordo com o Departamento de Transportes da cidade, o asfalto da rodovia também foi fabricado de forma sustentável, composto por borracha de pneus e pavimentação asfáltica recuperada, entre outros materiais.

Mais de 60% do material não utilizado durante a obra foi reciclado. Já nas calçadas, foram instalados postes de sinalização para pedestres que funcionam por meio de luzes solares ou pelo vento e postes de iluminação com luzes de LED.

A obra inaugurada corresponde à primeira fase de uma obra com aproximadamente três quilômetros. O projeto possui investimento de 14 milhões de dólares.




Nova lâmpada dura 40 anos e economiza 90% de energia

Fonte: Bonde - 18.10.2012

Estados Unidos - Que tal passar décadas sem precisar trocar uma lâmpada? Uma empresa norte-americana desenvolveu a Firefly LED, uma luz que dura até 40 anos e economiza cerca de 90% da energia utilizada para iluminar os cômodos da sua casa.

No começo deste mês, a Firefly lançou um novo modelo em LED que pretende acabar com as constantes queimas e trocas de lâmpadas, e ainda reduzir, de forma significativa, os gastos com iluminação residencial e os problemas com os descartes de lâmpadas. 

Desenvolvida no Texas, a longa duração do novo LED depende de uma tecnologia capaz de reduzir o calor que se forma ao redor da luz: um dissipador reduz a temperatura em 32%, prolongando a vida da lâmpada por até quatro décadas. 

Não obstante, a Firefly, empresa responsável pela criação, também patenteou um sistema que permite que a lâmpada funcione com apenas 5% de sua capacidade energética, economizando uma grande quantidade de eletricidade. 

Caso seja necessário melhorar o desempenho da luz, deve-se apenas trocar o dispositivo de LED que fica dentro da estrutura, também fabricado pela empresa. Chamados de Smart LED, os pequenos dispositivos são fáceis de trocar e eliminam a preocupação de reciclagem, sempre associada às incandescentes, fluorescentes e até LEDs convencionais. 

O sistema de iluminação desenvolvido pela Firefly pode ser utilizado não apenas por residências, como também por edifícios e empresas. O produto deverá custar cerca de US$ 35 (R$ 70). Embora o preço no mercado seja superior ao das lâmpadas convencionais, a tecnologia permite uma economia de eletricidade em até 90%, o que diminuirá as despesas de iluminação na conta de luz. Com informações do TreeHugger. 


Empresários defendem redução de impostos sobre 

produtos recicláveis


                               catadores de materiais recicl?eis trabalham sem luvas no lix? da estrutural
                    Catadores de materiais recicláveis trabalham sem luvas no Lixão da Estrutural, em Brasília. 
        Foto:Marcello Casal Jr./ABr                                          

Por Agência Brasil

A participação dos catadores de material reciclável na coleta seletiva e o envolvimento da população na separação do lixo estiveram no centro das discussões sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em evento realizado na quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro. Catadores e empresários concordaram sobre a importância de se valorizar cada vez mais a coleta seletiva do lixo.

Um dos coordenadores do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Custódio da Silva, cobrou, durante os debates, um levantamento que identifique os catadores que trabalham nos 47 lixões ainda em funcionamento na região metropolitana do Rio e a urgência na contratação das cooperativas para a separação do lixo, aproveitando o material reciclável. "Queremos fazer o mesmo serviço que a prefeitura paga para as empresas privadas e que, segundo a lei, seria de nossa responsabilidade", reivindicou.

Custódio comentou também a atual situação dos catadores de lixões que foram fechados em vários municípios da região metropolitana como Belford Roxo, São Gonçalo, Niterói, Magé e em Campos dos Goytacazes, na região norte. Nesses locais, segundo ele, os catadores ficaram sem perspectiva de emprego e renda, contrariando o que diz a legislação no caso do fechamento das unidades.

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Devíamos praticamente zerar impostos federais"
André Vilhena, diretor executivo do Cempre

O diretor executivo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), André Vilhena, defendeu a diminuição de impostos sobre produtos recicláveis. Segundo ele, isso incentivaria o consumo consciente e a aplicação de mais recursos em tecnologia e na logística reversa (recolhimento pela empresa do produto descartado). "Devíamos praticamente zerar impostos federais", defendeu.

Importância dos catadores

Preocupadas com a obrigatoriedade de as empresas recolherem determinados produtos como pilhas e baterias, que não podem ser descartadas no lixo comum (a chamada de logística reversa), as empresas privadas também aproveitaram para destacar o papel dos catadores, que, pela capilaridade da atuação, são fundamentais para ajudar na reciclagem.

Os empresários defenderam a inclusão dos catadores na cadeia do material reciclável. Na avaliação deles, os trabalhadores têm condições de coletar itens de forma mais eficiente que as prefeituras, ajudando a reduzir os gastos com o que é depositado em aterros privados e com a coleta que é feita, muitas vezes, por empresas terceirizadas.

Além de catadores, gestores públicos e representantes do setor industrial, os candidatos à prefeitura carioca nas eleições deste ano também participaram dos debates. Estiveram presentes: Aspásia Camargo (PV), Rodrigo Maia (DEM), Cyro Garcia (PSTU), Fernando Siqueira (PPL), Otavio Leite (PSDB) e Marcelo Freixo (PSOL). Antonil Carlos (PCO) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, não compareceram.



Guia da Construção Verde: Materiais sustentáveis 


Fonte: Portal ECOD - 24/05/2012 

Segundo a Sociedade de Pesquisa sobre Materiais Industriais Renováveis, a construção de 1,7 milhões de casas com estruturas tradicionais de madeira, aço e concreto consome a mesma quantidade de energia que o aquecimento e a refrigeração de 10 milhões de casas por ano.

Por isso, é importante pensar na utilização de materiais que ajudam a tornar a construção de uma casa bem mais sustentável. E atualmente, já é possível encontrar alguns deles com facilidade.

É fundamental lembrar também que materiais e produtos que se auto-intitulam verdes, ecológicos e ambientalmente responsáveis, devem ser questionados. A melhor forma de saber se ele realmente é verde é por meio da certificação de algum órgão ou entidade responsável por análises de padrões confiáveis.


Materiais que ajudam na economia e água

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Vasos sanitários e pias costumam ocasionar desperdício de água. Muitas vezes esquecemos uma torneira pingando ou a descarga desregulada, e acabamos gastando grande quantidade de água sem necessidade. Para evitar que isso ocorra foram desenvolvidos equipamentos reguladores de consumo, como torneiras com sensor de presença e vasos sanitários com duplo acionamento.

A ideia das torneiras com sensor é diminuir o desperdício de água. O acionamento é automático por sensor, ao aproximar as mãos, e libera apenas a quantidade de água necessária para cada uso, o que proporciona cerca de 70% de economia.

Já o vaso funciona com meia descarga no caso de líquidos e vazão completa para sólidos. Alguns modelos mais simples limitam a vazão de seis litros mesmo com o botão sendo apertado insistentemente.


Materiais que ajudam na economia de energia

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Foto: nighto

Existem muitos tipos de lâmpadas eficientes no mercado e algumas que ainda estão por vir, pouco difundidas e que prometem uma revolução na iluminação dos edifícios.

As mais comuns são as lâmpadas fluorescentes compactas, apesar de caras, representam um consumo de energia 80% menor e duram 10 vezes mais que as lâmpadas convencionais, além disso, aquecem menos o ambiente.

A maior promessa no setor de iluminação são os LEDs, que em inglês significam Diodo Emissor de Luz. São diodos semicondutores que, ao receberem energia, iluminam. Muito comum em televisores e computadores são aquelas luzes que ficam acesas indicando que o aparelho está ligado ou em stand by. Elas possuem inúmeras vantagens, pois são luzes que desperdiçam pouquíssima energia, não esquentam, compactas, mas ainda são caras e pouco difundidas.


Materiais de acabamento

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Foto: Chan360 

Resinas, tintas, colas, seladores, todos esses materiais são utilizados no acabamento de uma obra, e muitas vezes podem ser danosos à saúde e ao meio ambiente por conterem substâncias orgânicas tóxicas, derivadas do petróleo e compostos voláteis altamente poluidores ao contato com córregos e lençóis freáticos.

A boa notícia é que a maioria deles já existe na versão verde. Colas e tintas, por exemplo, podem ser encontradas fabricadas a base de água. Além disso, as tintas, vernizes, impermeabilizantes e solventes também existem a base de óleos vegetais, que descartam o uso de produtos químicos prejudiciais a saúde.


Materiais para erguer as paredes

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Há boas opções de tijolos cerâmicos com boa eficiência térmica, assim como tijolos de concreto reciclado, tijolo de solo-cimento e placas cimentícias. Para interiores, o gesso acartonado reduz desperdícios e, por ser bem mais leve que uma parede de alvenaria, supõe uma economia no dimensionamento estrutural.

O solo cimento é um material homogênio resultante da mistura de solo, cimento e água, ideal para construção de pequeno porte. Muito útil na zona rural pela disponibilidade da matéria-prima, já que a maior parte da mistura vem do chão. Ele é ideal na composição de argamassa ou estrutura, adequado para uso em revestimentos de pisos, paredes devido à elasticidade, assim como em pavimentação, muros de arrimo e fabricação de tijolos e telhas sem a necessidade de uma queima prévia.

Outra opção de material verde importante na estrutura de uma casa é o concreto reciclável. Composto por cimento, areia, água e compostos britados, o uso do concreto reciclado tem despertado cada vez mais consciência de reaproveitamento dos materiais que sobram nos canteiros de obras e nas demolições e que anteriormente eram descartados.


Madeiras

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A madeira é um ótimo material, muito utilizada na construção civil. Porém, todos sabem dos riscos da extração em larga escala sem as devidas preocupações ambientais. Muitas espécies de árvores e suas florestas foram dizimadas para abastecer o consumo humano em toda a história. Por isso, a preocupação de se utilizar madeiras alternativas (de reflorestamento e certificadas) é de extrema importância quando aplicadas em uma construção sustentável.

As madeiras de reflorestamento são aquelas que na hora da compra podem comprovar a origem de onde foram retiradas, geralmente de lugares que mantém área de floresta original ou replantada, através de manejos sustentáveis de produção. A atividade prevê a preservação dessas matas ao mesmo tempo em que sustenta o ritmo da extração.

A madeira plástica é outro produto que vem atraindo a atenção por suas características e propriedades ecologicamente corretas. É muito semelhante à madeira convencional, mas é totalmente reciclável e com uma relação de custo-benefício maior. Além de preservar o ambiente, por reduzir o desmatamento florestal, a madeira plástica também evita o surgimento de pragas, como cupins, traças e roedores, que são atraídos pela madeira convencional.

Ela ainda pode ser utilizada como pisos, revestimentos, mobiliário interno e externo, pergolados, gazebos e caxepós, para paisagistas. Os ambientes ganham vida sem prejudicar a natureza.


Artista cria cobertura de estacionamento feita de garrafas PET

Postado em Reduzir, Reutilizar, Reciclar -  29/052012

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Garrafas PET podem ser reutilizadas de diversas maneiras: desde puffs confortáveis até tecidos para roupas. O norte-americano Garth Britzman encontrou mais uma forma criativa de evitar que as garrafas plásticas sejam destinadas em aterros. O designer criou uma cobertura de estacionamento toda feita de PET.


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A base das garrafas foi preenchida com água colorida

Garth usou cerca de 1500 garrafas de plástico para criar a copa do estacionamento em sua cidade natal, Nebraska, Estados Unidos. A instalação foi nomeada de "cultura pop", porque estimula a criatividade por meio de uso alternativo de garrafas de plástico.

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A ideia da instalação é estimular a criatividade por meio do uso alternativo de garrafas plásticas

Esteticamente a cobertura parece uma manta de diferentes margaridas coloridas. A base das garrafas foi preenchida com água colorida em tons de azul, amarelo e verde.

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A Fulbright Canadá e a University College of Architecture gostaram do conceito e ofereceram financiamento. Os estudantes da Universidade de Nebraska também colocaram a disposição 200 horas de trabalho no projeto, no intuito de apoiar os artistas que se esforçam para promover a reutilização de plástico.



Químico brasileiro transforma lixo orgânico em tijolos 


Postado em Reduzir, Reutilizar, Reciclar em 18/05/2012 

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Os tijolos são inodoros e livres de germes/Fotos: Reprodução

O químico Marcelo dos Santos, de Araraquara, São Paulo, desenvolveu após dois anos de pesquisa, uma composição química capaz de transformar o lixo orgânico em tijolos para a construção civil. A ideia é baratear a produção dos blocos de alvenaria, assim como, oferecer um destino sustentável ao lixo doméstico. Com o apoio do investidor e técnico em metalurgia José Antônio Masoti, o pesquisador criou também um maquinário que auxilia na separação do lixo orgânico do lixo reciclável.

Segundo Santos, o custo para fabricar o tijolo com a nova composição pode cair pela metade. No mercado, o tijolo orgânico custaria R$ 0,70, frente aos R$ 1,20 do bloco convencional.

A redução do valor é possível porque o produto originado pelo lixo doméstico é autossustentável e pode substituir até 50% da areia e 30% do concreto utilizados na produção convencional. Mesmo sendo fabricados a partir de resíduos, os criadores afirmam que os tijolos são inodoros e livres de germes.

Processo de fabricação

"O lixo chega como sai da casa das pessoas, dentro do saco plástico, e separamos os detritos do material reciclável, que é vendido para uma cooperativa e com o dinheiro pagamos a produção", afirmou Santos ao portal G1.

Depois da separação, o lixo orgânico passa por um triturador onde o material é moído. Logo depois ele é encaminhado para um misturador, onde a composição, patenteada pelo químico, é acrescentada.

Após essa mistura, os resíduos transformam-se em uma massa uniforme que é processada. Depois de pronta, ela é encaminhada a uma fábrica, onde passa pelo mesmo processo dos tijolos de concreto comum. "É o mesmo processo, só adicionamos o composto transformado do lixo orgânico, que se mostrou muito mais resistente do que os tijolos com o composto comum", contou o pesquisador.

O equipamento

Já o protótipo do equipamento que transforma o lixo em tijolo tem capacidade de produzir 32 toneladas de pó ou fabricar 86 mil blocos para construção civil a partir de 200 toneladas de lixo, a um custo 40% menor do que o valor do mercado.

No mercado, uma máquina deste tipo custa em torno de US$ 100 mil, mas o químico, com ajuda de seu sócio, produziu a estrutura pelo equivalente a R$ 2,5 mil. "Levamos um ano para construir a fábrica piloto, com material até de ferro velho e gastamos em torno de R$ 80 mil em tudo", comentou Masoti.



Pesquisadores criam tinta que capta energia solar  


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Segundo os pesquisadores a tinta pode ser feita de forma barata/Foto:ACS Nano

A dupla de cientistas, Prashant Kamat e John Zahm anunciaram esta semana, junto ao departamento de Ciência em Química e Bioquímica da Universidade de Notre Dame, em Indiana, nos Estados Unidos, a criação de uma tinta para paredes, capaz de captar energia solar. Chamado de Sun-Believable, o produto utiliza partículas semicondutoras para produzir energia e é considerado pelos seus criadores uma opção barata para transformar uma residência inteira em um grande painel de energia solar.

De acordo com eles, a criação foi possível graças à união de nanopartículas de dióxido de titânio com sulfureto ou seleneto de cádmio, que são dois compostos que conseguem absorver fótons. As partículas por sua vez foram misturadas em uma base de álcool-água para criar uma pasta. Quando a pasta é aplicada sobre um material condutor transparente e exposta à luz, ela é capaz de gerar energia.

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No entanto, ainda existem desafios com relação à eficiência. Kamat e Zahm afirmaram que a tinta só consegue capturar e transformar em energia elétrica 1% da luz solar capturada, o que contrasta com os painéis solares comuns, que conseguem de 10 a 15% de conversão. Mesmo assim, eles garantem que a fabricação da tinta é relativamente barata e poderia ser produzida de forma massiva, sem muitos problemas.

"Mas esta tinta pode ser feita de forma barata e em grandes quantidades. Se pudermos melhorar a eficiência energética poderemos fazer uma grande diferença encontrando outros recursos para as necessidades energéticas do futuro", afirmou ao Science Daily, Kamat e Zahm.

Eles planejam estudar melhorias para tornar a Sun-Believable um material mais estável e eficiente.


Construção seca

Vantagens e possibilidades construtivas a partir de sistemas diferenciados vêm conquistando mercado, a simpatia de profissionais e a confiança dos clientes


29/11/2011 | Notícia | AAI em Revista - Associação de Arquitetos de Interiores do Brasil/RS - Nov/Dez 2011

Rede de franquias se destaca nacionalmente pela inovação do uso de contêineres reciclados como estrutura. Sistema agiliza a montagem das lojas, que ficam prontas em apenas um mês. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Ronze Guerra, de São Leopoldo.

O momento favorável para a expansão das construções secas no País reúne fatores como mercado mais receptivo a projetos sustentáveis e a características inerentes aos sistemas, como rapidez na execução da obra, baixa geração de resíduos sólidos e avanço tecnológico que permite qualidade de acabamento e conforto térmico e acústico igual ou superior ao método tradicional.

Uma das empresas que apostou no novo conceito e vem obtendo bons resultados é a Container Ecology Store, uma rede de franquias que vende roupas multimarcas em contêineres adaptados.

Criado em 2008 pelo empresário gaúcho André Krai, a partir de uma modelo semelhante que conheceu em Cingapura, o negócio conta com 40 lojas pelo Brasil, está em franco crescimento e tem faturamento previsto de R$ 20 milhões para este ano. A rapidez com que as lojas são montadas é um dos motivos do sucesso. Segundo Krai, o processo todo leva em torno de um mês. "O contêiner é cortado e pintado no porto. A montagem da loja, ou seja, parte elétrica, isolamento, mobília e revestimento, é feito no local onde será instalada", detalha ele. As franquias seguem um projeto padrão. O que pode variar são os ângulos ou o tamanho, se o terreno for mais estreito.

"Os projetos são desenvolvidos por arquitetos que trabalham em nosso escritório. A demanda é muito grande, não valeria a pena terceirizar o serviço", diz Krai. Sua equipe vem desenvolvendo projetos comerciais com o uso de contêiner para outras empresas, como hotéis, cafeterias e temakerias.

Se o foco da Container Ecology Store é comercial, o da curitibana Tecverde é residencial. Especializada em wood framing, a construtora foi criada em Curitiba após dois anos de pesquisas e contou com o apoio de instituições e empresas nacionais e internacionais, como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná, o banco Santander, o instituto de tecnologia de British Columbia, no Canadá, e a alemã Homag-Weinmann, líder mundial no segmento de wood framing.

"Conseguimos executar uma obra em um quinto do tempo de uma obra convencional; economizamos 10% nos custos; e geramos 80% menos gás carbônico na construção e 85% menos resíduos", frisa o diretor Caio Bonatto. O que faz a diferença é a parede estrutural produzida pela Tecverde. A face externa conta com placa cimentícia que pode receber pintura, cerâmica e texturas; película para controle de umidade e vapor; chapa estrutural feita de OSB (Oriented Strand Board); manta para isolamento térmico e acústico e estrutura em pinus autoclavado resistente a cupins e outros insetos. Na face interna há outra chapa em OSB, que permite a fixação de quadros e prateleiras em qualquer ponto da parede; mais uma película para controle de umidade e vapor; e, por fim, gesso acartonado, sobre o qual pode se aplicar pintura ou qualquer outro acabamento.

A empresa comercializa casas à pronta entrega, como os modelos Slim e Space, que foram desenhados pelo escritório curitibano Bacoccini Arquitetura. Também realiza projetos personalizados. Todos são modulares, ou seja, o cliente pode, no futuro, comprar mais um quarto, por exemplo. "Hoje o mercado aceita muito bem a nossa casa com estética e sensação de casa convencional, porém produzida de forma mais eficiente. Estamos com a produção saturada até fevereiro e aumentaremos nossa fábrica em novembro para atender a demanda. Estamos com obras no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul", ressalta Bonatto, que ainda está prestes a firmar parceria com uma grande construtora gaúcha.

De todos os processos construtivos a seco, o mais difundido no País, com maior número de empresas, escritórios e projetos, é, sem dúvida, o light steel framing (LSF). "Isso porque o parque siderúrgico brasileiro é muito grande. Temos uma cadeia produtiva bem estabelecida e capaz de atender a demanda", argumenta o arq. Sidnei Palatnik, consultor do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA).

Um exemplo do uso de LSF é o programa habitacional Vila Dignidade, que consiste em pequenas vilas de até 24 casas para pessoas com 60 anos ou mais e com renda de até dois salários mínimos. Promovido pelo governo paulista para ser implantado em diversos municípios daquele estado, o programa teve seu projeto elaborado pela Casa Micura Steel Frame. A arq. Heloísa Pomaro, sócia-proprietária da empresa, diz não ter sido a primeira construtora a usar LSF no País, mas foi a pioneira em adaptar o sistema para o padrão arquitetônico brasileiro, com vãos amplos. Hoje, Heloísa, que ministra cursos para engenheiros, arquitetos e técnicos, desenvolve projetos residenciais, comerciais e industriais com esta técnica. A Flasan, de Belo Horizonte, é outra empresa dedicada ao LSF. "A previsão para este ano é de cerca de 30% de crescimento em relação a 2010. Temos hoje em torno de dez projetos em andamento, entre montados pela própria empresa e os pelos clientes", diz o arq. Alexandre Santiago, do departamento técnico.

Em São Francisco de Paula, na serra gaúcha, a casa de campo em LSF projetada pelo escritório Studio Paralelo despertou interesse.

"Recebemos muitas consultas de pessoas que viram a casa de São Chico e buscam algo semelhante: uma residência pequena, na serra ou no litoral, para passar as férias e os finais de semana prolongados. Já projetamos um refúgio assim no interior de São Paulo e uma casa no Laranjal, em Pelotas", conta o arq. Luciano Andrades, diretor. Com novos sistemas construtivos à disposição, a dúvida é qual escolher.

"Compete aos profissionais da arquitetura e da engenharia orientar seus clientes na melhor solução para a questão pontual. Seja qual for o sistema da estrutura, dos acabamentos, das vedações e das proteções, somente um profissional qualificado e habilitado pode dar a devida assessoria para atender as necessidades do usuário final", reforça o professor de engenharia civil da PUC-RS, Renato Solano.


 
4 alternativas sustentáveis para a construção civil


Em qualquer construção civil, seja ela uma casa, hospital ou prédio empresarial, faz-se necessária a existência de um piso, de paredes, de uma tubulação e de um telhado. O EcoD mostra que, para construir, todos esses elementos básicos podem ser sustentáveis.


Postado em Arquitetura e EcoDesign em 12/05/2011 às 08h00 - http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/maio/ecod-lista-4-alternativas-sustentaveis-para-a por Redação EcoD
  
 
 
Concreto Verde

Pesquisadores da USP começaram a produzir um concreto sustentável que é mais resistente do que o cimento tradicional. O cimento, que é a base do concreto, foi diminuído da fórmula para que um aditivo superplastificante pudesse ser colocado. Composto por policarboxílicos, o aditivo cobre "os vazios dentro do concreto", explicou Tobias Pereira, autor do estudo.

"O aditivo cria repulsão entre as partículas de cimento e é como se você tivesse mais cimento reagindo, o que torna o concreto mais fluido. Como ele é fluido, apenas seu peso já é suficiente para moldá-lo", explicou Pereira, esclarecendo que é no processo de fabricação do produto que esses flocos vazios aparecem.

O pesquisador, que lembrou que a criação do concreto já havia sido apontada em 2008, afirmou ainda que por usar menos cimento, o concreto contribui para o meio ambiente, diminuindo a emissão de CO2 para a atmosfera. Na indústria do concreto, 90% do gás carbônico emitido vêm da fabricação do cimento.

concreto verde
Concreto desenvolvido elimina espaços vazios e torna-se mais resistente/Foto: Divulgação

O concreto verde, além de emitir menos dióxido de carbono, é mais resistente porque, ao ocupar os espaços vazios, ele se torna mais consistente e pesado, demorando mais inclusive para ser substituído. Por isso que o concreto ecologicamente correto tem uma utilidade importante também para o mercado.

"O novo concreto é de alta resistência e ainda usa menos cimento que o tradicional. Ele é bem competitivo porque em obras de maior dimensão, como edifícios altos, pontes e viadutos, podem ser usadas peças menores e se economiza nas dimensões de pilares e outras estruturas de sustentação", afirmou o engenheiro.


Piso reciclado

Além das paredes e do concreto, para se criar uma casa é preciso primeiramente um piso. Como solução de piso sustentável, a Locaville, empresa que vende equipamentos para pisos industriais, desenvolveu uma fibra reciclada a partir do aço. Essa tecnologia, chamada de EcoFibra, é usada na mistura de concreto aplicado aos pisos.

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EcoFibra da Locaville utiliza aço reciclado/Foto: Divulgação

Dessa maneira, a indústria do aço que emite 1,46 toneladas de CO2 para cada tonelada de aço produzido, não terá mais de fabricar tanto material. O setor de construção civil no país consome mais de 30% na produção nacional do minério.

A Locaville compra as chapas de aço descartadas pela indústria e a submete a um processo que torna o aço até mais eficiente e com maior aderência ao concreto do que o tradicional.

Tubulação verde

Durante a construção de uma casa é necessária uma tubulação que canalize a água até o esgoto. Mas como tornar o PVC, principal componente dos tubos e conexões, uma ferramenta sustentável no interior da casa? A Braskem, empresa brasileira de fios e cabos, desenvolveu um plástico verde extraído de etanol de cana-de-açúcar para suprir essa demanda ecológica.

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Plástico verde é produzido na planta da Braskem no RS/Foto: Divulgação

O plástico criado é feito 100% de fontes renováveis, diferente do tradicional polietileno, de origem fóssil. O projeto da companhia, lançado em 2007, inaugurou sua primeira planta de Eteno Verde em 2010 no Rio Grande do Sul (Triunfo) e hoje já é considerado líder na produção desses biopolímeros.

Para cada tonelada de polietileno verde produzido (e a estimativa é de que se fabrica 200 mil toneladas deles por ano) são capturados e fixados até 2,5 toneladas de CO2 na atmosfera, segundo informações da empresa que gastou cerca de R$ 500 milhões na implementação da planta. Em 2012, a Braskem deve instalar ainda uma segunda planta do plástico verde, agora no Nordeste brasileiro, em Alagoas.

Telhados verdes

A técnica dos telhados verdes já é praticada em grandes cidades e empresas por todo Brasil. A empresa Ecotelhado, uma das pioneira na instalação dos telhados vivos, tem trabalhado bastante na implantação da tecnologia em casas, empresariais e outros edificios. 

Porém, desde 2010 os hospitais começaram a investir na tecnologia, visando uma melhor qualidade e temperatura do ar nas redondezas e mesmo dentro de clínicas.

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Telhado verde nos hospitais podem ajudar na recuperação de pacientes/Foto: Paulo Guimarães/Divulgação

Dentre os primeiros a receberem a tecnologia estão o Hospital Parque Belém, em Porto Alegre, e o Hospital da Zona Sul, em São Paulo. Segundo informações dos próprios estabelecimentos médicos, uma melhoria na eficiência energética do local, na inserção harmônica e no conforto térmico foram sentidos dentro e pelo entorno dos lugares.

Além de estimular a biodiversidade nos locais onde são colocados, " os telhados verdes beneficiam bastante na recuperação de pacientes", afirmou o diretor da Ecotelhado, João Feijó ao portal da revista Fator Brasil.


 

Tire suas dúvidas sobre o uso do bambu na construção


por Redação EcoD

 

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Ponte erguida na Indonésia/Foto: wahidhasyim

O uso do bambu na construção civil não surgiu com a "onda da sustentabilidade". Em países asiáticos e americanos, como China, Equador e Colômbia, a técnica já é bem desenvolvida e utilizada até para pontes e edifícios de pequeno porte.

Mas no Brasil a história não é bem assim. O arquiteto Edoardo Aranha considera que "para ser viável em larga escala, é necessário primeiro difundir a cultura e tirar esse preconceito com que os brasileiros tratam a planta, e depois criar um material didático para difundir as técnicas de utilização e treinar a mão-de-obra".

  • Quais os usos do bambu?

Por ser uma planta flexível e durável, a variedade de usos do bambu impressiona. Ela pode ser utilizada em áreas externas para sombreamento, quebra vento, proteção contra a erosão e drenagem. Em áreas internas ela geralmente é usada na decoração, seja com revestimento de paredes ou artesanatos. Mas o bambu também pode servir como estruturas para pilares, vigas e telhados. Entretanto, para isso, é preciso que antes passe por um tratamento específico que o esterilize contra pragas, confira durabilidade e fácil manutenção.

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O bambu também pode ser utilizado como vigas para a estrutura da casa/Foto: zuarq

  • Como é realizado esse tratamento?

O tratamento, realizado por especialistas, consiste em mergulhar as toras em uma mistura de CCB (cromo, cobre e boro) por quatro a cinco dias, como ensina o professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, Antônio Beraldo. O acadêmico não aconselha uma construção desse tipo sem ajuda profissional: "Como todo material, o bambu tem um ponto frágil, que deve ser observado com cuidado" - a ligação. Algumas das alternativas são realizadas são amarrações e o preenchimento da área oca da planta.

  • Onde fazer um curso de construção com bambu?

A universidade PUC-Rio e o instituto Ibiosfera, localizado em São Paulo, são algumas das organizações que realizam cursos para a construção segura com bambu. De acordo com o arquiteto Edoardo Aranha, responsável pelas aulas do instituto, como o bambu possui amplo aproveitamento e "casa muito bem com diversos materiais", é possível fazer construções de até sete pisos.

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O bambu também é usado em revestimentos, como neste projeto do arquiteto Fábio Galeazzo/Foto: Divulgação

  • Quais os benefícios da técnica com bambu?

Segundo o arquiteto, "cada tonelada de cimento fabricada emite 650 quilos de monóxido de carbono (CO) na atmosfera. Com o uso do bambu essa poluição não existiria". Se utilizada em larga escala, a alternativa também baratearia a construção de habitações. Como o bambu é uma planta de fácil cultivo e pouca idade de maturação, cerca de nove anos, a plantação para construção civil é considerada viável para os especialistas.


 
Asfalto permeável é desenvolvido para evitar enchentes


por Redação EcoD
  

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Número de enchentes no Brasil tem crescido/Foto: Milton Jung CBNSP

Pelo menos em parte do estacionamento da USP parece que não teremos mais problemas com as enchentes. A CPA, Camada Porosa do Asfalto, desenvolvida por uma equipe do Departamento Hidráulico da Universidade foi instalada e já está absorvendo as águas das chuvas na região.

Não há mais como jogar para "debaixo do asfalto" a grande quantidade de enchentes que tem acontecido no Brasil. Desastre na região Serrana, chuvas alarmantes em Mato Grosso e Santa Catarina, tudo isso vem acarretando efeitos negativos para as cidades brasileiras.

Dessa maneira, uma alternativa eficaz para esse problema pode ser a implementação do asfalto permeável. Para o pesquisador e criador do projeto, José Rodolpho Martins, é possível utilizar a CPA nas grandes cidades brasileiras e, aos poucos diminuir o número de enchentes no país.

Como funciona

O asfalto permeável é constituído de camadas. A parte mais superficial, a pista, é composta de pequenas pedras ligadas ao asfalto. Mais internamente aparece uma camada grossa com pedras grandes, que abrem espaços de 25% na camada, para que a água, vazada das pequenas pedras, fique armazenada. Após algumas horas, a água da chuva é sugada por um sistema de drenagem e se encaminha para as galerias pluviais.

Esta técnica, que pode minimizar ou até acabar com as conseqüências negativas geradas pelas enchentes, tem um único malefício: "pesa no bolso" dos governos. A instalação de todo o sistema custa 25% a mais do que o asfalto comum.

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CPA sendo instalada/Foto: USP

As informações são do Planeta Sustentável.


 
 
Kit WallGreen cria jardins suspensos que proporcionam melhor qualidade do ar



Postado em Arquitetura e EcoDesign em 24/02/2011 às 17h38
por Redação EcoD
  

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O WallGreen permite o cultivo de plantas ornamentais em áreas verticais / Fotos: Divulgação

Para quem mora em casa ou apartamento, cultivar plantas e até uma mini-horta é como uma terapia. O contato com a terra e o verde permite esquecer as agitadas tarefas diárias, além de proporcionar um ambiente limpo, colorido e, inclusive, alimentos saudades à mesa.

O melhor é que existem tecnologias que permitem plantar em lugares antes difíceis. Uma dessas tecnologias a WallGreen, da ThermoGreen Tecnologia Ambiental. A "parede verde" é um sistema para instalação de jardim vertical, que é muito utilizado nos Estados Unidos, Austrália e em países da Europa.

wallgreen kit separado

O produto funciona a partir de um sistema modular, formado por um kit para a montagem de nichos sequenciais, que suportam plantas ornamentais. Ele pode ser fixado em variadas superfícies de parede, tanto em ambientes externos e internos permitindo criar jardins suspensos.

Os jardins suspensos servem para resfriar os ambientes, através da formação de uma barreira térmica com as plantas, diminuindo, dessa forma, o uso de ar condicionado. Em ambientes internos, o jardim melhora a qualidade do ar, absorvendo poluentes, tornando-o mais úmido e saudável. Além disso, cria um isolamento acústico, o que diminui o impacto de ruídos externos, e na área interna, absorve a reverberação reduzindo o efeito do eco.

wallgreen kit

 
 
Torneira limita uso de água


Postado em Arquitetura e EcoDesign em 08/02/2011 às 18h00
por Redação EcoD
  

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Quem não consegue se lembrar de fechar a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes pode gostar dessa criação. Desenhada pelos designers Yonggu Do, Dohyung Kim e Sewon Oh, essa torneira limita a quantidade de água que pode ser usada a cada abertura.

Enquanto uma torneira com sensor automático de fechamento comum chega a gastar até 6 litros de água a cada 30 segundos de abertura, a 1limit gasta apenas 1 litro no mesmo período.

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Tudo funciona graças ao tubo de vidro posicionado na parte superior do objeto. Capaz de comportar exatamente 1 litro, ele se esvazia quando a torneira é aberta e só enche novamente quando ela é fechada. Assim, o usuário tem que ser rápido e usar apenas a água disponível.

A 1limit ainda é apenas um protótipo, mas pode inspirar quem quer colocar a economia de água em prática.


Chinês inventa dispositivo que mostra desperdício de água no consumo doméstico

 
 
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O chinês Reamon Yu desenvolveu um dispositivo, chamado iSave, cuja função é conscientizar os usuários quanto ao desperdício de água. A pequena tecnologia foi vice-campeã no concurso Metropolis Magazine Next Generation Contest.

O iSave pode ser  instalado na torneira da pia ou no chuveiro. Através de uma tela de LED, ele mostra digitalmente o total de água que está sendo consumido no momento. O intuito do inventor é fazer com que o dispositivo funcione como um lembrete, para que as pessoas atentem à quantidade de água desperdiçada e mudem seus hábitos.

Quando os números mostrados na tela do iSave estão azuis, significa que a água gasta está dentro dos limites normais. Os números vermelhos indicam que o limite foi ultrapassado. Outro recurso interessante é que ele não precisa de qualquer energia externa para permanecer em funcionamento, o dispositivo é movido pela própria água.

Muitos especialistas acreditam que as guerras futuras devem disputar por água, por isso é tão necessário preservá-la. A cada descarga são gastos 16 litros de água e um banho de 5 minutos consome 100 litros. O iSave pretende reduzir o consumo de água em 20%.

 

Tijolo de plástico reciclado parece peça de Lego gigante

 

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A empresa inglesa Ecomat Research foi fundada em 2008 e, desde então, busca soluções ecológicas para o ramo da construção. Neste ano, durante a semana de design de Milão, a empresa apresentou os tijolos que são feitos de plástico reciclado.

A alternativa criada pela Ecomat parere uma peça de lego gigante, com 33 centímetros de comprimento e 25 centímetros de altura. Esta pode ser uma importante e eficiente alternativa para substituir os tijolos tradicionais, pois dispensa a necessidade de vigas de metal e cimento. A fabricante garante que eles também funcionam como isolante térmico e acústico e resistem até mesmo a terremotos.

Entre os benefícios ambientais obtidos a partir da utilização desse tijolo está a facilidade de transporte e o fato de não precisar de muitos outros materiais que, consequentemente, diminui as emissões de carbono.

Não é somente a aparência de Lego, a maneira simples de utilizar o tijolo também lembra muito o jogo de montar infantil. No vídeo abaixo, o diretor criativo da Ecomat, Danny Smile Wahab, mostra como funciona a invenção e como ela deve ser utilizada.

 

Asfalto que absorve água da chuva passa em testes em SP


 
 
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A diferença entre o asfalto poroso e o comum é perceptível, mesmo quando está fora de uso. (Imagem: G1)

O asfalto poroso, criado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), é uma ótima alternativa para minimizar os estragos causados pelas enchentes. O pavimento permeável é capaz de absorver a água da chuva e armazená-la em seu interior.

Os estragos causados pelos alagamentos são, em muitos casos, irreversíveis. O problema, que afeta principalmente as grandes cidades, resulta em perdas de bens e até em mortes. Foi pensando em uma solução para esse problema que o professor José Rodolpho Martins, do Departamento de Hidráulica da Universidade de São Paulo, iniciou as pesquisas e o desenvolvimento do asfalto poroso.

A estrutura é dividida em camadas. A primeira delas é a pista, que é composta de pequenas pedras, unidas pelo asfalto. Logo abaixo vem uma camada grossa feita com pedras grandes, que deixam vãos de 25% do espaço da camada, para que a água vinda da superfície seja armazenada.

A Camada Porosa de Asfalto (CPA), como foi chamada, obteve resultados positivos nos testes pelos quais passou e já foi usada com sucesso na pavimentação de um dos estacionamentos da USP. A diferença entre o asfalto poroso e o comum é perceptível, mesmo quando está fora de uso.

O CPA absorve a água da chuva e após algumas horas a encaminha para um sistema de drenagem e depois para as galerias pluviais. O professor José Rodolpho Martins acredita que aos poucos as grandes cidades poderiam investir na troca dos asfaltos comuns pelos porosos, a fim de minimizar os efeitos causados pela chuva. Um dos obstáculos para o seu uso é o custo, que é, atualmente, 25% maior do que a pavimentação comum. Porém, o pesquisador explica que, com a popularização da tecnologia, os custos podem ser reduzidos.

 

Tintas ecológicas ganham espaço no mercado

 

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Grande parte das tintas vendidas nos mercados apresentam em sua composição os chamados compostos orgânicos voláteis (VOCs) e metais pesados que prejudicam a saúde e o meio ambiente. As tintas convencionais são, geralmente, a parte mais poluente da construção. Pensando nisso e na procura por empreendimentos sustentáveis, a indústria de tintas começou a investir em produtos considerados "amigos do meio ambiente".

Existem diversas opções de tintas menos agressivas, como as sem cheiro ou as fabricadas com utilização de garrafas PET para a produção de resina, que por sua vez é usada em tintas e vernizes.

A Suvinil recolheu cerca de 20 mil toneladas de garrafas PET, que haviam sido descartadas, para produção de esmalte. Segundo eles, para fabricar 3,6 litros de esmalte ou verniz são necessárias cinco garrafas. Foram desenvolvidas também tintas destinadas a áreas externas, contra microfissuras, mofo e maresia, de acordo com Francisco Verza, diretor de tintas da Basf, um terço das tintas produzidas é destinado a estas áreas e 40% das construções sofrem com estes tipos de danos.

Ainda assim, existem alternativas mais sustentáveis também disponíveis no mercado, como o caso da tinta de caseína, que é uma mistura de pigmentos com a proteína do leite; tintas feitas com cal e pigmentos naturais e tintas naturais ou orgânicas que utiliza como matéria-prima extratos vegetais e minerais misturados com óleos e resinas naturais. Este tipo de tinta pode ser feita com a utilização de cascas de frutas e verduras. Outras tintas disponíveis são as livre de COVs que, apesar de serem mais caras que as convencionais, são quase idênticas a elas em sua função.

Algumas tintas levam terra em sua composição. Este material tem a função de deixar a parede respirar, garantindo assim o controle da umidade relativa do ar e impede o desbotamento. Outras usam materiais minerais, devem ser diluídas em água antes do uso e não contêm substâncias tóxicas.

Por serem naturais, esses produtos não possuem conservantes. Isso faz com que a data de validade seja menor e, não tendo produtos químicos em sua composição, demoram mais tempo para secar depois da aplicação. O ponto positivo é que elas podem ser descartadas com o lixo comum, sem causar contaminação. Já as tintas à base de solventes devem ser encaminhadas para serviços especiais de coleta de produtos químicos.

 

Lareira ecológica é prática e não polui o meio ambiente

 

 
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Lareira Ecológica na Casa Cor 2010 (Arq. Luiz Carlos Orsini) / Imagem: Divulgação

As lareiras são o sonho de consumo de muitas pessoas, mas nem sempre é possível ter uma, principalmente em um apartamento.  As lareiras ecológicas, não têm esse problema. Elas são indicadas para apartamentos, espaços pequenos e comércios. Além disso, podem ser instaladas em qualquer lugar da casa.

Seu design moderno possui aberturas frontais e, por produzir uma chama limpa, a lareira não usa catalisador ou vidro frontal. São 100% eficientes, oferecendo uma ótima economia, pois não consomem gás, nem eletricidade, são transportáveis, fáceis de usar e não poluem.

O maior diferencial das lareiras ecológicas é que elas são movidas por energia renovável. A emissão de CO2 é muito inferior ao das lareiras convencionais, pois neste tipo o combustível utilizado é o biofluido, a base de etanol (líquido de álcool orgânico) enquanto as outras, funcionam a partir de madeira queimada. Por esta razão também ela é livre de odores e de fumaça ou qualquer outro poluente contribuindo para um ambiente mais saudável.

A duração da queima e a quantidade de calor liberada vai depender da unidade do queimador utilizada. Um litro de Biofluido fornece duas horas de queima na abertura máxima e quatro horas na abertura mínima. Quanto maior a lareira, maior quantidade de combustível ela comporta, portanto mais calor irá produzir. A variação de temperatura chega a 10ºC. Os menores queimadores são geralmente utilizados para decoração, porém se a metragem do espaço for pequena, oferecerá calor ao ambiente.

A empresa EcoFireplaces comercializa as lareiras ecológicas no Brasil e também distribui o Bio Fluido, ele é fornecido em galões de 5,1litros e tem o custo de R$ 46,00.

 

Remaster é vencedora do Prêmio Planeta Casa 2010

A solução de piso elevado Remaster® é vencedora do Prêmio Planeta Casa 2010 na categoria "Materiais de Construção". 

 
O Prêmio Planeta Casa acredita na atitude de empresas em prol da sustentabilidade visando revelar não apenas uma tendência, mas também fidelizar um compromisso com o planeta e as futuras gerações, tornando-se uma grande vitrine de boas práticas, trabalho sério e descobertas inovadoras. 
 
A 9ª edição do concurso atingiu um recorde inédito, foram 361 inscrições e a Remaster® Tecnologia ficou entre os 41 finalistas, passando pela análise de um comitê julgador independente formado por professores universitários, profissionais renomados do setor da arquitetura e construção, coordenadores de ONGs e empresas ligadas à proteção do meio ambiente.

Para a Remaster® receber o Prêmio Planeta Casa é um reconhecimento por se tratar de uma empresa que traz a sustentabilidade no seu DNA.

Agradecemos todos vocês que acompanham a trajetória de dedicação incansável da nossa empresa e divulgam nossas ações em busca da sustentabilidade no universo da construção civil.

Comemorem conosco! 
 
Paulo Vinicius L. Jubilut e Paulo Paschoal - Sócios-diretores da Remaster ®Tecnologia

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Crédito para foto - Fábio Duque.
Conheçam os outros ganhadores e a cobertura jornalística completa sobre o Prêmio Planeta Casa 2010 no site: www.planetasustentavel.com.br


O charme dos telhados verdes

As coberturas vegetais servem para amenizar os efeitos do aquecimento global,além de brindarem a paisagem das cidades com a beleza e o frescor da natureza.

Joana Gontijo - Lugar Certo - Publicação: 15/12/2009

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O crescimento da densidade demográfica na grandes cidades fez aumentar, ao longo do tempo, a utilização do concreto na arquitetura, que contribuiu em parte significativa para o aquecimento global. Mesmo em espaços pequenos, uma alternativa conhecida desde os nossos ancestrais começa a aparecer nos centros urbanos como meio de ajudar na melhoria do clima e na preservação do meio ambiente: as coberturas vegetais. Os telhados ainda são partes das edificações muito pouco exploradas num projeto arquitetônico. Além de sua função básica de proteção, eles também podem ser aproveitados como superfície de captação das águas pluviais, mas agora são usados para se plantar gramíneas e/ou outras plantas de pequeno porte.

Os ecotelhados ou tetos verdes, assim como as paredes verdes, começam a se espalhar pelo mundo como soluções que utilizam jardins e gramados em substituição às tradicionais coberturas de telhas, laje, folhas de aço, dentre outras, que geralmente cobrem as edificações. Ainda que em experiências esparsas, os impactos conceituais já saltam aos olhos. 

Na Europa, por exemplo, alguns países como Alemanha e Suíça adotaram leis para garantir que ao menos uma parte dos telhados das novas edificações sejam plantados. Outros exemplos também aparecem no Japão, no México, na Bolívia, em Cuba, nos EUA, e começam a chegar no Brasil, para citar apenas alguns locais. Isto porque, em cidades muito adensadas, os tetos verdes acabam por cumprir a função que antes tinham as superfícies hoje pavimentadas, absorvendo parte das águas das chuvas (um teto verde absorve aproximadamente 70% da água captada, liberando-a aos poucos), evitando enchentes pela saturação das galerias de águas, melhorando a qualidade do ar, reduzindo os níveis de CO2 e de poeira do ar, liberando vapores de água e contribuindo para a redução dos efeitos de ilhas de calor.

O isolamento térmico propiciado pelas camadas vegetais permite um ambiente interno mais agradável e diminui a reflexão e absorção de calor nas coberturas, baixando assim a temperatura emanada do espaço. As coberturas verdes funcionam bem tanto em clima quentes como em climas frios, pois a camada vegetal, além de absorver a radiação, atua como uma manta térmica.

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Outras vantagens dos tetos verdes são o isolamento acústico, a resistência ao fogo e sua longevidade: eles dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Coberturas desse tipo também criam lindos efeitos estéticos e podem contribuir para integrar as edificações com a paisagem em áreas menos exploradas.

Para se fazer um teto verde há algumas especificidades técnicas que devem ser observadas: a estrutura do telhado (deve se levar em conta o peso do conjunto saturado pela água), a inclinação, a membrana de impermeabilização e anti-raíz, o sistema de drenagem, a espessura e o tipo de substrato, assim como as espécies a serem plantadas.

A escolha das espécies em jardins deste tipo deve ser criteriosa: além da preocupação básica em utilizar plantas que tenham raízes não agressivas, as condições de vida são extremamente específicas no que diz respeito à profundidade de solo, umidade, exposição ao sol, ventos, etc. Um bom planejamento, a utilização de novos materiais e tecnologias, o ajuste fino entre os projetistas são condições essenciais para o sucesso destes jardins, que serão cada vez mais freqüentes em nossas cidades.


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